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Dólar cai frente ao real com ruídos políticos e BC

A moeda norte-americana atingiu 3,8804 reais na máxima e 3,8352 reais na mínima da sessão, menor cotação intradia desde 11 de dezembro (3,0866 reais)

Dólares: operadores ressaltam que o acirramento das tensões com Cunha pode levá-lo a reagir com ataques ao governo (thinkstock)
DR

Da Redação

Publicado em 3 de março de 2016 às 12h08.

Delcídio teria acertado delação premiada - O dólar recuava frente ao real terceira sessão seguida nesta quinta-feira e flertava com níveis inferiores a 3,85 reais, influenciado por intensos ruídos sobre o cenário político brasileiro e pela perspectiva de que deve demorar até o Banco Central começar a reduzir os juros.

Às 11:45, o dólar recuava 0,86 por cento, a 3,8542 reais na venda.

A moeda norte-americana atingiu 3,8804 reais na máxima e 3,8352 reais na mínima da sessão, menor cotação intradia desde 11 de dezembro (3,0866 reais).

O mercado brasileiro tem sido intensamente influenciado pelo noticiário político. Muitos operadores entendem que vem crescendo a chance de afastamento da presidente Dilma Rousseff , algo que tem provocado reações favoráveis no mercado.

"Está crescendo no mercado a aposta de que Dilma não vai terminar seu mandato", disse o economista da 4Cast Pedro Tuesta.

Ele ressaltou, porém, que o quadro é bastante incerto e um eventual impeachment pode dificultar o reequilíbrio da economia brasileira.

Segundo reportagem publicada no portal do Estadão, o senador Delcídio do Amaral (PT-MS), ex-líder do governo no Senado, teria feito acordo de delação premiada na Operação Lava Jato.

De acordo com a matéria, Delcídio teria mencionado vários nomes que pretende citar em seus futuros depoimentos, entre eles o do ex-presidente Luiz Inácio Lula da Silva.

A notícia vem após relatos na véspera de que o ex-presidente da OAS Léo Pinheiro teria acertado acordo de delacão premiada e também teria citado Lula, segundo o jornal Folha de S.Paulo.

"Se a Lava Jato chegar no Lula, é praticamente certo que o PT não volta ao governo nem em 2018 e isso significa que aumenta a chance de mudança no governo", disse o operador de um banco internacional.

Outro foco importante é a votação da maioria do Supremo Tribunal Federal (STF) pelo recebimento parcial de denúncia contra o presidente da Câmara dos Deputados, Eduardo Cunha (PMDB-RJ).

Se a decisão for confirmada, Cunha se tornará réu em ação ligada à Lava Jato.

Operadores ressaltam que o acirramento das tensões com Cunha pode levá-lo a reagir com ataques ao governo.

Por outro lado, eventual cassação do mandato do deputado pode arrefecer as tensões entre o Palácio do Planalto e o Congresso Nacional.

A queda do dólar nesta sessão originava-se também na percepção de que o BC não deve cortar os juros tão cedo, após o Comitê de Política Monetária (Copom) manter a Selic em 14,25 por cento em decisão dividida.

A manutenção de juros elevados sustentaria a atratividade de ativos brasileiros, possivelmente atraindo capitais para o país.

Segundo pesquisa da Reuters, a alta recente do dólar frente ao real parece estar perdendo força em meio às promessas de mais estímulo monetário pelos bancos centrais e sinais de estabilização nos mercados de commodities.

Analistas esperam que o dólar seja cotado a 4,015 reais em um mês, 4,16 reais em seis meses e 4,25 reais em 12 meses.

Nesta manhã, o Banco Central fará mais um leilão de rolagem dos swaps que vencem em abril, que equivalem a 10,092 bilhões de dólares, com oferta de até 9,6 mil contratos.

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Delcídio teria acertado delação premiada - O dólar recuava frente ao real terceira sessão seguida nesta quinta-feira e flertava com níveis inferiores a 3,85 reais, influenciado por intensos ruídos sobre o cenário político brasileiro e pela perspectiva de que deve demorar até o Banco Central começar a reduzir os juros.

Às 11:45, o dólar recuava 0,86 por cento, a 3,8542 reais na venda.

A moeda norte-americana atingiu 3,8804 reais na máxima e 3,8352 reais na mínima da sessão, menor cotação intradia desde 11 de dezembro (3,0866 reais).

O mercado brasileiro tem sido intensamente influenciado pelo noticiário político. Muitos operadores entendem que vem crescendo a chance de afastamento da presidente Dilma Rousseff , algo que tem provocado reações favoráveis no mercado.

"Está crescendo no mercado a aposta de que Dilma não vai terminar seu mandato", disse o economista da 4Cast Pedro Tuesta.

Ele ressaltou, porém, que o quadro é bastante incerto e um eventual impeachment pode dificultar o reequilíbrio da economia brasileira.

Segundo reportagem publicada no portal do Estadão, o senador Delcídio do Amaral (PT-MS), ex-líder do governo no Senado, teria feito acordo de delação premiada na Operação Lava Jato.

De acordo com a matéria, Delcídio teria mencionado vários nomes que pretende citar em seus futuros depoimentos, entre eles o do ex-presidente Luiz Inácio Lula da Silva.

A notícia vem após relatos na véspera de que o ex-presidente da OAS Léo Pinheiro teria acertado acordo de delacão premiada e também teria citado Lula, segundo o jornal Folha de S.Paulo.

"Se a Lava Jato chegar no Lula, é praticamente certo que o PT não volta ao governo nem em 2018 e isso significa que aumenta a chance de mudança no governo", disse o operador de um banco internacional.

Outro foco importante é a votação da maioria do Supremo Tribunal Federal (STF) pelo recebimento parcial de denúncia contra o presidente da Câmara dos Deputados, Eduardo Cunha (PMDB-RJ).

Se a decisão for confirmada, Cunha se tornará réu em ação ligada à Lava Jato.

Operadores ressaltam que o acirramento das tensões com Cunha pode levá-lo a reagir com ataques ao governo.

Por outro lado, eventual cassação do mandato do deputado pode arrefecer as tensões entre o Palácio do Planalto e o Congresso Nacional.

A queda do dólar nesta sessão originava-se também na percepção de que o BC não deve cortar os juros tão cedo, após o Comitê de Política Monetária (Copom) manter a Selic em 14,25 por cento em decisão dividida.

A manutenção de juros elevados sustentaria a atratividade de ativos brasileiros, possivelmente atraindo capitais para o país.

Segundo pesquisa da Reuters, a alta recente do dólar frente ao real parece estar perdendo força em meio às promessas de mais estímulo monetário pelos bancos centrais e sinais de estabilização nos mercados de commodities.

Analistas esperam que o dólar seja cotado a 4,015 reais em um mês, 4,16 reais em seis meses e 4,25 reais em 12 meses.

Nesta manhã, o Banco Central fará mais um leilão de rolagem dos swaps que vencem em abril, que equivalem a 10,092 bilhões de dólares, com oferta de até 9,6 mil contratos.

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