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Dólar recua em meio a ajustes e de olho em cena externa

Às 12:49, o dólar recuava 0,60%, a 4,0432 reais na venda

Câmbio: dólar caía na abertura dos negócios desta terça-feira (Thomas Trutschel/Getty Images)

Câmbio: dólar caía na abertura dos negócios desta terça-feira (Thomas Trutschel/Getty Images)

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Reuters

Publicado em 20 de agosto de 2019 às 09h15.

Última atualização em 20 de agosto de 2019 às 15h01.

São Paulo — O dólar se desvalorizava frente ao real nesta terça-feira, em sessão marcada por ajustes após a forte alta registrada no dia anterior, com agentes do mercado monitorando discussões sobre medidas de estímulos por parte de bancos centrais para afastar o risco de uma recessão global ainda em meio as incertezas comerciais.

Às 12:49, o dólar recuava 0,60%, a 4,0432 reais na venda.

Na véspera, o dólar teve alta de 1,60%, a 4,0677 reais na venda, maior nível de fechamento desde 20 de maio, diante de mais dúvidas sobre novas quedas de juros nos Estados Unidos, movimento que poderia aumentar a oferta de moeda em países como o Brasil.

Neste pregão, o dólar futuro tinha queda de 0,81%.

Para o economista Silvio Campos Neto, da Tendências Consultoria, o mercado de câmbio está se ajustando depois de uma valorização exagerada na véspera, mas ainda segue monitorando todas as questões externas, como os possíveis estímulos dos principais países para conter uma desaceleração global.

"O quadro ainda é de muita incerteza e volatilidade justamente por conta dessas questões externas. A guerra comercial entre os Estados Unidos e a China afeta o apetite por ativos mais arriscados, como é o caso do real, além das preocupações com uma possível recessão global", afirmou Campos Neto.

Segundo analistas da XP Investimentos, os investidores continuam à espera de quaisquer sinais do Federal Reserve sobre o futuro da taxa de juros nos EUA. A ata da última reunião do Fed será divulgada na quarta-feira.

Na segunda-feira, o presidente do Federal Reserve de Boston, Eric Rosengren, não sinalizou disposição para apoiar novos cortes nas taxas de juros, dizendo que as condições econômicas dos EUA ainda são boas e que uma política de estímulo poderia encorajar um endividamento preocupante.

Rosengren foi um dos dois votos dissidentes no Fomc na decisão do mês passado de cortar os custos de empréstimos pela primeira vez desde 2008.

Na cena doméstica, o Banco Central vendeu todos os 11 mil contratos de swap cambial tradicional ofertados nesta terça-feira em leilão de rolagem do vencimento outubro.

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