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Dólar comercial tem alta de 0,29% e fecha a R$ 1,70

Por Olívia Bulla São Paulo - O mercado doméstico de câmbio até que ensaiou instantes de maior emoção nos momentos finais de negócios nesta véspera de feriado nacional, mas o Banco Central inibiu qualquer tentativa dos agentes de sobrepor o dólar acima da marca de R$ 1,70, ao realizar ao menos uma intervenção no dia. […]

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Da Redação

Publicado em 1 de novembro de 2010 às 16h18.

Por Olívia Bulla

São Paulo - O mercado doméstico de câmbio até que ensaiou instantes de maior emoção nos momentos finais de negócios nesta véspera de feriado nacional, mas o Banco Central inibiu qualquer tentativa dos agentes de sobrepor o dólar acima da marca de R$ 1,70, ao realizar ao menos uma intervenção no dia. Ainda assim, a moeda norte-americana acompanhou o sinal positivo observado no exterior e fechou em alta ante o real, após oscilar em margem estreita durante a manhã, numa sessão marcada pelo fraco volume financeiro. De maneira geral, dados de atividade na China e nos EUA garantiram direções distintas ao dólar ao longo do dia.

Ao final das negociações na BM&F, o dólar à vista encerrou hoje cotado a R$ 1,7086, em alta de 0,33%, depois de oscilar entre a máxima de R$ 1,7090 (+0,35%) e a mínima a R$ 1,6950 (-0,47%). O dólar comercial terminou o dia valendo R$ 1,7070, com alta de 0,29%. Na máxima, chegou a R$ 1,7090 (+0,41%) e, na mínima, foi a R$ 1,6940 (-0,47%). O volume financeiro contratado em D+2 totalizou pouco mais de US$ 1,250 bilhão, com cerca de 130 negócios realizados. Faltando cerca de uma hora para o fim das negociações com câmbio no dia, o Banco Central realizou leilão de compra de dólar, fixando a taxa de corte a R$ 1,7075.

Operadores comentam que o mercado cambial viveu dois momentos distintos hoje. Logo cedo, a aceleração da atividade na China animou o apetite ao risco nos negócios, depreciando o dólar ante as principais moedas rivais. O Índice de Gerentes de Compras (PMI, na sigla em inglês) oficial do gigante asiático emergente subiu para 54,7 em outubro, de 53,8 em setembro, de acordo com a Federação de Logística e Compra da China (CFLP, na sigla em inglês). Já o PMI medido pelo banco HSBC avançou para 54,8, de 52,9, uma das maiores altas desde que o banco iniciou a divulgação do dado, em 2004.

Mas, ao final da manhã, o índice ISM de atividade no setor manufatureiro dos EUA renovou o fôlego de alta do dólar e apagou a pressão sobre a divisa. O índice de atividade industrial nacional dos gerentes de compras (PMI) do Instituto para Gestão de Oferta dos EUA subiu para 56,9 em outubro, de 54,4 em setembro, superando também a expectativa dos economistas, de leve baixa para 54,3.

Esse dado elevou as expectativas para o encontro de política monetária do Federal Reserve, que começa amanhã e termina na quarta-feira, com os agentes cobertos de incertezas sobre qual será o tamanho da dose extra de auxílio à economia dos EUA e o prazo para essa injeção adicional de recursos.

Câmbio turismo

Nas operações de câmbio turismo, o dólar subiu 1,29% hoje para R$ 1,81 (venda) e R$ 1,72 (compra).

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