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Dólar sobe 0,63% com cautela após impeachment

A moeda norte-americana subiu 0,63%, a 3,2495 reais na venda, após bater 3,2642 reais na máxima do dia

Dólar: "Existe o mal estar causado pelas divergências vistas ontem entre PSDB e PMDB na votação do impeachment" (leviticus/Thinkstock)
DR

Da Redação

Publicado em 1 de setembro de 2016 às 17h30.

São Paulo - O dólar fechou em alta frente ao real nesta quinta-feira, com investidores adotando cautela à espera de novas sinalizações sobre avanços no campo fiscal depois da confirmação do impeachment da ex-presidente Dilma Rousseff e em busca de novas pistas sobre quando os juros norte-americanos voltarão a subir.

A moeda norte-americana subiu 0,63 por cento, a 3,2495 reais na venda, após bater 3,2642 reais na máxima do dia. O dólar futuro subia cerca de 0,75 por cento nesta tarde.

"Existe o mal estar causado pelas divergências vistas ontem entre PSDB e PMDB na votação do impeachment, o que pode dificultar as aprovações do ajuste fiscal no governo (do presidente Michel) Temer", disse o superintendente geral de câmbio da corretora SLW, João Paulo de Gracia Correa.

Na véspera, Dilma teve o mandato cassado, condenada pelo Senado por crime de responsabilidade. No entanto, em votação separada, teve seus direitos políticos mantidos, o que causou desconforto em parte da base aliada de Temer no Congresso Nacional.

Analistas da consultoria de risco político Eurasia Group esperam que o PSDB continue exercendo pressão sobre o PMDB, mas acreditam que a coalização deve continuar.

"Com dois anos até a próxima eleição, o PSDB vai pensar duas vezes antes de trocar um papel coadjuvante no governo por um papel coadjuvante na oposição", escreveram analistas do Eurasia em relatório.

A cautela também veio com a expectativa pelos dados do mercado de trabalho nos Estados Unidos, no dia seguinte, onde agentes de mercado buscarão pistas sobre o momento da próxima alta de juros na maior economia do mundo.

"Vai ser o principal indicador (para sinalização de alta de juros nos EUA)", disse o estrategista da corretora Icap, Juliano Ferreira.

Declarações recentes de membros do Fed levaram o mercado a ver mais chances de alta de juros nos EUA ainda em setembro. Juros mais elevados tendem a atrair para a maior economia do mundo ativos atualmente investidos em países como o Brasil.

O Banco Central voltou a vender nesta manhã a oferta total de até 10 mil swaps reversos, que equivalem a compra futura de dólares.

Texto atualizado às 17h30

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São Paulo - O dólar fechou em alta frente ao real nesta quinta-feira, com investidores adotando cautela à espera de novas sinalizações sobre avanços no campo fiscal depois da confirmação do impeachment da ex-presidente Dilma Rousseff e em busca de novas pistas sobre quando os juros norte-americanos voltarão a subir.

A moeda norte-americana subiu 0,63 por cento, a 3,2495 reais na venda, após bater 3,2642 reais na máxima do dia. O dólar futuro subia cerca de 0,75 por cento nesta tarde.

"Existe o mal estar causado pelas divergências vistas ontem entre PSDB e PMDB na votação do impeachment, o que pode dificultar as aprovações do ajuste fiscal no governo (do presidente Michel) Temer", disse o superintendente geral de câmbio da corretora SLW, João Paulo de Gracia Correa.

Na véspera, Dilma teve o mandato cassado, condenada pelo Senado por crime de responsabilidade. No entanto, em votação separada, teve seus direitos políticos mantidos, o que causou desconforto em parte da base aliada de Temer no Congresso Nacional.

Analistas da consultoria de risco político Eurasia Group esperam que o PSDB continue exercendo pressão sobre o PMDB, mas acreditam que a coalização deve continuar.

"Com dois anos até a próxima eleição, o PSDB vai pensar duas vezes antes de trocar um papel coadjuvante no governo por um papel coadjuvante na oposição", escreveram analistas do Eurasia em relatório.

A cautela também veio com a expectativa pelos dados do mercado de trabalho nos Estados Unidos, no dia seguinte, onde agentes de mercado buscarão pistas sobre o momento da próxima alta de juros na maior economia do mundo.

"Vai ser o principal indicador (para sinalização de alta de juros nos EUA)", disse o estrategista da corretora Icap, Juliano Ferreira.

Declarações recentes de membros do Fed levaram o mercado a ver mais chances de alta de juros nos EUA ainda em setembro. Juros mais elevados tendem a atrair para a maior economia do mundo ativos atualmente investidos em países como o Brasil.

O Banco Central voltou a vender nesta manhã a oferta total de até 10 mil swaps reversos, que equivalem a compra futura de dólares.

Texto atualizado às 17h30

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