Dólar sobe a R$ 1,76, seguindo valorização externa
São Paulo - O dólar comercial abriu em alta de 0,23%, a R$ 1,748. Nos minutos seguintes à abertura dos negócios, a moeda norte-americana acelerava a alta para 1,15%, cotada a R$ 1,764. Na sexta-feira, o dólar fechou em baixa de 0,97%, a R$ 1,744, mas acumulou alta de 0,29% ao longo da semana passada. […]
Da Redação
Publicado em 14 de novembro de 2011 às 09h52.
São Paulo - O dólar comercial abriu em alta de 0,23%, a R$ 1,748. Nos minutos seguintes à abertura dos negócios, a moeda norte-americana acelerava a alta para 1,15%, cotada a R$ 1,764. Na sexta-feira, o dólar fechou em baixa de 0,97%, a R$ 1,744, mas acumulou alta de 0,29% ao longo da semana passada.
Esta segunda-feira espremida entre o fim de semana e o feriado brasileiro de amanhã, em comemoração à Proclamação da República, deve ser bastante esvaziada de negócios no Brasil. Já no exterior os mercados continuam a todo vapor, embora as bolsas estejam oscilantes neste começo do dia, reagindo às novidades do fim de semana e de hoje cedo. O dólar, ao contrário, está mostrando um comportamento firme de valorização ante o euro e as moedas emergentes, só perdendo para o iene.
O fim de semana trouxe as notícias mais esperadas pelos investidores na Europa: a Câmara dos Deputados da Itália aprovou no sábado o pacote de reformas econômicas exigido pela União Europeia e o primeiro-ministro, Silvio Berlusconi, renunciou, como haveria prometido, enquanto os italianos festejaram a saída dele pela madrugada afora.
Agora, um governo de técnicos, liderado pelo economista Mario Monti, assume o poder na Itália, com a tarefa de estabilizar o país. Tecnicamente, Berlusconi ainda é o premiê até a posse de Monti. Mario Monti terá de organizar um novo governo a ser aprovado com o voto de confiança no Parlamento até a sexta-feira.
No campo das notícias mais ou menos boas de hoje, a Itália fez um leilão de títulos de 5 anos e vendeu 3 bilhões de euros em bônus soberanos com vencimento em 2016, no teto da intervalo previsto para a oferta, que ia de 1,5 bilhão de euros a 3 bilhões de euros. Essa é parte boa da notícia, porque a ruim é que o governo italiano pagou yield (taxa de retorno ao investidor) mais elevado, de 6,29%, do que em relação aos papéis de cinco anos vendidos anteriormente (5,32%).
No campo das notícias desalentadoras, a indústria da zona do euro teve a maior queda desde 2009. A produção industrial caiu 2% em setembro ante agosto - menos do que os economistas previam (-2,5%), mas ainda assim um tombo forte.
A política europeia não sairá do focos dos mercados nesta semana. Além dos desdobramentos da Grécia, com seu novo primeiro-ministro, Lucas Papademos, e da Itália, a Espanha tem eleições gerais no domingo. Neste jogo de dominó que um primeiro-ministro cai depois do outro na Europa, é o espanhol José Luis Zapatero quem está na linha de tiro agora. A crise europeia, a recessão crônica e a elevadíssima taxa de desemprego na Espanha, 21,5%, a maior da Europa Ocidental, são forças poderosas para empurrar Zapatero e o Partido Socialista Operário Espanhol para fora do palácio do governo.
São Paulo - O dólar comercial abriu em alta de 0,23%, a R$ 1,748. Nos minutos seguintes à abertura dos negócios, a moeda norte-americana acelerava a alta para 1,15%, cotada a R$ 1,764. Na sexta-feira, o dólar fechou em baixa de 0,97%, a R$ 1,744, mas acumulou alta de 0,29% ao longo da semana passada.
Esta segunda-feira espremida entre o fim de semana e o feriado brasileiro de amanhã, em comemoração à Proclamação da República, deve ser bastante esvaziada de negócios no Brasil. Já no exterior os mercados continuam a todo vapor, embora as bolsas estejam oscilantes neste começo do dia, reagindo às novidades do fim de semana e de hoje cedo. O dólar, ao contrário, está mostrando um comportamento firme de valorização ante o euro e as moedas emergentes, só perdendo para o iene.
O fim de semana trouxe as notícias mais esperadas pelos investidores na Europa: a Câmara dos Deputados da Itália aprovou no sábado o pacote de reformas econômicas exigido pela União Europeia e o primeiro-ministro, Silvio Berlusconi, renunciou, como haveria prometido, enquanto os italianos festejaram a saída dele pela madrugada afora.
Agora, um governo de técnicos, liderado pelo economista Mario Monti, assume o poder na Itália, com a tarefa de estabilizar o país. Tecnicamente, Berlusconi ainda é o premiê até a posse de Monti. Mario Monti terá de organizar um novo governo a ser aprovado com o voto de confiança no Parlamento até a sexta-feira.
No campo das notícias mais ou menos boas de hoje, a Itália fez um leilão de títulos de 5 anos e vendeu 3 bilhões de euros em bônus soberanos com vencimento em 2016, no teto da intervalo previsto para a oferta, que ia de 1,5 bilhão de euros a 3 bilhões de euros. Essa é parte boa da notícia, porque a ruim é que o governo italiano pagou yield (taxa de retorno ao investidor) mais elevado, de 6,29%, do que em relação aos papéis de cinco anos vendidos anteriormente (5,32%).
No campo das notícias desalentadoras, a indústria da zona do euro teve a maior queda desde 2009. A produção industrial caiu 2% em setembro ante agosto - menos do que os economistas previam (-2,5%), mas ainda assim um tombo forte.
A política europeia não sairá do focos dos mercados nesta semana. Além dos desdobramentos da Grécia, com seu novo primeiro-ministro, Lucas Papademos, e da Itália, a Espanha tem eleições gerais no domingo. Neste jogo de dominó que um primeiro-ministro cai depois do outro na Europa, é o espanhol José Luis Zapatero quem está na linha de tiro agora. A crise europeia, a recessão crônica e a elevadíssima taxa de desemprego na Espanha, 21,5%, a maior da Europa Ocidental, são forças poderosas para empurrar Zapatero e o Partido Socialista Operário Espanhol para fora do palácio do governo.