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Dólar comercial abre em alta de 0,06%, a R$ 1,618

Ontem, a moeda americana fechou estável, cotada a R$ 1,617

O dólar promete continuar volátil em relação ao real, apesar do alívio nas bolsas (Karen Bleier/AFP)
DR

Da Redação

Publicado em 12 de agosto de 2011 às 10h37.

São Paulo - O dólar comercial abriu em alta de 0,06%, a R$ 1,618, no mercado interbancário. Ontem, a moeda norte-americana fechou estável, cotada a R$ 1,617. Às 10h07, a divisa cedia 0,31%, a R$ 1,612.

Apesar do aparente clima de "alívio" no exterior, o dólar promete continuar volátil em relação ao real. Segundo operadores, a redução das posições cambiais vendidas por parte dos estrangeiros tem reduzido as pressões que ditavam a tendência de valorização da moeda brasileira. "É mais um pregão em que tudo está indefinido. Até agora, com as bolsas europeias em alta e os futuros das bolsas de Nova York apontando para um dia de valorização, o dia parece estar mais calmo. Pela lógica, isso deveria favorecer a queda do dólar, mas não é isso que temos visto nos pregões em que as bolsas tiveram recuperação, como ontem", analisou um profissional de tesouraria de um banco local.

De qualquer forma, a melhora do humor vista nas bolsas não está relacionada à recuperação da economia real, mas sim a ações das autoridades para diminuir a exposição ao risco. Ontem, no fim do dia, a Autoridade Europeia de Valores Mobiliários e Mercados (Esma) informou que os reguladores locais de Espanha, Itália, Bélgica e França proibiriam a venda de ações a descoberto a partir de hoje. "Elas o decidiram ou para restringir os benefícios que podem ser obtidos com a disseminação de boatos ou para nivelar as condições regulatórias, tendo em vista as relações entre alguns mercados da União Europeia", diz o comunicado da Esma.

O resultado, por enquanto, é positivo para o custo dos bancos franceses. Os contratos de swap de proteção contra calote das instituições da França estão entre os de melhor desempenho no índice de companhias financeiras do mercado de credit default swap (CDS), revertendo a direção dos últimos dias de intensa volatilidade.

No que tange à economia real, o cenário segue adverso. Segundo o governo francês, a economia do país ficou estagnada no segundo trimestre em relação aos primeiros três meses do ano, enquanto os economistas esperavam um avanço de 0,3%. O PIB da Grécia teve contração anual de 6,9% entre abril e junho, ante queda de 8,1% no primeiro trimestre. A produção industrial da zona do euro caiu 0,7% em junho, na comparação com maio, a maior queda desde dezembro do ano passado. As projeções eram de alta de 0,1%.

De volta ao mercado de moedas, o ministro das Finanças do Japão, Yoshihiko Noda, disse que é cedo para fazer uma avaliação sobre a intervenção do governo do país no mercado de moedas, na semana passada, para impedir uma sobrevalorização do iene. Ele afirmou também que o governo do Japão está estudando várias medidas para o caso de os movimentos "unilaterais" do iene continuarem. Mas a valorização da moeda japonesa prossegue nesta manhã e o franco suíço continua seu movimento de queda ante o dólar, ainda sob efeito das recentes ações do banco central da Suíça (SNB) e da perspectiva de que novas medidas sejam adotadas.

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São Paulo - O dólar comercial abriu em alta de 0,06%, a R$ 1,618, no mercado interbancário. Ontem, a moeda norte-americana fechou estável, cotada a R$ 1,617. Às 10h07, a divisa cedia 0,31%, a R$ 1,612.

Apesar do aparente clima de "alívio" no exterior, o dólar promete continuar volátil em relação ao real. Segundo operadores, a redução das posições cambiais vendidas por parte dos estrangeiros tem reduzido as pressões que ditavam a tendência de valorização da moeda brasileira. "É mais um pregão em que tudo está indefinido. Até agora, com as bolsas europeias em alta e os futuros das bolsas de Nova York apontando para um dia de valorização, o dia parece estar mais calmo. Pela lógica, isso deveria favorecer a queda do dólar, mas não é isso que temos visto nos pregões em que as bolsas tiveram recuperação, como ontem", analisou um profissional de tesouraria de um banco local.

De qualquer forma, a melhora do humor vista nas bolsas não está relacionada à recuperação da economia real, mas sim a ações das autoridades para diminuir a exposição ao risco. Ontem, no fim do dia, a Autoridade Europeia de Valores Mobiliários e Mercados (Esma) informou que os reguladores locais de Espanha, Itália, Bélgica e França proibiriam a venda de ações a descoberto a partir de hoje. "Elas o decidiram ou para restringir os benefícios que podem ser obtidos com a disseminação de boatos ou para nivelar as condições regulatórias, tendo em vista as relações entre alguns mercados da União Europeia", diz o comunicado da Esma.

O resultado, por enquanto, é positivo para o custo dos bancos franceses. Os contratos de swap de proteção contra calote das instituições da França estão entre os de melhor desempenho no índice de companhias financeiras do mercado de credit default swap (CDS), revertendo a direção dos últimos dias de intensa volatilidade.

No que tange à economia real, o cenário segue adverso. Segundo o governo francês, a economia do país ficou estagnada no segundo trimestre em relação aos primeiros três meses do ano, enquanto os economistas esperavam um avanço de 0,3%. O PIB da Grécia teve contração anual de 6,9% entre abril e junho, ante queda de 8,1% no primeiro trimestre. A produção industrial da zona do euro caiu 0,7% em junho, na comparação com maio, a maior queda desde dezembro do ano passado. As projeções eram de alta de 0,1%.

De volta ao mercado de moedas, o ministro das Finanças do Japão, Yoshihiko Noda, disse que é cedo para fazer uma avaliação sobre a intervenção do governo do país no mercado de moedas, na semana passada, para impedir uma sobrevalorização do iene. Ele afirmou também que o governo do Japão está estudando várias medidas para o caso de os movimentos "unilaterais" do iene continuarem. Mas a valorização da moeda japonesa prossegue nesta manhã e o franco suíço continua seu movimento de queda ante o dólar, ainda sob efeito das recentes ações do banco central da Suíça (SNB) e da perspectiva de que novas medidas sejam adotadas.

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