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Dólar fecha no maior nível do ano, em dia de giro baixo

Perto da reta final dos negócios, profissionais citaram uma remessa de dólares, feita por uma grande empresa, para justificar a aceleração das cotações

Dólar: moeda à vista ganhou 0,48% no mercado de balcão, a R$ 2,310 - maior cotação de fechamento do ano e maior nível desde 31 de março de 2009 (Stock.xchng)
DR

Da Redação

Publicado em 7 de agosto de 2013 às 17h39.

São Paulo - Numa sessão marcada pela baixa liquidez, o dólar voltou a subir ante o real no mercado à vista de balcão, embora a moeda norte-americana tivesse um leve viés de baixa no exterior nesta quarta-feira.

Perto da reta final dos negócios, profissionais citaram uma remessa de dólares, feita por uma grande empresa, para justificar a aceleração das cotações.

A remessa nem teria sido tão grande, mas a liquidez reduzida ao longo do dia favoreceu o movimento. Os investidores também aproveitaram para testar a disposição do Banco Central (BC) em atuar. A autoridade monetária, entretanto, apenas observou. No fim, o dólar à vista ganhou 0,48% no mercado de balcão, a R$ 2,310 - a maior cotação de fechamento do ano e maior nível desde 31 de março de 2009.

Na mínima, o dólar marcou R$ 2,2970 (-0,09%) e, na máxima, atingiu R$ 2,3120. Por volta das 16h30, a clearing de câmbio da BM&F registrava giro financeiro de US$ 1,197 bilhão. O dólar pronto na BM&F teve alta de 0,14%, a R$ 2,3012, com quatro negócios. No mercado futuro, o dólar para setembro era cotado a R$ 2,3440, em alta de 0,45%.

A divisa dos EUA, apesar de subir na maior parte da sessão, mantinha um comportamento acomodado no mercado de balcão. Na última hora de negócios, passou a acelerar os ganhos, superando R$ 2,30 e encerrando a R$ 2,31. Segundo o gerente de câmbio da Correparti Corretora, João Paulo de Gracia Corrêa, uma operação de remessa de dólares para fora do Brasil, feita por uma grande companhia, teria influenciado a aceleração.

"Muitas mesas perceberam fluxo (de saída), mas não sabem bem de quem. Nós confirmamos que houve esta remessa, mas nem foi tão grande", afirmou. Mas com a liquidez baixa a remessa favoreceu a elevação do dólar. "E o mercado também aproveita para testar o BC", completou Corrêa.

Pela manhã, quando o dólar atingiu a mínima de R$ 2,2970, profissionais também viram influência do fluxo diário de recursos. "Não tivemos muitas notícias no dia para movimentar o dólar. Quando caiu a R$ 2,29, alguns agentes entraram comprando moeda e o dólar voltou a subir", comentou Luiz Carlos Baldan, diretor Fourtrade.

Neste cenário, o BC permaneceu fora dos negócios, apenas monitorando, embora na véspera o presidente da instituição, Alexandre Tombini, tenha sinalizado a utilização de leilões de linha (venda de moeda no mercado à vista com compromisso de recompra), "se julgar necessário". À tarde, o BC informou que o fluxo cambial de julho ficou negativo em US$ 1,447 bilhão.

No exterior, o dólar caía ante o euro, o iene japonês e boa parte das moedas de países dependentes de commodities. No horizonte, segue a expectativa de quando o Federal Reserve (Fed, o banco central norte-americano) começará a interromper seu programa de compra de bônus, reduzindo a liquidez global.

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São Paulo - Numa sessão marcada pela baixa liquidez, o dólar voltou a subir ante o real no mercado à vista de balcão, embora a moeda norte-americana tivesse um leve viés de baixa no exterior nesta quarta-feira.

Perto da reta final dos negócios, profissionais citaram uma remessa de dólares, feita por uma grande empresa, para justificar a aceleração das cotações.

A remessa nem teria sido tão grande, mas a liquidez reduzida ao longo do dia favoreceu o movimento. Os investidores também aproveitaram para testar a disposição do Banco Central (BC) em atuar. A autoridade monetária, entretanto, apenas observou. No fim, o dólar à vista ganhou 0,48% no mercado de balcão, a R$ 2,310 - a maior cotação de fechamento do ano e maior nível desde 31 de março de 2009.

Na mínima, o dólar marcou R$ 2,2970 (-0,09%) e, na máxima, atingiu R$ 2,3120. Por volta das 16h30, a clearing de câmbio da BM&F registrava giro financeiro de US$ 1,197 bilhão. O dólar pronto na BM&F teve alta de 0,14%, a R$ 2,3012, com quatro negócios. No mercado futuro, o dólar para setembro era cotado a R$ 2,3440, em alta de 0,45%.

A divisa dos EUA, apesar de subir na maior parte da sessão, mantinha um comportamento acomodado no mercado de balcão. Na última hora de negócios, passou a acelerar os ganhos, superando R$ 2,30 e encerrando a R$ 2,31. Segundo o gerente de câmbio da Correparti Corretora, João Paulo de Gracia Corrêa, uma operação de remessa de dólares para fora do Brasil, feita por uma grande companhia, teria influenciado a aceleração.

"Muitas mesas perceberam fluxo (de saída), mas não sabem bem de quem. Nós confirmamos que houve esta remessa, mas nem foi tão grande", afirmou. Mas com a liquidez baixa a remessa favoreceu a elevação do dólar. "E o mercado também aproveita para testar o BC", completou Corrêa.

Pela manhã, quando o dólar atingiu a mínima de R$ 2,2970, profissionais também viram influência do fluxo diário de recursos. "Não tivemos muitas notícias no dia para movimentar o dólar. Quando caiu a R$ 2,29, alguns agentes entraram comprando moeda e o dólar voltou a subir", comentou Luiz Carlos Baldan, diretor Fourtrade.

Neste cenário, o BC permaneceu fora dos negócios, apenas monitorando, embora na véspera o presidente da instituição, Alexandre Tombini, tenha sinalizado a utilização de leilões de linha (venda de moeda no mercado à vista com compromisso de recompra), "se julgar necessário". À tarde, o BC informou que o fluxo cambial de julho ficou negativo em US$ 1,447 bilhão.

No exterior, o dólar caía ante o euro, o iene japonês e boa parte das moedas de países dependentes de commodities. No horizonte, segue a expectativa de quando o Federal Reserve (Fed, o banco central norte-americano) começará a interromper seu programa de compra de bônus, reduzindo a liquidez global.

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