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Dólar avança de olho na Previdência e guerra comercial

Às 12:00, o dólar avançava 0,03 por cento, a 3,7120 reais na venda, após fechar com acréscimo de 0,12 por cento, a 3,7108 reais, na véspera

Câmbio: dólar tinha pouca variação frente ao real no pregão desta sexta-feira (Marcos Brindicci/Reuters)
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Reuters

Publicado em 8 de fevereiro de 2019 às 09h17.

Última atualização em 8 de fevereiro de 2019 às 12h07.

São Paulo — O dólar tinha pouca variação frente ao real no pregão desta sexta-feira, aguardando avanços na reforma da Previdência e seguindo a cautela do exterior, com temores sobre desaceleração no crescimento econômico global e pouca perspectiva de resolução na guerra comercial entre Estados Unidos e China.

Às 12:00, o dólar avançava 0,03 por cento, a 3,7120 reais na venda, após fechar com acréscimo de 0,12 por cento, a 3,7108 reais, na véspera.

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O dólar futuro operava com variação negativa de cerca de 0,1 por cento.

Como avaliou um participante do mercado, o dia deve ser razoavelmente parado nas negociações de câmbio, após pregão de ajuste na véspera, quando o mercado calibrou apostas com relação à tramitação da reforma da Previdência, que pode não ocorrer na rapidez esperada.

Investidores voltam ao compasso de espera no que diz respeito à reforma, baseados na percepção de que só haverá uma definição quando o presidente Jair Bolsonaro retornar a Brasília.

No fim da tarde de quinta-feira, o porta-voz da Presidência informou que Bolsonaro contraiu uma pneumonia durante a recuperação da cirurgia de reversão da colostomia, o que deve adiar ainda mais sua alta.

"Não há nenhuma grande novidade, o que tem é um certo desconforto com relação à saúde de Bolsonaro que pode atrasar a composição política pra fazer a reforma", afirmou o estrategista de renda fixa da Coinvalores Corretora, Paulo Celso Nepumoceno.

"Precisamos de um apoio para a reforma acontecer e com uma demora um pouco maior, com ele (Bolsonaro) mais afastado da linha de frente, pode atrasar um pouco a coalizão que o governo precisa formar", avaliou.

No exterior, o mercado repercute ainda a declaração do presidente dos Estados Unidos, Donald Trump, de quinta-feira, quando afirmou que não pretende se reunir com o líder chinês, Xi Jinping, antes do prazo de 1º de março determinado pelos dois países para chegar a um acordo comercial.

A fala de Trump dissipou esperanças de que as duas maiores economias do mundo estavam tendo progresso nas negociações para encerrar a guerra comercial.

Também na quinta-feira, dados mostraram uma queda na produção industrial da Alemanha em dezembro, o quarto recuo consecutivo, o que reforçou temores de investidores de que a economia mais forte da Europa pode estar rumando para uma recessão.

Já a Comissão Europeia reduziu suas estimativas para o crescimento econômico da zona do euro neste e no próximo ano, provocando preocupações de que a desaceleração global está se espalhando para a Europa.

O BC brasileiro vendeu nesta sessão 10,33 mil swaps cambiais tradicionais, equivalentes à venda futura de dólares. Assim rolou 3,099 bilhões de dólares do total de 9,811 bilhões que vencem em março.

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