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Dólar sobe 1% com cautela antes de julgamento no TSE

O TSE começa, na noite de terça-feira, o julgamento da chapa Dilma Rousseff-Temer, que pode culminar com a saída do presidente

Dólar: "Para o mercado, pode ser mais um sinal de que a votação das reformas será mais difícil e podemos entrar num período agonizante" (Antonistock/Thinkstock)
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Reuters

Publicado em 5 de junho de 2017 às 17h19.

São Paulo - O dólar fechou com alta de 1 por cento nesta segunda-feira e perto dos 3,30 reais, com os investidores cautelosos um dia antes de o Tribunal Superior Eleitoral ( TSE ) começar o julgamento da chapa Dilma Rousseff-Michel Temer e que pode culminar na saída do presidente.

Os temores eram de que, com a crise política, o andamento das reformas, sobretudo a da Previdência, no Congresso Nacional seja ainda mais afetado.

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O dólar avançou 1,03 por cento, a 3,2881 reais na venda, maior nível desde 18 de maio (3,3890 reais), primeiro dia de reação dos mercados financeiros à atual crise política.

Na máxima da sessão, a moeda norte-americana marcou 3,2961 reais. O dólar futuro tinha alta de cerca de 1,25 por cento no final da tarde.

"Para o mercado, pode ser mais um sinal de que a votação das reformas será mais difícil e podemos entrar num período agonizante", afirmou o diretor da corretora Mirae Asset, Pablo Spyer.

Esta semana também está marcada por importantes fatos políticos, que podem ser cruciais ao governo. Os temores eram de que, com a crise política, o andamento das reformas, sobretudo a da Previdência, seja ainda mais afetado.

O Tribunal Superior Eleitoral (TSE) começa, na noite de terça-feira, o julgamento da chapa Dilma Rousseff-Temer, vencedora das eleições de 2014, que pode culminar com a saída do presidente.

Outro foco de incerteza para o mercado era a prisão do ex-deputado e ex-assessor especial de Temer, Rodrigo Rocha Loures, com a possibilidade de nova delação que prejudique mais o presidente.

Temer está sendo investigado no Supremo Tribunal Federal (STF) por crimes, entre outros, de corrupção passiva após delações de executivos do grupo J&F, que também atingiram Loures.

No dia seguinte, está marcada ainda a votação da reforma trabalhista na Comissão de Assuntos Econômicos (Cae) no Senado.

"O ambiente para a tomada de risco não é dos mais favoráveis", trouxe a corretora Guide em relatório, citando ainda o cenário externo.

Lá fora, o dólar se recuperava nesta sessão das mínimas de sete meses atingida na semana passada, avançando contra o euro e uma cesta de moedas, mas ainda exposto a qualquer otimismo renovado em relação à reunião de política monetária do Banco Central Europeu (BCE) nesta semana.

Também estavam de olho na eleição parlamentar no Reino Unido, nesta quinta-feira.

O Banco Central brasileiro não anunciou intervenção no mercado de câmbio para esta sessão. Em julho, vencem 6,939 bilhões de dólares em swap cambial tradicional, equivalente à venda futura de dólares.

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