Dólar fecha em queda, pressionado por indústria
O dólar foi pressionado pela leitura preliminar do PMI industrial da China em mundo, apesar de indicadores econômicos positivos dos EUA
Da Redação
Publicado em 23 de junho de 2014 às 15h23.
São Paulo - O dólar fechou em queda nesta segunda-feira, 23, após uma sessão mais curta e baixa liquidez devido ao jogo da seleção brasileira contra Camarões na Copa do Mundo.
O dólar foi pressionado pela leitura preliminar do PMI industrial da China em mundo, apesar de indicadores econômicos positivos dos EUA.
O dólar terminou cotado a R$ 2,2180 (-0,58%) no balcão. O volume de negócios totalizou US$ 618 milhões, sendo US$ 478 milhões em D+2. No mercado futuro, o dólar julho era negociado a R$ 2,2220 (-0,60%).
O dólar iniciou a sessão em queda em relação ao real, pressionado pela valorização das moedas de países emergentes e ligadas a commodities após a alta maior que a esperada do PMI industrial da China em junho para 50,8, de 49,4 em maio, maior nível em sete meses.
Mais tarde, a moeda bateu mínimas ante o real, após a venda de até US$ 200 milhões em contratos de swap cambial no mercado futuro pelo Banco Central. Segundo um operador, a liquidez reduzida no começo do dia deve ter favorecido a aceleração do ajuste negativo.
Em outra operação, para rolagem, o BC vendeu 10 mil contratos de swap cambial ofertados que vencem em 1º de julho de 2014. O valor total da oferta foi de US$ 494,7 milhões.
O dólar reduziu pontualmente a queda após a divulgação de dados da atividade industrial e de imóveis nos EUA.
O índice dos gerentes de compras (PMI, na sigla em inglês) do setor industrial dos EUA subiu para 57,5 em junho, de 56,4 em maio, segundo dados preliminares da Markit. O patamar atingido em junho foi o maior desde maio de 2010.
Um outro relatório mostrou que as vendas de moradias usadas nos EUA subiram 4,9% em maio ante abril, para uma taxa anual sazonalmente ajustada de 4,89 milhões de unidades.
O dado veio acima das projeções dos analistas, que previam avanço de 2,2% nas vendas, para 4,75 milhões de unidades.
Mais cedo, o Boletim Focus do Banco Central mostrou que a previsão de crescimento da economia brasileira em 2014 recuou de 1,24% para 1,16%.
Há quatro semanas a expectativa era de 1,63%. Para 2015, a estimativa de expansão recuou de 1,75% para 1,60% - um mês antes estava em 1,96%.
Os economistas consultados mantiveram a previsão para a taxa Selic no fim de 2014 de 11,00% ao ano. Para 2015, a mediana ficou estável em 12% pela quarta semana consecutiva.