Exame Logo

Dólar mantém queda e segue a R$3,71 após PIB dos EUA

"A ideia é que o Fed não vai aumentar os juros desenfreadamente. A transição vai ser suave", disse o economista Pedro Tuesta, da 4Cast

Dólares: os volumes de negócios eram pequenos, em meio à cautela em relação ao cenário político no Brasil (Andrew Harrer/Bloomberg)
DR

Da Redação

Publicado em 24 de novembro de 2015 às 12h02.

São Paulo - O dólar manteve a queda em relação ao real nesta terça-feira após dados sobre o crescimento dos Estados Unidos sustentarem a percepção de que os juros norte-americanos devem começar a subir no mês que vem e, em seguida, aumentar de forma gradual.

Às 12:08, o dólar recuava 0,64 por cento, a 3,7115 reais na venda, após subir 1,04 por cento na véspera.

"A ideia é que o Fed não vai aumentar os juros desenfreadamente. A transição vai ser suave", disse o economista Pedro Tuesta, da 4Cast.

O Produto Interno Bruto (PIB) dos EUA cresceu 2,1 por cento em termos anualizados no terceiro trimestre, segundo dados revisados para cima, reforçando a percepção de investidores de que o Federal Reserve, banco central norte-americano, deve elevar os juros no mês que vem.

Juros mais altos nos EUA podem atrair para a maior economia do mundo recursos aplicados no Brasil, mas investidores têm se concentrado mais no ritmo da elevação do que no momento do primeiro aumento.

"Para o mercado, (a reunião de dezembro do Fed,) o último evento importante do ano, é o foco principal", disse o gerente de câmbio da corretora Treviso, Reginaldo Galhardo.

Nos mercados exernos, a moeda norte-americana caía em relação a diversas divisas emergentes, como os pesos chileno e mexicano, devolvendo o avanço da sessão passada.

No entanto, a demanda por ativos de risco era limitada por tensões geopolíticas, após caças turcos derrubarem um avião militar de fabricação russa próximo à fronteira da Síria.

No Brasil, o recuo do dólar era influenciado também pela intervenção do BC, que fará nesta tarde o sétimo leilão de venda de dólares com compromisso de recompra neste mês.

A oferta de até 500 milhões de dólares, que não tem o objetivo de rolar contratos já existentes, acontecerá em duas etapas: entre 15h15 e 15h20 serão ofertados dólares com recompra em 2 de março de 2016; e entre 15h30 e 15h35, com recompra em 2 de junho de 2016.

O BC também deu continuidade, pela manhã, à rolagem dos swaps cambiais, equivalentes à venda futura de dólares, que vencem em dezembro.

Até agora, a autoridade monetária rolou o equivalente a 8,844 bilhões de dólares, ou cerca de 81 por cento do lote total, que corresponde a 10,905 bilhões de dólares.

Os volumes de negócios eram pequenos, em meio à cautela em relação ao cenário político no Brasil.

A piora da situação do presidente da Câmara dos Deputados, Eduardo Cunha (PMDB-RJ), alimentou temores do Palácio do Planalto com a paralisia do Congresso Nacional, em um dia em que pode ser votado o projeto de lei que muda a meta de superávit primário deste ano.

Veja também

São Paulo - O dólar manteve a queda em relação ao real nesta terça-feira após dados sobre o crescimento dos Estados Unidos sustentarem a percepção de que os juros norte-americanos devem começar a subir no mês que vem e, em seguida, aumentar de forma gradual.

Às 12:08, o dólar recuava 0,64 por cento, a 3,7115 reais na venda, após subir 1,04 por cento na véspera.

"A ideia é que o Fed não vai aumentar os juros desenfreadamente. A transição vai ser suave", disse o economista Pedro Tuesta, da 4Cast.

O Produto Interno Bruto (PIB) dos EUA cresceu 2,1 por cento em termos anualizados no terceiro trimestre, segundo dados revisados para cima, reforçando a percepção de investidores de que o Federal Reserve, banco central norte-americano, deve elevar os juros no mês que vem.

Juros mais altos nos EUA podem atrair para a maior economia do mundo recursos aplicados no Brasil, mas investidores têm se concentrado mais no ritmo da elevação do que no momento do primeiro aumento.

"Para o mercado, (a reunião de dezembro do Fed,) o último evento importante do ano, é o foco principal", disse o gerente de câmbio da corretora Treviso, Reginaldo Galhardo.

Nos mercados exernos, a moeda norte-americana caía em relação a diversas divisas emergentes, como os pesos chileno e mexicano, devolvendo o avanço da sessão passada.

No entanto, a demanda por ativos de risco era limitada por tensões geopolíticas, após caças turcos derrubarem um avião militar de fabricação russa próximo à fronteira da Síria.

No Brasil, o recuo do dólar era influenciado também pela intervenção do BC, que fará nesta tarde o sétimo leilão de venda de dólares com compromisso de recompra neste mês.

A oferta de até 500 milhões de dólares, que não tem o objetivo de rolar contratos já existentes, acontecerá em duas etapas: entre 15h15 e 15h20 serão ofertados dólares com recompra em 2 de março de 2016; e entre 15h30 e 15h35, com recompra em 2 de junho de 2016.

O BC também deu continuidade, pela manhã, à rolagem dos swaps cambiais, equivalentes à venda futura de dólares, que vencem em dezembro.

Até agora, a autoridade monetária rolou o equivalente a 8,844 bilhões de dólares, ou cerca de 81 por cento do lote total, que corresponde a 10,905 bilhões de dólares.

Os volumes de negócios eram pequenos, em meio à cautela em relação ao cenário político no Brasil.

A piora da situação do presidente da Câmara dos Deputados, Eduardo Cunha (PMDB-RJ), alimentou temores do Palácio do Planalto com a paralisia do Congresso Nacional, em um dia em que pode ser votado o projeto de lei que muda a meta de superávit primário deste ano.

Acompanhe tudo sobre:CâmbioDólarEstados Unidos (EUA)JurosMoedasPaíses ricos

Mais lidas

exame no whatsapp

Receba as noticias da Exame no seu WhatsApp

Inscreva-se

Mais de Mercados

Mais na Exame