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Dólar cai pela 5a sessão seguida e volta a R$1,97

Perspectiva de maior ingresso de capital estrangeiro na economia brasileira diante de um provável aumento da taxa básica de juros no curto prazo pressionou moeda

EXAME.com (EXAME.com)
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Da Redação

Publicado em 10 de abril de 2013 às 18h22.

São Paulo - O dólar encerrou em queda frente ao real pela quinta sessão consecutiva nesta quarta-feira, pressionado pela perspectiva de maior ingresso de capital estrangeiro na economia brasileira diante de um provável aumento da taxa básica de juros no curto prazo.

A moeda norte-americana caiu 0,46 %, cotada a 1,9755 real na venda, voltando a fechar abaixo de 1,98 real pela primeira vez desde 14 de março.

Segundo dados da BM&F, cuja clearing intermedeia a maior parte das transações cambiais que ocorrem no país, o giro financeiro ficou em torno de 2,2 bilhões de dólares.

A inflação oficial, medida pelo Índice Nacional de Preços ao Consumidor Amplo (IPCA), subiu 0,47 % em março, menos do que o previsto por analistas. No acumulado em 12 meses, no entanto, o índice superou o teto da meta de inflação do Banco Central, chegando a 6,59 %.

Os dados reforçaram expectativas de que a autoridade monetária eleve os juros básicos nos próximos meses para segurar os preços, o que tornaria a economia brasileira mais atraente para capitais estrangeiros, puxando para baixo as cotações do dólar frente ao real.

"Com os juros aumentando, o país fica um pouco mais atrativo para o dinheiro de fora e o pessoal já começa a antecipar (esse fluxo)", disse o superintendente de câmbio da Advanced Corretora, Reginaldo Siaca.

No mercado de juros futuros, a maioria dos investidores continua apostando em um aumento da Selic de 0,25 ponto percentual na reunião de maio do Comitê de Política Monetária (Copom) do BC, embora tenham ganho ânimo nesta sessão as apostas de que o ciclo de aperto monetário possa ser iniciado já em abril.

Analistas citavam também o aumento nas emissões externas e o esperado aumento nas exportações de commodities agrícolas como motivos por trás da expectativa de ingresso de capitais.

Embora a entrada de capitais geralmente ganhe fôlego a partir de fevereiro por conta do embarque da safra de grãos, o fluxo cambial tem até o momento decepcionado investidores.


Segundo dados do BC, o país registrou saída líquida de 61 milhões de dólares em abril até o dia 5.

"Tem fluxo? Não. O que acontece é uma perspectiva de melhora, e aí libera o dólar", disse o diretor-executivo da NGO Corretora, Sidnei Nehme.

Banda cambial

Parte do mercado acredita que o BC tenha imposto uma banda informal para o dólar --cujo limite superior ficaria em torno de 2 reais e o limite inferior, em 1,95 real-- com o objetivo de segurar as pressões inflacionárias sem, ao mesmo tempo, prejudicar a indústria.

Essa perspectiva, contudo, perdeu força após a autoridade monetária permitir que o dólar fechasse acima de 2 reais durante duas semanas, refletindo preocupações em relação a crise financeira no Chipre.

No entanto, para Siaca, da Advanced, o ingresso de capitais deve levar a moeda norte-americana a testar o suposto piso dessa banda cambial.

"Se não houver nenhuma notícia significativa de impacto, com certeza o mercado vai testar e com certeza o BC intervém", afirmou.

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São Paulo - O dólar encerrou em queda frente ao real pela quinta sessão consecutiva nesta quarta-feira, pressionado pela perspectiva de maior ingresso de capital estrangeiro na economia brasileira diante de um provável aumento da taxa básica de juros no curto prazo.

A moeda norte-americana caiu 0,46 %, cotada a 1,9755 real na venda, voltando a fechar abaixo de 1,98 real pela primeira vez desde 14 de março.

Segundo dados da BM&F, cuja clearing intermedeia a maior parte das transações cambiais que ocorrem no país, o giro financeiro ficou em torno de 2,2 bilhões de dólares.

A inflação oficial, medida pelo Índice Nacional de Preços ao Consumidor Amplo (IPCA), subiu 0,47 % em março, menos do que o previsto por analistas. No acumulado em 12 meses, no entanto, o índice superou o teto da meta de inflação do Banco Central, chegando a 6,59 %.

Os dados reforçaram expectativas de que a autoridade monetária eleve os juros básicos nos próximos meses para segurar os preços, o que tornaria a economia brasileira mais atraente para capitais estrangeiros, puxando para baixo as cotações do dólar frente ao real.

"Com os juros aumentando, o país fica um pouco mais atrativo para o dinheiro de fora e o pessoal já começa a antecipar (esse fluxo)", disse o superintendente de câmbio da Advanced Corretora, Reginaldo Siaca.

No mercado de juros futuros, a maioria dos investidores continua apostando em um aumento da Selic de 0,25 ponto percentual na reunião de maio do Comitê de Política Monetária (Copom) do BC, embora tenham ganho ânimo nesta sessão as apostas de que o ciclo de aperto monetário possa ser iniciado já em abril.

Analistas citavam também o aumento nas emissões externas e o esperado aumento nas exportações de commodities agrícolas como motivos por trás da expectativa de ingresso de capitais.

Embora a entrada de capitais geralmente ganhe fôlego a partir de fevereiro por conta do embarque da safra de grãos, o fluxo cambial tem até o momento decepcionado investidores.


Segundo dados do BC, o país registrou saída líquida de 61 milhões de dólares em abril até o dia 5.

"Tem fluxo? Não. O que acontece é uma perspectiva de melhora, e aí libera o dólar", disse o diretor-executivo da NGO Corretora, Sidnei Nehme.

Banda cambial

Parte do mercado acredita que o BC tenha imposto uma banda informal para o dólar --cujo limite superior ficaria em torno de 2 reais e o limite inferior, em 1,95 real-- com o objetivo de segurar as pressões inflacionárias sem, ao mesmo tempo, prejudicar a indústria.

Essa perspectiva, contudo, perdeu força após a autoridade monetária permitir que o dólar fechasse acima de 2 reais durante duas semanas, refletindo preocupações em relação a crise financeira no Chipre.

No entanto, para Siaca, da Advanced, o ingresso de capitais deve levar a moeda norte-americana a testar o suposto piso dessa banda cambial.

"Se não houver nenhuma notícia significativa de impacto, com certeza o mercado vai testar e com certeza o BC intervém", afirmou.

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