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Dólar passa a subir a R$2,70 e investidores testam máximas

Às 12h20, a moeda norte-americana subia 0,64 por cento, a 2,7065 reais, mas chegou a 2,7086 reais na máxima da sessão

Mercado entendeu a fala como um sinal de que a atuação do BC no câmbio poderia diminuir no curto prazo, reduzindo a oferta de dólares no mercado (Arquivo/Agência Brasil)
DR

Da Redação

Publicado em 2 de fevereiro de 2015 às 13h20.

São Paulo - O dólar anulou a queda e passou a subir nesta segunda-feira, com investidores tentando sustentar cotações acima de 2,70 reais, mesmo após o Banco Central sinalizar a rolagem integral dos swaps cambiais que vencem em março.

Às 12h20, a moeda norte-americana subia 0,64 por cento, a 2,7065 reais, mas chegou a 2,7086 reais na máxima da sessão, após atingir 2,6665 reais na mínima do dia. Na sexta-feira, a divisa havia fechado com o maior avanço desde setembro de 2011.

Segundo dados da BM&F, o giro financeiro estava em torno de 600 milhões de dólares, acima do normal para o horário por conta do maior número de operações para testar novos patamares.

"Tem gente tentando manter o dólar acima dos 2,70 (reais) e tem gente realizando. Cada um desses dois fatores puxa (o dólar) para uma direção diferente", resumiu o operador de um banco internacional.

Na sexta-feira, o salto da divisa norte-americana veio depois de o ministro da Fazenda, Joaquim Levy, sugerir que não há intenção do governo de manter o real valorizado artificialmente. Mais tarde, no mesmo dia, a assessoria de imprensa do ministro procurou a imprensa para afirmar que ele estava falando sobre o câmbio no mundo, mas não ajudou a mudar o movimento do câmbio.

O mercado entendeu a fala como um sinal de que a atuação do BC no câmbio poderia diminuir no curto prazo, reduzindo a oferta de dólares no mercado.

No entanto, após o fechamento dos negócios na sexta-feira, a autoridade monetária anunciou para esta manhã a oferta de até 13 mil swaps para o início da rolagem dos swaps cambiais, que equivalem a venda futura de dólares, que vencem em 2 de março. E vendeu tudo, rolando cerca de 6 por cento do lote total.

Se mantiver esse ritmo, vender sempre a oferta integral e não fizer leilão de rolagem no último pregão do mês, como vem acontecendo nos últimos meses, o BC rolará quase 100 por cento do lote total, que corresponde a 10,438 bilhões de dólares.

"É um alívio marginal. Com o mercado estressado da semana passada, é bom saber que o BC vai continuar fornecendo bastante liquidez agora no começo do mês", disse o superintendente de derivativos de uma gestora de recursos nacional.

Pela manhã, o BC também deu continuidade às intervenções diárias, vendendo a oferta total de até 2 mil swaps com volume equivalente a 98,1 milhões de dólares. Foram vendidos 500 contratos para 1º de dezembro de 2015 e 1.500 para 1º de fevereiro de 2016.

Mais cedo, o dólar havia operado em queda firme, reagindo à atuação do BC e em um movimento de correção depois do avanço da sessão anterior.

"O mercado assustou na sexta-feira, teve o fim de semana para pensar e agora está desfazendo um pouco (as posições)", disse pela manhã o gerente de câmbio da corretora Treviso, Reginaldo Galhardo.

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São Paulo - O dólar anulou a queda e passou a subir nesta segunda-feira, com investidores tentando sustentar cotações acima de 2,70 reais, mesmo após o Banco Central sinalizar a rolagem integral dos swaps cambiais que vencem em março.

Às 12h20, a moeda norte-americana subia 0,64 por cento, a 2,7065 reais, mas chegou a 2,7086 reais na máxima da sessão, após atingir 2,6665 reais na mínima do dia. Na sexta-feira, a divisa havia fechado com o maior avanço desde setembro de 2011.

Segundo dados da BM&F, o giro financeiro estava em torno de 600 milhões de dólares, acima do normal para o horário por conta do maior número de operações para testar novos patamares.

"Tem gente tentando manter o dólar acima dos 2,70 (reais) e tem gente realizando. Cada um desses dois fatores puxa (o dólar) para uma direção diferente", resumiu o operador de um banco internacional.

Na sexta-feira, o salto da divisa norte-americana veio depois de o ministro da Fazenda, Joaquim Levy, sugerir que não há intenção do governo de manter o real valorizado artificialmente. Mais tarde, no mesmo dia, a assessoria de imprensa do ministro procurou a imprensa para afirmar que ele estava falando sobre o câmbio no mundo, mas não ajudou a mudar o movimento do câmbio.

O mercado entendeu a fala como um sinal de que a atuação do BC no câmbio poderia diminuir no curto prazo, reduzindo a oferta de dólares no mercado.

No entanto, após o fechamento dos negócios na sexta-feira, a autoridade monetária anunciou para esta manhã a oferta de até 13 mil swaps para o início da rolagem dos swaps cambiais, que equivalem a venda futura de dólares, que vencem em 2 de março. E vendeu tudo, rolando cerca de 6 por cento do lote total.

Se mantiver esse ritmo, vender sempre a oferta integral e não fizer leilão de rolagem no último pregão do mês, como vem acontecendo nos últimos meses, o BC rolará quase 100 por cento do lote total, que corresponde a 10,438 bilhões de dólares.

"É um alívio marginal. Com o mercado estressado da semana passada, é bom saber que o BC vai continuar fornecendo bastante liquidez agora no começo do mês", disse o superintendente de derivativos de uma gestora de recursos nacional.

Pela manhã, o BC também deu continuidade às intervenções diárias, vendendo a oferta total de até 2 mil swaps com volume equivalente a 98,1 milhões de dólares. Foram vendidos 500 contratos para 1º de dezembro de 2015 e 1.500 para 1º de fevereiro de 2016.

Mais cedo, o dólar havia operado em queda firme, reagindo à atuação do BC e em um movimento de correção depois do avanço da sessão anterior.

"O mercado assustou na sexta-feira, teve o fim de semana para pensar e agora está desfazendo um pouco (as posições)", disse pela manhã o gerente de câmbio da corretora Treviso, Reginaldo Galhardo.

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