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Dólar recua ante o real pressionado por fator técnico

O sentimento de que um dólar mais fraco contribui para controlar a inflação foi reforçado na sessão desta quarta-feira

Dólar: a divisa norte-americana encerrou a sessão com queda de 0,55% no balcão (Marcos Santos/USP Imagens)
DR

Da Redação

Publicado em 27 de fevereiro de 2013 às 17h54.

São Paulo - O dólar encerrou a sessão em queda ante o real. A retomada do apetite por ativos de maior risco no mercado internacional e os interesses técnicos relacionados aos vencimentos cambiais de fim de mês no Brasil pesaram para o desempenho negativo da moeda norte-americana na primeira parte da sessão. O ajuste de baixa se intensificou à tarde, quando a moeda norte-americana renovou suas mínimas.

No fechamento do mercado à vista, o dólar caiu 0,55%, a R$ 1,9730 no balcão. Na BM&FBovespa, com apenas dois negócios, o dólar spot terminou na mínima, cotado a R$ 1,9730 (-0,34%).

O giro total à vista registrado na clearing de câmbio até 17h somava US$ 2,245 bilhões, sendo US$ 1,811 bilhão para liquidação em dois dias úteis. No mercado futuro, no mesmo horário, o dólar para março de 2013 recuava 0,48%, a R$ 1,9745, após oscilar entre uma mínima em R$ 1,9730 (-0,55%) e uma máxima, de R$ 1,9845 (+0,03%).

A ampliação do declínio do dólar ante o real ocorreu em meio a comentários no mercado de que a desaceleração da inflação mostrada por vários índices de preços divulgados recentemente no País, como o IGP-M de fevereiro nesta quarta-feira, poderia levar o Banco Central a adiar uma eventual alta de juros para o segundo semestre ou até para o ano que vem. Segundo o gerente de câmbio de um banco estrangeiro, essa discussão realimenta o sentimento de que um dólar mais fraco pode contribuir para o controle da inflação.

O discurso afinado da presidente Dilma Rousseff e de integrantes da equipe econômica e do Banco Central, no sentido de que não há descontrole da inflação no País, além dos esforços do governo para reduzir custos na economia, visando baixar ainda mais os índices de preços, também influenciou o movimento de venda de dólar, disse a mesma fonte já citada acima.

Como nesta quinta-feira será definida a taxa Ptax do fim de fevereiro, os investidores vendidos em câmbio aproveitaram o debate sobre a política monetária doméstica para pressionar a taxa de câmbio para baixo, disse um operador de tesouraria de um banco.

No exterior, a reafirmação feita nesta quarta-feira pelo presidente do Federal Reserve (Fed, banco central dos EUA), Ben Bernanke, na Câmara dos Representantes dos EUA, em relação à continuidade dos programas de compras de ativos, deu fôlego à desvalorização do dólar no mercado de moedas. O euro, por sua vez, operou em campo positivo na maior parte do dia, impulsionado por um indicador que mostra a zona do euro superando parte do pessimismo recente sobre a recuperação da economia. Um leilão de bônus da Itália considerado bem-sucedido, apesar do impasse político no país, também beneficiou a moeda única europeia.

À tarde, o presidente do Banco Central Europeu (BCE), Mario Draghi, disse que a política monetária continua acomodatícia e a instituição está longe ter uma saída em mente. Ainda assim, o euro seguia acima do patamar de US$ 1,31.

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São Paulo - O dólar encerrou a sessão em queda ante o real. A retomada do apetite por ativos de maior risco no mercado internacional e os interesses técnicos relacionados aos vencimentos cambiais de fim de mês no Brasil pesaram para o desempenho negativo da moeda norte-americana na primeira parte da sessão. O ajuste de baixa se intensificou à tarde, quando a moeda norte-americana renovou suas mínimas.

No fechamento do mercado à vista, o dólar caiu 0,55%, a R$ 1,9730 no balcão. Na BM&FBovespa, com apenas dois negócios, o dólar spot terminou na mínima, cotado a R$ 1,9730 (-0,34%).

O giro total à vista registrado na clearing de câmbio até 17h somava US$ 2,245 bilhões, sendo US$ 1,811 bilhão para liquidação em dois dias úteis. No mercado futuro, no mesmo horário, o dólar para março de 2013 recuava 0,48%, a R$ 1,9745, após oscilar entre uma mínima em R$ 1,9730 (-0,55%) e uma máxima, de R$ 1,9845 (+0,03%).

A ampliação do declínio do dólar ante o real ocorreu em meio a comentários no mercado de que a desaceleração da inflação mostrada por vários índices de preços divulgados recentemente no País, como o IGP-M de fevereiro nesta quarta-feira, poderia levar o Banco Central a adiar uma eventual alta de juros para o segundo semestre ou até para o ano que vem. Segundo o gerente de câmbio de um banco estrangeiro, essa discussão realimenta o sentimento de que um dólar mais fraco pode contribuir para o controle da inflação.

O discurso afinado da presidente Dilma Rousseff e de integrantes da equipe econômica e do Banco Central, no sentido de que não há descontrole da inflação no País, além dos esforços do governo para reduzir custos na economia, visando baixar ainda mais os índices de preços, também influenciou o movimento de venda de dólar, disse a mesma fonte já citada acima.

Como nesta quinta-feira será definida a taxa Ptax do fim de fevereiro, os investidores vendidos em câmbio aproveitaram o debate sobre a política monetária doméstica para pressionar a taxa de câmbio para baixo, disse um operador de tesouraria de um banco.

No exterior, a reafirmação feita nesta quarta-feira pelo presidente do Federal Reserve (Fed, banco central dos EUA), Ben Bernanke, na Câmara dos Representantes dos EUA, em relação à continuidade dos programas de compras de ativos, deu fôlego à desvalorização do dólar no mercado de moedas. O euro, por sua vez, operou em campo positivo na maior parte do dia, impulsionado por um indicador que mostra a zona do euro superando parte do pessimismo recente sobre a recuperação da economia. Um leilão de bônus da Itália considerado bem-sucedido, apesar do impasse político no país, também beneficiou a moeda única europeia.

À tarde, o presidente do Banco Central Europeu (BCE), Mario Draghi, disse que a política monetária continua acomodatícia e a instituição está longe ter uma saída em mente. Ainda assim, o euro seguia acima do patamar de US$ 1,31.

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