Dólar sobe 0,38% com Grécia e dados dos EUA e Europa
A moeda norte-americana subiu 0,38 por cento e fechou a 1,7215 real, depois de ter se desvalorizado 0,67 por cento na véspera
Da Redação
Publicado em 14 de fevereiro de 2012 às 16h44.
São Paulo - O dólar fechou em alta diante do real nesta terça-feira, refletindo a aversão ao risco que tomou conta dos mercados financeiros globais com as novas dificuldades para o fechamento de um acordo sobre a dívida da Grécia. Indicadores econômicos nos Estados Unidos e na Europa reduziram ainda mais a confiança dos investidores.
A moeda norte-americana subiu 0,38 por cento e fechou a 1,7215 real, depois de ter se desvalorizado 0,67 por cento na véspera. Em relação a uma cesta de moedas, o dólar tinha alta de quase 1 por cento.
Segundo o operador de câmbio e economista do Banco Indusval Daniel Moreli Rocha, o comportamento da taxa de câmbio nesta terça-feira ficou em linha com o de outras moedas ligadas à exportação de commodities e que servem de referência para o real, como o dólar australiano e o neozelandês.
"As notícias sobre novas pendências no pacote grego tiveram repercussão negativa", afirmou Rocha. O governo da Grécia se apressa para aprovar outro corte de 325 milhões de euros no orçamento, necessário para a União Europeia (UE) e o Fundo Monetário Internancional (FMI) liberarem a segunda parcela do resgate ao país.
O presidente do Eurogroup, Jean-Claude Juncker, convidou os ministros da zona do euro para uma conferência telefônica nesta quarta-feira, mudando o plano inicial de fazer um encontro com os ministros em Bruxelas. Juncker disse que ainda espera a garantia dos líderes políticos da Grécia sobre a implementação das reformas.
Os indicadores econômicos divulgados ao longo do dia nos Estados Unidos e na Europa também deram sustentação ao dólar, disse Rocha. Ele lembrou que sinais de desaceleração da economia global tendem a afugentar o apetite por risco e elevar a cotação da moeda norte-americana.
As vendas no varejo dos EUA aumentaram 0,4 por cento em janeiro, abaixo do crescimento de 0,7 por cento previsto por analistas consultados pela Reuters, com os consumidores freando os gastos com automóveis e com compras na Internet. O resultado das vendas em novembro também foi revisado para baixo.
"Os números da atividade norte-americana começaram a melhorar bastante entre outubro e dezembro, e esse, de janeiro, mostra que a recuperação talvez seja um pouco mais lenta neste trimestre", comentou Rocha.
A produção industrial na zona do euro caiu 1,1 por cento em dezembro, embora a confiança do investidor alemão tenha subido bem acima do esperado neste mês, segundo relatórios divulgados mais cedo.
Apesar da alta do dólar nesta terça-feira, continua pairando sobre o mercado a perspectiva de novas intervenções do Banco Central caso a moeda fique abaixo de 1,70 real, considerado o "piso informal" tolerado pela autoridade monetária para a cotação. "Esse é também um 'piso psicológico'", disse Rocha. "Vamos ver por quanto tempo ele resiste."
O BC voltou a atuar no mercado em 3 de fevereiro, realizando até o momento dois leilões de compra a termo e um leilão à vista.
São Paulo - O dólar fechou em alta diante do real nesta terça-feira, refletindo a aversão ao risco que tomou conta dos mercados financeiros globais com as novas dificuldades para o fechamento de um acordo sobre a dívida da Grécia. Indicadores econômicos nos Estados Unidos e na Europa reduziram ainda mais a confiança dos investidores.
A moeda norte-americana subiu 0,38 por cento e fechou a 1,7215 real, depois de ter se desvalorizado 0,67 por cento na véspera. Em relação a uma cesta de moedas, o dólar tinha alta de quase 1 por cento.
Segundo o operador de câmbio e economista do Banco Indusval Daniel Moreli Rocha, o comportamento da taxa de câmbio nesta terça-feira ficou em linha com o de outras moedas ligadas à exportação de commodities e que servem de referência para o real, como o dólar australiano e o neozelandês.
"As notícias sobre novas pendências no pacote grego tiveram repercussão negativa", afirmou Rocha. O governo da Grécia se apressa para aprovar outro corte de 325 milhões de euros no orçamento, necessário para a União Europeia (UE) e o Fundo Monetário Internancional (FMI) liberarem a segunda parcela do resgate ao país.
O presidente do Eurogroup, Jean-Claude Juncker, convidou os ministros da zona do euro para uma conferência telefônica nesta quarta-feira, mudando o plano inicial de fazer um encontro com os ministros em Bruxelas. Juncker disse que ainda espera a garantia dos líderes políticos da Grécia sobre a implementação das reformas.
Os indicadores econômicos divulgados ao longo do dia nos Estados Unidos e na Europa também deram sustentação ao dólar, disse Rocha. Ele lembrou que sinais de desaceleração da economia global tendem a afugentar o apetite por risco e elevar a cotação da moeda norte-americana.
As vendas no varejo dos EUA aumentaram 0,4 por cento em janeiro, abaixo do crescimento de 0,7 por cento previsto por analistas consultados pela Reuters, com os consumidores freando os gastos com automóveis e com compras na Internet. O resultado das vendas em novembro também foi revisado para baixo.
"Os números da atividade norte-americana começaram a melhorar bastante entre outubro e dezembro, e esse, de janeiro, mostra que a recuperação talvez seja um pouco mais lenta neste trimestre", comentou Rocha.
A produção industrial na zona do euro caiu 1,1 por cento em dezembro, embora a confiança do investidor alemão tenha subido bem acima do esperado neste mês, segundo relatórios divulgados mais cedo.
Apesar da alta do dólar nesta terça-feira, continua pairando sobre o mercado a perspectiva de novas intervenções do Banco Central caso a moeda fique abaixo de 1,70 real, considerado o "piso informal" tolerado pela autoridade monetária para a cotação. "Esse é também um 'piso psicológico'", disse Rocha. "Vamos ver por quanto tempo ele resiste."
O BC voltou a atuar no mercado em 3 de fevereiro, realizando até o momento dois leilões de compra a termo e um leilão à vista.