Exame Logo

Dólar recua ante real após dados fracos de emprego nos Estados Unidos

Às 12:03, o dólar recuava 0,55 por cento, a 3,8632 reais na venda, depois de atingir a máxima de 3,9043 mais cedo

Câmbio: dólar passou a recuar ante o real nesta sexta-feira (Adam Gault/Getty Images)
R

Reuters

Publicado em 8 de março de 2019 às 09h13.

Última atualização em 8 de março de 2019 às 12h25.

São Paulo — O dólar passou a recuar ante o real nesta sexta-feira, acompanhando o movimento no exterior após dados muito fracos sobre a criação de empregos nos Estados Unidos e com correções no mercado após forte alta.

Às 12:03, o dólar recuava 0,55 por cento, a 3,8632 reais na venda. Na véspera, a moeda avançou 1,27 por cento, a 3,8847 reais, maior nível desde 27 de dezembro.

Veja também

O dólar futuro operava com queda de cerca de 0,2 por cento.

Os EUA criaram apenas 20 mil vagas de trabalho em fevereiro, um número bem abaixo do que era esperado, endossando preocupações de desaceleração acentuada na atividade econômica norte-americana.

"A criação de vagas de trabalho veio bem abaixo do esperado.... As principais moedas estão se fortalecendo diante do dólar. Existe também uma tendência de um pouco de correção em função das duas últimas sessões em que subiu bastante", afirmou o analista de câmbio da Correparti Corretora, Ricardo Gomes da Silva Filho.

Segundo ele, os dados contribuíram para consolidar a visão de que a economia norte-americana está fragilizada.

O dólar recuava cerca de 0,3 por cento contra uma cesta de moedas. Mais cedo, o índice chegou à máxima do ano.

No cenário doméstico, após dias sem manifestação do governo sobre a reforma da Previdência, o presidente Jair Bolsonaro usou o Twitter na noite de quinta-feira para defender a reforma, afirmando que ela permitirá estabilizar as contas públicas e viabilizará uma "rígida" reforma tributária.

A sinalização foi bem recebida por agentes do mercado financeiro, mas não aplacou completamente a cautela que permanece com relação à ausência de notícias sobre a tramitação da Previdência.

"Há essa pressão de fora e aqui dentro tudo que temos visto, principalmente com a comunicação meio confusa pela parte do governo, não oferece tanta segurança. É uma pressão que mantém o dólar nesse patamar perto de 3,90 reais, ao menos no curto prazo", avaliou Alencastro.

O Banco Central vendeu 14,5 mil swaps cambiais tradicionais, equivalente à venda futura de dólares. Assim, rolou 2,175 bilhões de dólares dos 12,321 bilhões que vencem em abril.

Acompanhe tudo sobre:CâmbioDólar

Mais lidas

exame no whatsapp

Receba as noticias da Exame no seu WhatsApp

Inscreva-se

Mais de Mercados

Mais na Exame