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Dólar sobe 1,4% e fecha a R$ 5,30, segunda maior cotação da história

Preço do petróleo, que atingiu mínimas históricas, teve impacto negativo no mercado financeiro e afetou desempenho da moeda

Dólar: nem mesmo a intervenção do Banco Central segurou o movimento de alta da moeda americana (Oleg Golovnev/EyeEm/Getty Images)

Marília Almeida

Publicado em 20 de abril de 2020 às 17h23.

Última atualização em 20 de abril de 2020 às 17h54.

O dólar fechou em alta de 1,40% ante o real nesta segunda-feira, 20, alcançando a segunda maior cotação da história, o patamar de R$ 5,3092.

O desempenho da moeda foi afetado pelo dia negativo nos mercados financeiros no mundo, provocado pelo colapso dos preços do petróleo a mínimas históricas. Esse movimento agravou a percepção de piora para a economia global.

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Nem mesmo a intervenção do Banco Central no mercado, com a venda de 500 milhões de dólares em operação no mercado à vista, segurou o movimento. A moeda saiu das máximas, mas acabou recuperando metade da queda.

No Brasil, o real teve desempenho fraco também influenciado pela política. Os crescentes arroubos antidemocráticos do presidente Jair Bolsonaro assustam os investidores. Desrespeitando novamente as recomendações de distancimento social para conter a disseminação do coronavírus, Bolsonaro participou ontem de uma manifestação que pedia um novo Ato Institucional número 5 – que, em 1968, inaugurou o período mais duro da ditadura militar no país – e o fechamento do Congresso Nacional.

O presidentedisse a um grupo de manifestantesque acabou a “época da patifaria”. “Nós não queremos negociar nada. Nós queremos é ação pelo Brasil. O que tinha de velho ficou para trás, nós temos um novo Brasil pela frente”, disse Bolsonaro, em meio a acessos de tosse, de cima da caçamba de uma caminhonete que usou como palco. Os comentários foram repudiados por partidos de todo o espectro político.

Na manhã desta segunda-feira, 20, Bolsonaro usou mais uma vez a tática de desdizer o que havia afirmado para tentar colocar panos quentes na situação. Ao sair de sua residência oficial, o Palácio da Alvorada, disse a jornalistas que defendeo Supremo Tribunal Federal e o Congresso “abertos e transparentes”.

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