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Dólar fecha acima de R$2 pela 1ª vez em 3 anos, com exterior

A moeda norte-americana teve alta de 0,58 por cento, cotada a 2,0015 real na venda, atingindo a maior cotação desde o dia 10 de julho de 2009

Na véspera, o dólar chegou a subir ainda mais ante o real, também seguindo o exterior, mas ainda com um movimento especulativo (Getty Images)
DR

Da Redação

Publicado em 15 de maio de 2012 às 18h01.

São Paulo - Com o cenário externo ainda bastante tumultuado por conta dos problemas políticos na Grécia, o dólar subiu novamente frente ao real nesta terça-feira, ficando acima de 2 reais pela primeira vez em quase três anos. Para operadores, no entanto, esse movimento de alta somente se intensificará com um piora maior no mercado internacional.

A moeda norte-americana teve alta de 0,58 por cento, cotada a 2,0015 real na venda, atingindo a maior cotação desde o dia 10 de julho de 2009, quando fechou a 2,002 reais. Durante o dia, o dólar oscilou entre 1,9820 real e 2,0050 real.

"O real até que está se comportando bem diante do que está acontecendo lá fora. O mercado está vendo que a possibilidade de a Grécia sair da zona do euro é muito grande, mas não sabemos se poderia ter uma contaminação", disse o economista-chefe da BCG Liquidez, Alfredo Barbutti.

Na véspera, o dólar chegou a subir ainda mais ante o real, também seguindo o exterior, mas ainda com um movimento especulativo, que fez com que a moeda atingisse o patamar de 2 reais rapidamente durante a sessão. Na segunda-feira, a moeda subiu 1,73 por cento, cotada a 1,9899.


A Grécia informou nesta terça-feira que vai realizar novas eleições depois que várias tentativas dos líderes políticos para entrar em acordo para formar um governo de coalizão fracassaram. Não foi informada uma data para as eleições, mas as regras eleitorais indicam que a votação será no meio de junho.

Após a notícia, a diretora-gerente do Fundo Monetário Internacional (FMI), Christine Lagarde, disse que é importante estar tecnicamente preparado para a possibilidade de a Grécia deixar a zona do euro, alertando que essa saída, no entanto, geraria "muita bagunça".

A chanceler alemã, Angela Merkel, ainda tentou amenizar as preocupações ao dizer nesta terça-feira, após conversar com o novo presidente francês, François Hollande, que os dois líderes querem que a Grécia permaneça na zona do euro e irão trabalhar juntos para ajudar o país.

Daqui para a frente, Barbutti acredita que diminuem as chances de a Grécia continuar mantendo os mercados estressados, o que poderia levar a uma melhora e limitar a alta do dólar. Mas não descarta que também possa ocorrer uma deterioração, que levaria o dólar a se manter acima de 2 reais.

"Provavelmente não irá ter informação nova da Grécia agora porque vamos ter de esperar as eleições. O patamar dos 2 reais foi ultrapassado, mas comprar ou vender pode exigir cautela", disse.

O sócio-gestor da Vetorial Asset, Sérgio Machado, ainda destacou que hoje houve um movimento generalizado de alta do dólar no mundo. "O dólar já tinha uma disposição de alta ante o real, que está sendo acentuada por esse estresse lá fora. Está acontecendo uma alta do dólar no mundo todo", disse.

Às 18h42 (horário de Brasília), o dólar tinha alta de 0,82 por cento ante uma cesta de divisas.

Em relação a possibilidade do Banco Central atuar vendendo dólares no mercado, para conter uma valorização excessiva da moeda norte-americana, Machado diz que é díficil saber, mas que não acredita que o governo está totalmente despreocupado em relação a uma possível pressão inflacionária.

Na véspera, Mantega afirmou que o governo nunca estabeleceu parâmetro para o dólar, nem vai estabelecer, e que a cotação mais alta da divisa norte-americana não preocupa. Dentro da equipe econômica, há avaliações de que o dólar a 2 reais não pressiona a inflação por ter a contrapartida da queda nos preços das commodities e até mesmo da atividade econômica mais fraca no país.

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São Paulo - Com o cenário externo ainda bastante tumultuado por conta dos problemas políticos na Grécia, o dólar subiu novamente frente ao real nesta terça-feira, ficando acima de 2 reais pela primeira vez em quase três anos. Para operadores, no entanto, esse movimento de alta somente se intensificará com um piora maior no mercado internacional.

A moeda norte-americana teve alta de 0,58 por cento, cotada a 2,0015 real na venda, atingindo a maior cotação desde o dia 10 de julho de 2009, quando fechou a 2,002 reais. Durante o dia, o dólar oscilou entre 1,9820 real e 2,0050 real.

"O real até que está se comportando bem diante do que está acontecendo lá fora. O mercado está vendo que a possibilidade de a Grécia sair da zona do euro é muito grande, mas não sabemos se poderia ter uma contaminação", disse o economista-chefe da BCG Liquidez, Alfredo Barbutti.

Na véspera, o dólar chegou a subir ainda mais ante o real, também seguindo o exterior, mas ainda com um movimento especulativo, que fez com que a moeda atingisse o patamar de 2 reais rapidamente durante a sessão. Na segunda-feira, a moeda subiu 1,73 por cento, cotada a 1,9899.


A Grécia informou nesta terça-feira que vai realizar novas eleições depois que várias tentativas dos líderes políticos para entrar em acordo para formar um governo de coalizão fracassaram. Não foi informada uma data para as eleições, mas as regras eleitorais indicam que a votação será no meio de junho.

Após a notícia, a diretora-gerente do Fundo Monetário Internacional (FMI), Christine Lagarde, disse que é importante estar tecnicamente preparado para a possibilidade de a Grécia deixar a zona do euro, alertando que essa saída, no entanto, geraria "muita bagunça".

A chanceler alemã, Angela Merkel, ainda tentou amenizar as preocupações ao dizer nesta terça-feira, após conversar com o novo presidente francês, François Hollande, que os dois líderes querem que a Grécia permaneça na zona do euro e irão trabalhar juntos para ajudar o país.

Daqui para a frente, Barbutti acredita que diminuem as chances de a Grécia continuar mantendo os mercados estressados, o que poderia levar a uma melhora e limitar a alta do dólar. Mas não descarta que também possa ocorrer uma deterioração, que levaria o dólar a se manter acima de 2 reais.

"Provavelmente não irá ter informação nova da Grécia agora porque vamos ter de esperar as eleições. O patamar dos 2 reais foi ultrapassado, mas comprar ou vender pode exigir cautela", disse.

O sócio-gestor da Vetorial Asset, Sérgio Machado, ainda destacou que hoje houve um movimento generalizado de alta do dólar no mundo. "O dólar já tinha uma disposição de alta ante o real, que está sendo acentuada por esse estresse lá fora. Está acontecendo uma alta do dólar no mundo todo", disse.

Às 18h42 (horário de Brasília), o dólar tinha alta de 0,82 por cento ante uma cesta de divisas.

Em relação a possibilidade do Banco Central atuar vendendo dólares no mercado, para conter uma valorização excessiva da moeda norte-americana, Machado diz que é díficil saber, mas que não acredita que o governo está totalmente despreocupado em relação a uma possível pressão inflacionária.

Na véspera, Mantega afirmou que o governo nunca estabeleceu parâmetro para o dólar, nem vai estabelecer, e que a cotação mais alta da divisa norte-americana não preocupa. Dentro da equipe econômica, há avaliações de que o dólar a 2 reais não pressiona a inflação por ter a contrapartida da queda nos preços das commodities e até mesmo da atividade econômica mais fraca no país.

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