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Dólar cai quase 1% e volta a R$ 3,23 com BC do Japão

O dólar operava em queda de quase 1% depois que o Banco do Japão anunciou meta para o rendimento de títulos públicos e antes da reunião do Fed

Dólar: investidores acharam positiva a decisão inesperada do banco central do Japão (Scott Eells)
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Da Redação

Publicado em 21 de setembro de 2016 às 11h30.

São Paulo - O dólar operava em queda de quase 1 por cento nesta quarta-feira, na casa de 3,23 reais, seguindo o movimento nos mercados externos diante da menor aversão ao risco após o Banco do Japão mudar o foco da sua política monetária e determinar meta para rendimentos de títulos públicos.

Os investidores também aguardavam o resultado do encontro de política monetária do Federal Reserve, banco central norte-americano, o que imprimia uma certa cautela.

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Às 10:41, o dólar recuava 0,90 por cento, a 3,2316 reais na venda, e chegou a 3,2300 reais na mínima do dia. O dólar futuro caía cerca de 0,80 por cento.

"Essa decisão inesperada do BC japonês ajustou os 'yields' dos títulos longos (nos EUA) e fez dólar cair", comentou o gestor de uma corretora nacional.

O banco central japonês fez uma mudança abrupta e adotou como foco a taxa de juros de títulos do governo buscando alcançar sua meta de inflação, após anos de forte impressão de dinheiro que não tirem efeito para tirar a economia de décadas de estagnação.

Embora o Banco do Japão tenha garantido aos mercados que continuará comprando grandes quantidades de títulos e ativos de maior risco, a reformulação da política monetária parece abrir a porta para eventual fim de suas compras de ativos e tenta reparar parte do dano provocado por sua decisão de adotar taxa de juros negativa.

O mercado gostou do resultado e os mercados internacionais mostravam procura por risco, com alta nas bolsas. O dólar também recuava sobre outras moedas, inclusive de países emergentes.

Os investidores também aguardavam o resultado da reunião do Fed, às 15:00 (horário de Brasília), em busca de mais sinais sobre o futuro da política monetária dos Estados Unidos.

"O mercado todo tem quase certeza de que o juro norte-americano não sobe agora e acredito que um discurso mais duro da (chair do Fed, Janet) Yellen também já está no preço", comentou o gerente de câmbio da corretora Fair, Mário Battistel.

"Mas o mercado sempre fica com um pé atrás para não tomar um susto de última hora", acrescentou.

A expectativa é de que o Fed mantenha sua taxa de juros na faixa entre 0,25 e 0,50 por cento, uma vez que a inflação e os dados econômicos recentes ainda estão fracos, mas a autoridade pode sinalizar elevada probabilidade de alta até o final do ano.

O Banco Central brasileiro vendeu nesta manhã todo o lote de 5 mil contratos de swap reverso, equivalente à compra futura de dólares.

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