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Dólar recupera nível de R$ 1,71 após leilões do BC

Antes de o BC anunciar essa operação, a moeda norte-americana testou a mínima de R$ 1,6970

O dólar ante o real descolou-se da queda da moeda norte-americana no exterior no começo da tarde (AFP)

O dólar ante o real descolou-se da queda da moeda norte-americana no exterior no começo da tarde (AFP)

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Da Redação

Publicado em 23 de fevereiro de 2012 às 16h32.

São Paulo - O Banco Central fez dois leilões de compra de dólar hoje, um no mercado futuro e outro no à vista, e conseguiu tirar o dólar do terreno negativo em que havia estacionado nas últimas três sessões. O dólar à vista fechou com alta de 0,29%, a R$ 1,7110 no balcão, após acumular baixa de 1,04% no período mencionado. Na BM&F, o dólar spot encerrou na máxima do dia, a R$ 1,7116, com ganho de 0,35%.

O dólar ante o real descolou-se da queda da moeda norte-americana no exterior no começo da tarde e passou a subir logo após o anúncio da oferta de swap cambial reverso. Antes de o BC anunciar essa operação, a moeda norte-americana testou as mínimas de R$ 1,6970 (-0,53%) no balcão e de R$ 1,6995 (-0,56%) no contrato para março de 2012 na BM&F, em linha com o comportamento externo e pressionada pelo anúncio da captação do Bradesco de US$ 1 bilhão, com vencimento em 10 anos. Depois dessa operação, o dólar atingiu as máximas do dia, de R$ 1,7130 (+0,41%) e R$ 1,7165 (+0,44%), respectivamente.

Neste leilão, foram ofertados até 40 mil contratos de swap reverso ou US$ 2 bilhões, com vencimentos em 2 de abril e 2 de julho de 2012. Porém, o BC vendeu apenas 3,5 mil contratos para 2 de julho, equivalentes a US$ 174,7 milhões ou 8,75% do total oferecido. Neste caso, a cotação máxima foi de 99,828200, com taxa nominal de 0,4841% e linear de 0,480%. "Os participantes do leilão devem ter apresentado propostas com o dólar acima do valor pretendido para cada vencimento ofertado e o BC não aceitou", disse um operador, para explicar o baixo volume de moeda adquirido. Mas pelo menos dessa vez o BC içou o dólar, ao contrário do leilão à vista feito ontem, completou.

Na reabertura dos negócios vespertinos, a autoridade monetária anunciou outro leilão de compra de moeda, desta vez no mercado à vista, o que ajudou a sustentar as cotações em alta, no entanto, abaixo das máximas registradas mais cedo, após a oferta de swap reverso. A taxa de corte fixada pelo BC ficou em R$ 1,7112 - pouco acima do valor do dólar no mercado à vista naquele momento, de R$ 1,7100 (+0,23%) no balcão.

Para o operador José Carlos Amado, da Renascença Corretora, com o leilão de swap reverso hoje, o BC mostra que está tentando identificar qual o perfil de demanda do mercado e, para isso, está usando vários instrumentos disponíveis. Neste ano, o BC já fez neste mês de fevereiro ao todo cinco leilões: dois de compra de dólar a termo, três leilões de compra no mercado à vista e a operação de swap cambial reverso de hoje.

Há pouco, o ministro da Fazenda, Guido Mantega, em entrevista à agência Dow Jones, disse que a guerra cambial global está se intensificando e o Brasil vai usar grande arsenal de instrumentos para conter o real. Segundo ele, mo Brasil não permitirá apreciação excessiva do real.

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