Dólar abre em queda e marca R$ 3,81 em primeira reação a swap extra
Às 9h26 o dólar à vista estava na mínima aos R$ 3,8147 em queda de 2,55%. O dólar para julho recuava R$ 3,8207 com recuo de 2,10%
suzanaferreira08
Publicado em 8 de junho de 2018 às 09h28.
Última atualização em 8 de junho de 2018 às 10h38.
São Paulo - O dólar abriu em queda ante o real, nesta sexta-feira, 8, nos segmentos à vista e futuro e vale pouco mais de R$ 3,80. O movimento é a primeira reação à oferta adicional de US$ 20 bilhões em swaps cambiais pelo Banco Central (BC) e também à firme disposição da autoridade monetária de conter a volatilidade no mercado, que aproximou ontem a moeda americana dos R$ 4.
O movimento contraria o fortalecimento global da divisa americana tanto em relação a moedas de economias desenvolvidas (exceto o iene japonês) quanto em comparação às emergentes, o que poderá vir a gerar pressão de alta da divisa dos EUA ante o real. A valorização vista globalmente antecede uma série de eventos importantes, que a reunião do G-7 hoje e amanhã, as reuniões de política monetária do Fed e do BCE na próxima semana e também o aguardado encontro entre o presidente dos EUA, Donald Trump, e o líder da Coreia do Norte, Kim Jong-un, em Cingapura.
Em nota nesta manhã, o Banco Central esclareceu que "o montante de US$ 20 bilhões em contratos de swap a serem ofertados ao longo da próxima semana são adicionais aos montantes de US$ 750 milhões que vêm sendo oferecidos diariamente nos leilões de swaps". Assim, conforme o BC, "o montante total de swaps ofertados até o dia 15 de junho será, salvo intervenções adicionais, de US$ 24,5 bilhões".
Mais cedo, o BC também divulgou o discurso que o presidente do BC, Ilan Goldfajn, faráem evento em São Paulo. Entre os destaques está a confirmação de que a instituição poderá ir além dos valores máximos do passado, quando o estoque de swaps chegou a US$ 115 bilhões. "O BC tem atuado para prover liquidez com swaps e, com Tesouro, tem dado liquidez a juros", consta no discurso de Ilan em reforço a declarações de ontem em entrevista coletiva.
No texto, Ilan também reafirma que a política monetária não será usada para controlar a taxa de câmbio. O comentário, que já havia sido feito por Goldfajn na noite de quinta-feira, durante coletiva de imprensa, surge após avaliações no mercado financeiro de que o BC poderia elevar a Selic (a taxa básica de juros) para conter a escolada do dólar ante o real. Alguns países emergentes, como a Argentina, adotaram essa estratégia recentemente.
Às 9h26, o dólar à vista estava na mínima aos R$ 3,8147 em queda de 2,55%. O dólar para julho recuava R$ 3,8207 com recuo de 2,10%. O DI para janeiro de 2019 estava em 7,28% ante 7,593% no ajuste de ontem. O DI para janeiro de 2023 marcava 11,21% ante 11,324% no ajuste anterior. Nesse horário, o Ibovespa futuro (junho) caía 0,64%.