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Dólar sobe 0,11% refletindo preocupações externas

O dólar fechou com alta de 0,11 por cento, cotado a 2,0265 reais na venda

Nota de um dólar: na semana, a moeda norte-americana acumulou alta de 0,83 por cento (AFP)
DR

Da Redação

Publicado em 6 de julho de 2012 às 18h02.

São Paulo - O dólar fechou em alta frente ao real nesta sexta-feira, voltando a acompanhar o cenário externo de maior aversão ao risco, com a moeda norte-americana se valorizando também ante outras divisas.

O dólar fechou com alta de 0,11 por cento, cotado a 2,0265 reais na venda.

Dados mais fracos que o esperado sobre o mercado de trabalho nos Estados Unidos foram os responsáveis pela piora do humor dos investidores, evidenciando uma recuperação econômica difícil do país.

Na semana, a moeda norte-americana acumulou alta de 0,83 por cento, tendo ainda como pano de fundo, além do cenário externo, as declarações do diretor de Política Monetária do BC, Aldo Mendes, de que autoridade monetária poderia intervir comprando dólares no mercado futuro caso necessário.

"O mercado deu uma estressada, com as bolsas tendo quedas mais fortes e o euro caindo mais. O mercado tem sido mais de alta e os dados de empregos dos Estados Unidos reforçaram o mau-humor", disse o operador de câmbio da B&T Corretora de Câmbio Marcos Trabbold.

A divisa norte-americana chegou até a subir mais durante a sessão, acompanhando a piora no exterior, mas reduziu ganhos perto do final do pregão, o que, segundo Trabbold, é um movimento normal da moeda no final do dia, com a liquidez diminuindo no mercado.


A máxima nesta sexta-feira foi de 2,0420 reais, enquanto a mínima foi de 2,0160 reais, registrada logo no início da sessão.

Nesta sexta-feira, o Departamento do Trabalho norte-americano informou que foram criados apenas 80 mil empregos fora do setor agrícola em junho.

Com os números fracos, houve uma piora geral nos mercados e aumentou a pressão sobre o Federal Reserve (banco central dos EUA) para que adote mais ações para impulsionar a economia.

Os dados refletiram também no desempenho de outras moedas.

Às 17h15 (horário de Brasília), o dólar tinha alta de 0,56 por cento ante uma cesta de divisas, enquanto o euro caía 0,82 por cento ante o dólar.

Além das notícias internacionais, a primeira semana de julho foi marcada pelas declarações do diretor de Política Monetária do BC, e que o mercado entendeu como um recado da autoridade monetária depois de o dólar ter ficado abaixo de 2 reais.

Na semana anterior, o BC havia atuado de forma expressiva na ponta vendedora por meio de leilões de swap cambial tradicional -operação que equivale a uma venda de dólares no mercado futuro- quando o dólar ameaçava ultrapassar o patamar de 2,10 reais.

Com isso, o economista de um banco que pediu para não ser identificado diz que o BC deve conseguir manter a moeda entre uma banda informal de 2 a 2,10 reais, mas com mais chances de se manter entre 2 e 2,05 reais.

"Abaixo de 2 reais agora há a expectativa de que o BC pode comprar dólares de novo. Por isso, é natural que ocorra certa pressão compradora chegando perto desse patamar. o governo de alguma forma estabeleceu uma certa banda de oscilação da moeda", avaliou o economista.

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São Paulo - O dólar fechou em alta frente ao real nesta sexta-feira, voltando a acompanhar o cenário externo de maior aversão ao risco, com a moeda norte-americana se valorizando também ante outras divisas.

O dólar fechou com alta de 0,11 por cento, cotado a 2,0265 reais na venda.

Dados mais fracos que o esperado sobre o mercado de trabalho nos Estados Unidos foram os responsáveis pela piora do humor dos investidores, evidenciando uma recuperação econômica difícil do país.

Na semana, a moeda norte-americana acumulou alta de 0,83 por cento, tendo ainda como pano de fundo, além do cenário externo, as declarações do diretor de Política Monetária do BC, Aldo Mendes, de que autoridade monetária poderia intervir comprando dólares no mercado futuro caso necessário.

"O mercado deu uma estressada, com as bolsas tendo quedas mais fortes e o euro caindo mais. O mercado tem sido mais de alta e os dados de empregos dos Estados Unidos reforçaram o mau-humor", disse o operador de câmbio da B&T Corretora de Câmbio Marcos Trabbold.

A divisa norte-americana chegou até a subir mais durante a sessão, acompanhando a piora no exterior, mas reduziu ganhos perto do final do pregão, o que, segundo Trabbold, é um movimento normal da moeda no final do dia, com a liquidez diminuindo no mercado.


A máxima nesta sexta-feira foi de 2,0420 reais, enquanto a mínima foi de 2,0160 reais, registrada logo no início da sessão.

Nesta sexta-feira, o Departamento do Trabalho norte-americano informou que foram criados apenas 80 mil empregos fora do setor agrícola em junho.

Com os números fracos, houve uma piora geral nos mercados e aumentou a pressão sobre o Federal Reserve (banco central dos EUA) para que adote mais ações para impulsionar a economia.

Os dados refletiram também no desempenho de outras moedas.

Às 17h15 (horário de Brasília), o dólar tinha alta de 0,56 por cento ante uma cesta de divisas, enquanto o euro caía 0,82 por cento ante o dólar.

Além das notícias internacionais, a primeira semana de julho foi marcada pelas declarações do diretor de Política Monetária do BC, e que o mercado entendeu como um recado da autoridade monetária depois de o dólar ter ficado abaixo de 2 reais.

Na semana anterior, o BC havia atuado de forma expressiva na ponta vendedora por meio de leilões de swap cambial tradicional -operação que equivale a uma venda de dólares no mercado futuro- quando o dólar ameaçava ultrapassar o patamar de 2,10 reais.

Com isso, o economista de um banco que pediu para não ser identificado diz que o BC deve conseguir manter a moeda entre uma banda informal de 2 a 2,10 reais, mas com mais chances de se manter entre 2 e 2,05 reais.

"Abaixo de 2 reais agora há a expectativa de que o BC pode comprar dólares de novo. Por isso, é natural que ocorra certa pressão compradora chegando perto desse patamar. o governo de alguma forma estabeleceu uma certa banda de oscilação da moeda", avaliou o economista.

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