DÓLAR: mercado aguarda divulgação de nova pesquisa Datafolha (Chung Sung-Jun/Getty Images)
Reuters
Publicado em 14 de setembro de 2018 às 11h15.
Última atualização em 14 de setembro de 2018 às 11h40.
São Paulo - O dólar recuava ante o real nesta sexta-feira em movimento de correção após bater na véspera o recorde do Plano Real, com a cautela com a cena eleitoral de pano de fundo em dia de novas pesquisas de intenções de voto.
Às 10:52, o dólar recuava 0,47 por cento, a 4,1761 reais na venda, depois de terminar a véspera a 4,1957 reais. O dólar futuro tinha perdas de cerca de 0,90 por cento.
"(O cenário para os mercados) emergentes aliviou e, como o real subiu muito ontem, abriu tentando realizar", explicou a estrategista de câmbio do banco Ourinvest, Fernanda Consorte.
O mercado aguarda para após o fechamento a divulgação de nova pesquisa Datafolha sobre intenção de votos. O levantamento encomendado pela XP Investimentos e divulgado nesta manhã mostrou que o candidato do PSL à Presidência, Jair Bolsonaro, manteve a liderança, enquanto quatro candidatos estão em empate técnico na briga pela segunda posição.
Os investidores têm optado por posições defensivas enquanto buscam mais clareza sobre o desfecho eleitoral, ao mesmo tempo em que começam a questionar sobre possíveis intervenções do Banco Central com o dólar no patamar de 4,20 reais, já que a moeda estava nesses níveis quando o BC atuou no final do mês passado.
"O BC também poderia estar esperando para ter um cenário mais claro para intervir no mercado de câmbio", avaliou Fernanda.
Para a sessão desta sexta-feira, por ora, o BC apenas anunciou o leilão para rolagem do vencimento de swaps tradicionais -equivalente à venda futura de dólares- de outubro, no total de 9,801 bilhões de dólares, com oferta de até 10,9 mil contratos.
Se mantiver essa oferta diária e vendê-la até o final do mês, terá feito a rolagem integral.
No exterior, o dólar subia ante a cesta de moedas e operava misto ante emergentes, com destaque para o recuo ante o rublo após o banco central russo elevar os juros para 7,5 por cento.