Dólar registra 2º dia de forte queda e se aproxima de R$2,30
O mercado ainda está reagindo à extensão do programa de intervenção cambial do Banco Central para o próximo ano
Da Redação
Publicado em 6 de dezembro de 2013 às 17h53.
São Paulo - O dólar fechou em queda superior a 1 por cento ante o real pelo segundo dia seguido, com o mercado reagindo à extensão do programa de intervenção cambial do Banco Central para o próximo ano e a novos dados sobre o mercado de trabalho dos Estados Unidos.
A moeda norte-americana recuou 1,37 por cento nesta sexta-feira, a 2,3270 reais na venda, perto da mínima da sessão, de 2,3220 reais. Segundo dados da BM&F, o volume de negociação ficou em torno de 1,2 bilhão de dólares.
O dia foi marcado por um forte e repentino sobe e desce na primeira parte do pregão. Em poucos minutos, o dólar saiu da máxima para a mínima do dia em reação à divulgação de dados do mercado de trabalho dos EUA.
Segundo o Departamento do Trabalho, foram criadas 203 mil novas vagas fora do setor agrícola no mês passado, resultado que ficou acima das previsões de 180 mil e que diminuiu a taxa de desemprego para 7,0 por cento.
Inicialmente, a interpretação foi que a redução dos estímulos dados pelo Federal Reserve, banco central norte-americano, poderia começar em breve. Mas, logo na sequência, os investidores reavaliaram os dados e entenderam que o resultado não é suficientemente forte para levar à redução dos estímulos neste mês. Com isso, o dólar consolidou a queda ante o real, seguindo o mesmo comportamento em relação a outras moedas.
"Quando saíram os números do 'payroll'(emprego nos Estados Unidos), o dólar deu um soluço. Os números são bons, mas não indicam nada de concreto. Por isso o mercado prefere trabalhar com a posição oficial do BC de que as intervenções vão continuar", afirmou o gerente de câmbio de corretora Fair, Mário Battistel.
Em entrevista à Reuters, o presidente do Fed de Chicago, Charles Evans, afirmou que gostaria ver primeiro um mercado de trabalho mais forte, apesar de estar com a "mente aberta" para a redução do programa de compra de ativos do banco central norte-americano neste mês.
No Brasil, a queda do dólar foi acentuada por uma forte entrada da divisa, segundo operadores. Como o mercado estava com liquidez baixa, o impacto foi mais acentuado nas cotações.
Também contribuiu com a desvalorização da divisa o fato de o Banco Central brasileiro anunciar, na véspera, que vai estender o programa de atuações no mercado de câmbio para 2014.
"O anúncio do programa do BC tira um pouco da pressão do mercado", disse o diretor de câmbio da Pioneer Corretora, João Medeiros. "O dólar tinha subido muito nas últimas sessões, então uma notícia nesse sentido traz um alívio relevante".
Na sessão anterior, a divisa dos EUA recuou 1,24 por cento, a 2,3594 reais na venda, justamente em reação ao anúncio do presidente do BC, Alexandre Tombini, sobre as intervenções.
Pela manhã, o BC vendeu a oferta de até 1 bilhão de dólares com compromisso de recompra em 4 de fevereiro do ano que vem à taxa de R$ 2,392243.
Após o fechamento, a autoridade monetária anunciou antecipadamente que iniciará na segunda-feira a rolagem dos 9,93 bilhões de dólares que vencem em swaps cambiais em 2 de janeiro do ano que vem. Nesta oferta, ele oferecerá até 20 mil contratos com vencimentos em 2 de maio e 1 de setembro. [ID: nL2N0JL1SJ] Ele também divulgou a realização da ração diária de até 10 mil papéis de swap tradicional com vencimentos em 5 de março e 2 de junho. A oferta ocorrerá entre 9h30 e 9h40 e o resultado sairá a partir das 9h50.
São Paulo - O dólar fechou em queda superior a 1 por cento ante o real pelo segundo dia seguido, com o mercado reagindo à extensão do programa de intervenção cambial do Banco Central para o próximo ano e a novos dados sobre o mercado de trabalho dos Estados Unidos.
A moeda norte-americana recuou 1,37 por cento nesta sexta-feira, a 2,3270 reais na venda, perto da mínima da sessão, de 2,3220 reais. Segundo dados da BM&F, o volume de negociação ficou em torno de 1,2 bilhão de dólares.
O dia foi marcado por um forte e repentino sobe e desce na primeira parte do pregão. Em poucos minutos, o dólar saiu da máxima para a mínima do dia em reação à divulgação de dados do mercado de trabalho dos EUA.
Segundo o Departamento do Trabalho, foram criadas 203 mil novas vagas fora do setor agrícola no mês passado, resultado que ficou acima das previsões de 180 mil e que diminuiu a taxa de desemprego para 7,0 por cento.
Inicialmente, a interpretação foi que a redução dos estímulos dados pelo Federal Reserve, banco central norte-americano, poderia começar em breve. Mas, logo na sequência, os investidores reavaliaram os dados e entenderam que o resultado não é suficientemente forte para levar à redução dos estímulos neste mês. Com isso, o dólar consolidou a queda ante o real, seguindo o mesmo comportamento em relação a outras moedas.
"Quando saíram os números do 'payroll'(emprego nos Estados Unidos), o dólar deu um soluço. Os números são bons, mas não indicam nada de concreto. Por isso o mercado prefere trabalhar com a posição oficial do BC de que as intervenções vão continuar", afirmou o gerente de câmbio de corretora Fair, Mário Battistel.
Em entrevista à Reuters, o presidente do Fed de Chicago, Charles Evans, afirmou que gostaria ver primeiro um mercado de trabalho mais forte, apesar de estar com a "mente aberta" para a redução do programa de compra de ativos do banco central norte-americano neste mês.
No Brasil, a queda do dólar foi acentuada por uma forte entrada da divisa, segundo operadores. Como o mercado estava com liquidez baixa, o impacto foi mais acentuado nas cotações.
Também contribuiu com a desvalorização da divisa o fato de o Banco Central brasileiro anunciar, na véspera, que vai estender o programa de atuações no mercado de câmbio para 2014.
"O anúncio do programa do BC tira um pouco da pressão do mercado", disse o diretor de câmbio da Pioneer Corretora, João Medeiros. "O dólar tinha subido muito nas últimas sessões, então uma notícia nesse sentido traz um alívio relevante".
Na sessão anterior, a divisa dos EUA recuou 1,24 por cento, a 2,3594 reais na venda, justamente em reação ao anúncio do presidente do BC, Alexandre Tombini, sobre as intervenções.
Pela manhã, o BC vendeu a oferta de até 1 bilhão de dólares com compromisso de recompra em 4 de fevereiro do ano que vem à taxa de R$ 2,392243.
Após o fechamento, a autoridade monetária anunciou antecipadamente que iniciará na segunda-feira a rolagem dos 9,93 bilhões de dólares que vencem em swaps cambiais em 2 de janeiro do ano que vem. Nesta oferta, ele oferecerá até 20 mil contratos com vencimentos em 2 de maio e 1 de setembro. [ID: nL2N0JL1SJ] Ele também divulgou a realização da ração diária de até 10 mil papéis de swap tradicional com vencimentos em 5 de março e 2 de junho. A oferta ocorrerá entre 9h30 e 9h40 e o resultado sairá a partir das 9h50.