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Dólar pode cair a R$ 1,75 com menor receio com Europa

Receios reduzidos sobre a crise europeia devem aumentar a demanda por ativos de maior rendimento dos emergentes, diz CME Group, que controla a maior bolsa de futuros do mundo


	Um brasileiro troca reais por dólares numa casa de câmbio no centro do Rio de Janeiro: o real acumula uma desvalorização de 7,6 por cento em relação ao dólar este ano
 (Reuters)

Um brasileiro troca reais por dólares numa casa de câmbio no centro do Rio de Janeiro: o real acumula uma desvalorização de 7,6 por cento em relação ao dólar este ano (Reuters)

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Da Redação

Publicado em 12 de setembro de 2012 às 17h53.

São Paulo - O real vai se fortalecer e o dólar pode cair para R$ 1,75 até o fim de 2013 com receios reduzidos sobre a crise europeia, o que vai aumentar a demanda por ativos de maior rendimento dos mercados emergentes, segundo o CME Group Inc., que controla a maior bolsa de futuros do mundo.

O real, que tem o segundo pior desempenho entre 25 moedas de países emergentes acompanhadas pela Bloomberg, deve se recuperar, impulsionado pela atratividade dos juros brasileiros para investidores estrangeiros do mercado de renda fixa, disse Bluford Putnam, economista-chefe do CME Group.

“Há um desejo crescente de busca por rendimento, em comparação com um receio de curto prazo quanto ao risco”, disse Putnam em entrevista hoje na Bloomberg em São Paulo. “Estou otimista com o real, o peso mexicano e com quase tudo que tenha juro acima de 4 por cento. Isso está relacionado com o período prolongado de juro zero nos Estados Unidos e na Europa.”

O real acumula uma desvalorização de 7,6 por cento em relação ao dólar este ano, enquanto o peso do México teve um ganho de 7 por cento. O peso argentino caiu 7,8 por cento desde janeiro, a maior baixa entre moedas emergentes.

Para Putnam, o Produto Interno Bruto brasileiro vai crescer entre 2,5 por cento e 3 por cento este ano. A expansão só não será maior por causa do desaquecimento da economia mundial, que freia a recuperação, disse ele.

Com a retomada gradual no Brasil, o mercado acionário local terá um desempenho “não tão animador” em 2013, disse Putnam. O Ibovespa acumula alta de 5,4 por cento este ano, após a queda de 18 por cento em 2011.

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