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Da Redação
Publicado em 23 de fevereiro de 2011 às 10h54.
São Paulo - O dólar comercial abriu o dia em queda de 0,18%, negociado a R$ 1,669 no mercado interbancário de câmbio. No pregão de ontem, a moeda americana subiu 0,30% e foi cotada a R$ 1,672 no fechamento. Na Bolsa de Mercadorias e Futuros (BM&F), o dólar à vista abriu em queda de 0,15%, a R$ 1,6672.
O Banco Central (BC) continua tentando surpreender o mercado fazendo diferentes tipos de leilão de compra de dólares, em horários diversos, a cada pregão, mudando a postura previsível assumida desde meados de janeiro. Ontem, o BC atuou por meio da oferta de swaps cambiais (operações de troca) e na compra de dólares no mercado à vista, no período da tarde. A alteração de estratégia está se mostrando bem sucedida.
"O BC está tentando quebrar a previsibilidade, intercalando o uso dos instrumentos que tem disponível", pontuou um operador, elogiando a mudança. Com a atitude anterior, quando mantinha dois leilões de compra de dólares no mercado à vista - um pela manhã e outro à tarde - intercalando ofertas de swap e termo, o BC havia provocado uma diminuição das oportunidades de negócio por parte dos especuladores do mercado doméstico de câmbio. Além disso, a estratégia fez a liquidez dos negócios cair. Isso estava gerando uma série de reclamações por parte dos profissionais do mercado - o que agora vem diminuindo.
Ainda assim, a percepção geral das condições de negócios com câmbio segue a mesma. A aposta é de que o fluxo permanece positivo e a avaliação é de que o BC continua disposto a absorver os dólares excedentes para evitar apreciação rápida do real. Por isso, a queda do dólar ainda é limitada pela certeza das atuações do BC.
Apesar de as tensões internacionais crescerem, depois que Muamar Kadafi avisou que enfrentará o movimento pela democratização da Líbia e a Europa ameaçar com a possibilidade de sanções, o dólar cai no mercado internacional. O sentimento de aversão ao risco dá sinais de que parou de crescer, pelo menos por enquanto. As bolsas estão no negativo, mas longe de mostrar a intensidade de ontem. O petróleo também sobe, mas em magnitude menor.