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Dólar sobe 0,35% ante real com falta de dólares no mercado

O Brasil registrou o pior déficit comercial semanal desde pelo menos 1998, o que contribui para a falta de dólares no mercado interno

O dólar avançou 0,35 %, para 2,0200 dólares na venda (Alex Wong/Getty Images)
DR

Da Redação

Publicado em 22 de abril de 2013 às 18h10.

São Paulo - O dólar encerrou em alta frente ao real nesta segunda-feira, após o Brasil registrar o pior déficit comercial semanal desde pelo menos 1998, o que contribui para a falta de dólares no mercado interno.

Segundo analistas, a alta era influenciada também por investidores que compravam dólares com o intuito de testar o teto da banda informal do Banco Central, de 2,03 reais, segundo a visão de boa parte do mercado.

O dólar avançou 0,35 %, para 2,0200 dólares na venda. Segundo dados da BM&F, o giro financeiro ficou em torno de 2 bilhões de dólares.

"O grande destaque negativo hoje foi efetivamente a balança comercial", disse o diretor de câmbio da Pioneer Corretora, João Medeiros. "A gente já esperava para esse mês um resultado melhor em função do embarque da safra brasileira de soja".

A balança comercial brasileira registrou déficit de 2,271 bilhões de dólares na terceira semana de abril, devido ao forte crescimento das importações e recuo nas exportações, no pior resultado semanal desde o início da série histórica, em 1998.

Para Medeiros, o resultado corrobora a tese de que faltam dólares no mercado brasileiro, pressionando para cima as cotações da divisa norte-americana.

No entando, a entrada de capitais na economia doméstica deve ganhar força em breve, com operações de captação de recursos como a oferta inicial de ações (IPO, na sigla em inglês) do BB Seguridade.

Operadores acreditam que o fluxo cambial --entrada e saída de moedas estrangeiras do país-- se tornará positivo à medida que os embarques de commodities agrícolas ganharem corpo. Até agora, no entanto, a economia brasileira registrou saída líquida de 3,002 bilhões de dólares no acumulado de abril até o dia 12, segundo dados do BC.

Investidores aproveitaram a valorização do dólar, que vem fechando acima de 2 reais desde quinta-feira, para testar a tolerância do BC à alta da moeda norte-americana.


"O pessoal está tentando dar uma testada no BC. O problema é que eu não acredito que ele deixe passar muito disso, justamente por causa da inflação", disse o gerente de câmbio da Fair Corretora, Mario Battistel.

Boa parte do mercado acredita que o chamado teto informal imposto pelo BC para a divisa com o objetivo de conter pressões inflacionárias passou a ser o patamar de 2,03 reais, enquanto a extremidade inferior da banda continuaria em 1,95 real.

O BC atuou no mercado de câmbio pela última vez em 27 de março, realizando leilão de swap tradicional --equivalente a venda de dólares no mercado futuro-- quando o dólar operava em torno de 2,03 reais.

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São Paulo - O dólar encerrou em alta frente ao real nesta segunda-feira, após o Brasil registrar o pior déficit comercial semanal desde pelo menos 1998, o que contribui para a falta de dólares no mercado interno.

Segundo analistas, a alta era influenciada também por investidores que compravam dólares com o intuito de testar o teto da banda informal do Banco Central, de 2,03 reais, segundo a visão de boa parte do mercado.

O dólar avançou 0,35 %, para 2,0200 dólares na venda. Segundo dados da BM&F, o giro financeiro ficou em torno de 2 bilhões de dólares.

"O grande destaque negativo hoje foi efetivamente a balança comercial", disse o diretor de câmbio da Pioneer Corretora, João Medeiros. "A gente já esperava para esse mês um resultado melhor em função do embarque da safra brasileira de soja".

A balança comercial brasileira registrou déficit de 2,271 bilhões de dólares na terceira semana de abril, devido ao forte crescimento das importações e recuo nas exportações, no pior resultado semanal desde o início da série histórica, em 1998.

Para Medeiros, o resultado corrobora a tese de que faltam dólares no mercado brasileiro, pressionando para cima as cotações da divisa norte-americana.

No entando, a entrada de capitais na economia doméstica deve ganhar força em breve, com operações de captação de recursos como a oferta inicial de ações (IPO, na sigla em inglês) do BB Seguridade.

Operadores acreditam que o fluxo cambial --entrada e saída de moedas estrangeiras do país-- se tornará positivo à medida que os embarques de commodities agrícolas ganharem corpo. Até agora, no entanto, a economia brasileira registrou saída líquida de 3,002 bilhões de dólares no acumulado de abril até o dia 12, segundo dados do BC.

Investidores aproveitaram a valorização do dólar, que vem fechando acima de 2 reais desde quinta-feira, para testar a tolerância do BC à alta da moeda norte-americana.


"O pessoal está tentando dar uma testada no BC. O problema é que eu não acredito que ele deixe passar muito disso, justamente por causa da inflação", disse o gerente de câmbio da Fair Corretora, Mario Battistel.

Boa parte do mercado acredita que o chamado teto informal imposto pelo BC para a divisa com o objetivo de conter pressões inflacionárias passou a ser o patamar de 2,03 reais, enquanto a extremidade inferior da banda continuaria em 1,95 real.

O BC atuou no mercado de câmbio pela última vez em 27 de março, realizando leilão de swap tradicional --equivalente a venda de dólares no mercado futuro-- quando o dólar operava em torno de 2,03 reais.

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