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Dólar fecha a 4,07 reais e renova maior valor em 3 meses

Moeda acelerou os ganhos mesmo após BC injetar 750 milhões de dólares para conter o avanço frente ao real

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Moeda dos EUA renovou a maior cotação em 3 meses. (Divulgação/Thinkstock)

Moeda dos EUA renovou a maior cotação em 3 meses. (Divulgação/Thinkstock)

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Taís Laporta, com agências

Publicado em 22 de agosto de 2019 às, 17h05.

Última atualização em 22 de agosto de 2019 às, 18h04.

Na semana em que o Banco Central inovou para controlar a escalada do dólar, a moeda voltou a avançar após uma breve trégua. O dólar fechou negociado a 4,0776 reais nesta quinta-feira (22), em alta de 1,14% para venda, renovando o maior valor desde o dia 20 de maio.

Na máxima do dia, a cotação bateu 4,0821 reais.

O dia foi marcado por volatilidade no mercado de câmbio, com agentes à espera da fala do chairman do Federal Reserve, Jerome Powell, no simpósio anual de Jackson Hole na sexta-feira, à procura de novas pistas sobre os próximos passos no corte de juros.

Na véspera, o dólar caiu 0,50%, a 4,0314 reais, num dia em que as moedas emergentes ganharam força, com o maior apetite por risco também nos mercados de ações.

Venda de dólares do BC

Na semana passada, o BC anunciou que passaria a vender dólares no mercado à vista pela primeira vez em uma década. A moeda é vendida de forma simultânea com a rolagem de contratos de swap cambial reverso. O objetivo é irrigar o mercado interno com dólares e, assim, conter sua valorização, frente à volatilidade do mercado. As operações serão realizadas até dia 29 de agosto.

Nesta sessão, o BC vendeu todos os 550 milhões de dólares à vista ofertados, depois de na quarta-feira colocar apenas 200 milhões dos mesmos 550 milhões disponibilizados. "Hoje teve um pouco mais de demanda, inclusive o BC foi menos agressivo na taxa, pouca coisa, mas foi", disse o operador de câmbio de um grande banco "dealer" à Reuters.

"À medida que os leilões continuarem e o BC for entendendo a demanda do mercado, acho que os leilões começarão a fazer mais efeito", completou o operador, prevendo que "deve aparecer venda" com o cupom nos atuais níveis, movimento que levaria a taxa para abaixo de 3%.

Cautela cresce no cenário externo

"A cautela causada pelas preocupações com a saúde da economia mundial está direcionando os mercados. Os investidores ficam o tempo todo ajustando posições e a volatilidade se mostra presente na sessão", disse à Reuters Luciano Rostagno, estrategista-chefe do Banco Mizuho.

Analistas apontam as expectativas sobre o futuro da taxa de juros nos Estados Unidos como fator de interferência no movimento do dólar contra as divisas emergentes. A moeda norte-americana valorizava-se em 0,9% contra a lira turca e mostrava pouca variação contra o rand sul-africano.

Segundo analistas da XP Investimentos, a expectativa é de que o discurso de Powell no simpósio anual de Jackson Hole na sexta-feira corrobore a visão do mercado de mais cortes de juros, dadas as recentes preocupações com o crescimento global e as tensões comerciais.

 

 

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