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Dólar opera praticamente estável sobre o real

Às 12h15, a moeda norte-americana subia 0,05 por cento, a 2,2598 reais na venda, após acumular desvalorização de 0,88 por cento nas últimas três sessões


	Dólar: o BC já rolou cerca de 54% do lote total, que corresponde a 10,070 bilhões de dólares
 (Susana Gonzalez)

Dólar: o BC já rolou cerca de 54% do lote total, que corresponde a 10,070 bilhões de dólares (Susana Gonzalez)

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Da Redação

Publicado em 19 de agosto de 2014 às 12h25.

São Paulo - Em dia de poucas notícias, o dólar reduziu a alta vista mais cedo e operava praticamente estável sobre o real nesta quinta-feira, com investidores deslocando a atenção para o quadro eleitoral brasileiro mesmo após sinais de recuperação da economia dos Estados Unidos alimentarem algumas expectativas de que os juros subam mais cedo que o esperado no país.

Às 12h15, a moeda norte-americana subia 0,05 por cento, a 2,2598 reais na venda, após acumular desvalorização de 0,88 por cento nas últimas três sessões. Segundo dados da BM&F, o volume financeiro estava em torno de 175 milhões de dólares.

"É um dia tranquilo. O mercado acabou se descolando do exterior, porque todo mundo aqui está de olho na eleição", afirmou o gerente de câmbio da corretora Treviso, Reginaldo Galhardo.

Os investidores continuam atentos à cena eleitoral brasileira, com as possíveis consequências na corrida presidencial com a entrada de Marina Silva, após a morte de Eduardo Campos (PSB) na semana passada.

Os mercados demonstram desconfiança em relação à condução da política econômica do atual governo, recebendo bem a pesquisa divulgada na véspera que praticamente enterrou as chances da presidente Dilma Rousseff (PT) vencer as eleições no primeiro turno.

Também contribuía para a maior tranquilidade no mercado a constante atuação do Banco Central. Na véspera, o dólar recuou ao patamar de 2,25 reais, nível que se firmou como um piso informal.

"O mercado já colocou na conta que o dólar vai ficar entre 2,25 e 2,30 reais, pelo menos nas próximas semanas", afirmou o operador de uma corretora internacional.

Pela manhã, a autoridade monetária deu continuidade às ofertas diárias vendendo a oferta total de até 4 mil swaps cambiais, que equivalem a venda futura de dólares. Foram 1,4 mil contratos para 1º de junho e 2,6 mil contratos para 1º de setembro de 2015, com volume correspondente a 197 milhões de dólares.

Além disso, vendeu a oferta integral de até 10 mil swaps para rolagem dos contratos que vencem em setembro. Ao todo, o BC já rolou cerca de 54 por cento do lote total, que corresponde a 10,070 bilhões de dólares.

Mais cedo, o dólar chegou a subir mais, batendo na máxima do dia a 2,2660 reais, reagindo a números fortes sobre o mercado imobiliário norte-americanos.

"Esses dados indicam que os Estados Unidos de fato estão se recuperando num ritmo razoável, o que faz o pessoal comprar dólar", afirmou o operador de câmbio da corretora Intercam Glauber Romano.

Ele referia-se ao início de construções de moradias nos EUA que, em julho, recuperou-se com força e acima do esperado. Por outro lado, os preços ao consumidor norte-americano subiram 0,1 por cento no período, dentro do esperado.

Conforme a recuperação da maior economia do mundo ganha força, cresce a margem que o Federal Reserve, banco central norte-americano, teria para elevar os juros, o que tenderia a atrair aos Estados Unidos recursos aplicados em outros mercados, como o Brasil. Nesta sessão, o dólar superou a máxima em 9 meses contra o euro. 

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