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Dólar anula queda inicial e sobe com foco no mercado externo

Segundo estrategista, petróleo virou para baixo e seguem as preocupações com as eleições norte-americanas e com a possibilidade de o Fed subir juro

Dólar: o dólar futuro operava com valorização de 0,69 por cento (Andrew Harrer/Bloomberg)
DR

Da Redação

Publicado em 14 de setembro de 2016 às 11h07.

São Paulo - O dólar operava em alta ante o real no meio da manhã desta quarta-feira, revertendo a queda inicial da sessão, com a mudança de trajetória do preço do barril do petróleo , preocupações em torno das eleições norte-americanas e na expectativa da reunião do Federal Reserve sobre política monetária na próxima semana.

"O petróleo virou para baixo e, em dia de agenda vazia, seguem as preocupações com as eleições norte-americanas e com a possibilidade de o Fed subir juro na próxima semana", disse o estrategista-chefe Banco Mizuho do Brasil, Luciano Rostagno.

Às 10:45, o dólar subia 0,58 por cento, a 3,3361 reais na venda. Na mínima, a moeda marcou 3,2985 reais e, na máxima, 3,3469. Ontem, o dólar fechou a 3,3168, maior nível desde 7 de julho, com alta superior a 2 por cento.

O dólar futuro operava com valorização de 0,69 por cento.

"Desde sexta-feira o mercado está de olho no que o Fed vai fazer. A situação atual do mercado mostra que os investidores estão diminuindo posições nessa expectativa", avaliou o economista BGC Liquidez, Alfredo Barbutti.

À proximidade da reunião de política monetária do Fed se somam às dúvidas do mercado sobre a eficácia dos estímulos monetários de outros bancos centrais, sobretudo depois que o Banco Central Europeu (BCE) disse não ter discutido um aumento nesses estímulos em sua última reunião.

Na próxima semana, o Banco do Japão terá encontro e, para analistas, a autoridade avaliará no encontro tornar a taxa de juros negativa o ponto central de futuros afrouxamentos monetário transformando os juros como sua principal meta de política monetária em lugar da base monetária.

Na abertura dos negócios domésticos, o dólar recuou em resposta à redução pela metade da oferta de contratos de swap cambial reverso, que equivale a uma compra futura de dólares. No leilão desta manhã, toda a oferta de 5 mil contratos foi vendida.

Para alguns profissionais, o Banco Central apenas retirou volatilidade da moeda, diminuindo pressão de compra depois que o dólar subiu 10 centavos do dia 8 (3,2104 reais no fechamento) até ontem (3,3168).

"Foi correto reduzir o swap, para não colocar gasolina na fogueira. O dólar rompeu 3,30 reais bem rápido e o BC está se adequando à percepção de risco", disse Rostagno.

A seu ver, o BC está reconhecendo o risco de a moeda norte-americana entrar em trajetória de apreciação por causa do Fed e eleições, e já está se adequando à medida que o cenário para a moeda está se alterando.

"Mudanças na oferta (do swap) dependerão dos acontecimentos da próxima semana e da resposta do mercado", previu Barbutti.

Atualizado às 11h07

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São Paulo - O dólar operava em alta ante o real no meio da manhã desta quarta-feira, revertendo a queda inicial da sessão, com a mudança de trajetória do preço do barril do petróleo , preocupações em torno das eleições norte-americanas e na expectativa da reunião do Federal Reserve sobre política monetária na próxima semana.

"O petróleo virou para baixo e, em dia de agenda vazia, seguem as preocupações com as eleições norte-americanas e com a possibilidade de o Fed subir juro na próxima semana", disse o estrategista-chefe Banco Mizuho do Brasil, Luciano Rostagno.

Às 10:45, o dólar subia 0,58 por cento, a 3,3361 reais na venda. Na mínima, a moeda marcou 3,2985 reais e, na máxima, 3,3469. Ontem, o dólar fechou a 3,3168, maior nível desde 7 de julho, com alta superior a 2 por cento.

O dólar futuro operava com valorização de 0,69 por cento.

"Desde sexta-feira o mercado está de olho no que o Fed vai fazer. A situação atual do mercado mostra que os investidores estão diminuindo posições nessa expectativa", avaliou o economista BGC Liquidez, Alfredo Barbutti.

À proximidade da reunião de política monetária do Fed se somam às dúvidas do mercado sobre a eficácia dos estímulos monetários de outros bancos centrais, sobretudo depois que o Banco Central Europeu (BCE) disse não ter discutido um aumento nesses estímulos em sua última reunião.

Na próxima semana, o Banco do Japão terá encontro e, para analistas, a autoridade avaliará no encontro tornar a taxa de juros negativa o ponto central de futuros afrouxamentos monetário transformando os juros como sua principal meta de política monetária em lugar da base monetária.

Na abertura dos negócios domésticos, o dólar recuou em resposta à redução pela metade da oferta de contratos de swap cambial reverso, que equivale a uma compra futura de dólares. No leilão desta manhã, toda a oferta de 5 mil contratos foi vendida.

Para alguns profissionais, o Banco Central apenas retirou volatilidade da moeda, diminuindo pressão de compra depois que o dólar subiu 10 centavos do dia 8 (3,2104 reais no fechamento) até ontem (3,3168).

"Foi correto reduzir o swap, para não colocar gasolina na fogueira. O dólar rompeu 3,30 reais bem rápido e o BC está se adequando à percepção de risco", disse Rostagno.

A seu ver, o BC está reconhecendo o risco de a moeda norte-americana entrar em trajetória de apreciação por causa do Fed e eleições, e já está se adequando à medida que o cenário para a moeda está se alterando.

"Mudanças na oferta (do swap) dependerão dos acontecimentos da próxima semana e da resposta do mercado", previu Barbutti.

Atualizado às 11h07

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