Dólar mais alto deve influenciar despesa com viagem
Em encontro há um mês com jornalistas, Tulio Maciel já havia previsto uma diminuição da expansão desses gastos por conta do câmbio
Da Redação
Publicado em 24 de outubro de 2014 às 15h14.
Brasília - O chefe do Departamento Econômico do Banco Central , Tulio Maciel, previu nesta sexta-feira, 24, que a elevação do dólar em relação ao real deve influenciar as despesas com viagens nos próximos meses.
Em encontro há um mês com jornalistas, o técnico já havia previsto uma diminuição da expansão desses gastos por conta do câmbio, o que acabou não ocorrendo.
Ele comentou que o aumento de viagens reflete a elevação da renda real da população. "À medida que permanece o aumento de renda real de 2,5%, é um fator que estimula o aumento dessas despesas de viagens. A renda é que é fundamental", disse.
Maciel disse, porém, que o dólar tem impacto nessa conta. "É possível que o dólar mais elevado venha a se refletir nos próximos meses", projetou.
Ele salientou que as despesas com viagens cresceram 18% em 2013 na comparação com o ano anterior. "Este ano moderou de forma significativa, mas ainda temos recordes", admitiu.
O crescimento da despesa líquida foi de 15% em setembro sobre o mesmo mês do ano passado, enquanto a bruta registrou alta de 11% no período.
"A característica dessa rubrica é de crescimento gradual ao longo do tempo. É importante perceber que há um crescimento, mas ao mesmo tempo moderação", considerou.
O técnico salientou que, em outros momentos, o crescimento dessa conta já foi de 25% e isso chamava mais atenção. No acumulado do ano até setembro, a alta está em 4,5%.
Questionado sobre se o aumento de viagens não preocupava o BC por conta das compras de produtos industrializados adquiridos no exterior, Maciel disse que o objetivo de viagens internacionais é "turismo ou negócio".
Dados parciais
Maciel apresentou também os dados parciais de algumas rubricas das contas do setor externo. Todos os números são de outubro, até o dia 22.
De acordo com ele, o saldo líquido de viagens está negativo em US$ 1,2 bilhão no período, com receitas de US$ 337 milhões e despesas de US$ 1,537 bilhão.
No caso de computação e informação, a rubrica está negativa em US$ 168 milhões e no de pagamento de royalties, em US$ 109 milhões. Já aluguel de equipamentos registra um saldo negativo no período de US$ 825 milhões.
Maciel informou também que até 22 de outubro ingressaram US$ 124 milhões em ações negociadas no país. A parcial para renda fixa negociada no país mostra ingresso de US$ 90 milhões.
"A abertura do Global 2025 com liquidação no início do mês teve influência", disse. O Banco Central ainda divulgou a parcial para taxa de rolagem, também até 22 de outubro. A taxa total, nessa parcial, está em 110%. Para papéis, em 158%; para empréstimos diretos, 100%.
Atualizado às 16h14.
Brasília - O chefe do Departamento Econômico do Banco Central , Tulio Maciel, previu nesta sexta-feira, 24, que a elevação do dólar em relação ao real deve influenciar as despesas com viagens nos próximos meses.
Em encontro há um mês com jornalistas, o técnico já havia previsto uma diminuição da expansão desses gastos por conta do câmbio, o que acabou não ocorrendo.
Ele comentou que o aumento de viagens reflete a elevação da renda real da população. "À medida que permanece o aumento de renda real de 2,5%, é um fator que estimula o aumento dessas despesas de viagens. A renda é que é fundamental", disse.
Maciel disse, porém, que o dólar tem impacto nessa conta. "É possível que o dólar mais elevado venha a se refletir nos próximos meses", projetou.
Ele salientou que as despesas com viagens cresceram 18% em 2013 na comparação com o ano anterior. "Este ano moderou de forma significativa, mas ainda temos recordes", admitiu.
O crescimento da despesa líquida foi de 15% em setembro sobre o mesmo mês do ano passado, enquanto a bruta registrou alta de 11% no período.
"A característica dessa rubrica é de crescimento gradual ao longo do tempo. É importante perceber que há um crescimento, mas ao mesmo tempo moderação", considerou.
O técnico salientou que, em outros momentos, o crescimento dessa conta já foi de 25% e isso chamava mais atenção. No acumulado do ano até setembro, a alta está em 4,5%.
Questionado sobre se o aumento de viagens não preocupava o BC por conta das compras de produtos industrializados adquiridos no exterior, Maciel disse que o objetivo de viagens internacionais é "turismo ou negócio".
Dados parciais
Maciel apresentou também os dados parciais de algumas rubricas das contas do setor externo. Todos os números são de outubro, até o dia 22.
De acordo com ele, o saldo líquido de viagens está negativo em US$ 1,2 bilhão no período, com receitas de US$ 337 milhões e despesas de US$ 1,537 bilhão.
No caso de computação e informação, a rubrica está negativa em US$ 168 milhões e no de pagamento de royalties, em US$ 109 milhões. Já aluguel de equipamentos registra um saldo negativo no período de US$ 825 milhões.
Maciel informou também que até 22 de outubro ingressaram US$ 124 milhões em ações negociadas no país. A parcial para renda fixa negociada no país mostra ingresso de US$ 90 milhões.
"A abertura do Global 2025 com liquidação no início do mês teve influência", disse. O Banco Central ainda divulgou a parcial para taxa de rolagem, também até 22 de outubro. A taxa total, nessa parcial, está em 110%. Para papéis, em 158%; para empréstimos diretos, 100%.
Atualizado às 16h14.