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Dólar cai com expectativa de fluxo positivo e ronda R$3,10

Às 10:18, a moeda americana ecuava 0,33 por cento, a 3,11 reais na venda, após encerrar a semana passada com baixa acumulada de 0,90 por cento

Dólar: no exterior, o dólar recuava frente a outras moedas de países emergentes, como os pesos mexicanos e chileno (Ricardo Moraes/Reuters/Reuters)
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Reuters

Publicado em 6 de fevereiro de 2017 às 10h25.

Última atualização em 6 de fevereiro de 2017 às 15h23.

São Paulo - O dólar operava em baixa nesta segunda-feira e voltava a rondar o nível de 3,10 reais, com investidores mantendo a expectativa por ingressos de recursos após recentes captações de empresas e acompanhando o movimento da moeda norte-americana ante algumas divisas de países emergentes.

Às 10:18, o dólar recuava 0,33 por cento, a 3,1131 reais na venda, depois de ter encerrado a semana passada com baixa acumulada de 0,90 por cento, sétimo período de queda seguido. Na mínima deste pregão, marcou 3,1051 reais.

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O dólar futuro caía cerca de 0,30 por cento.

"O investidor não vai ficar comprado (apostando na alta) em dólar se sabe que o fluxo vai deixar o dólar mais barato", justificou um operador de câmbio de uma corretora nacional.

Algumas empresas nacionais têm conseguido fazer captações no mercado externo, alimentando expectativas de mais entradas de recursos no país, o que tende fazer o dólar cair.

Na semana passada, foi a vez da empresa de alimentos JBS, que levantou 2,8 bilhões de dólares por meio de uma linha de crédito garantida. Antes dela, vieram a Petrobras e a Raizen, por exemplo.

"Há expectativa de fluxo de recursos e também uma agenda esvaziada, que contribui para a trajetória da moeda (norte-americana) nesta sessão", comentou o operador da mesa de câmbio do banco Ourinvest, Bruno Foresti.

No exterior, o dólar recuava frente a outras moedas de países emergentes, como os pesos mexicanos e chileno.

Na sexta-feira, dados do mercado de trabalho norte-americano mostraram que, apesar do forte crescimento na criação de vagas em janeiro, apresentou ganhos salariais mais tímidos, o que enfraqueceu um pouco as apostas para as altas de juros nos Estados Unidos.

Pesquisa da Reuters com os principais bancos em Wall Streeet indicou que as perspectivas são de que o Federal Reserve, banco central dos Estados Unidos, vai elevar a taxa básica de juros do país em duas ocasiões neste ano e viam apenas modesto risco para que o Fed seja pressionado a adotar ritmo mais agressivo de aperto da política monetária. No final de 2016, a autoridade estimou três elevações dos juros em 2017.

Juros maiores nos Estados Unidos tendem a atrair para a maior economia do mundo recursos hoje aplicados em outras praças, como a brasileira.

O Banco Central brasileiro, por enquanto, não anunciou qualquer intervenção no mercado de câmbio local. Recentemente, o presidente do BC, Ilan Goldfajn, disse que a autoridade pode rolar apenas parcialmente ou até mesmo não rolar o swap cambial tradicional --equivalente à venda de dólares no mercado futuro-- de março, equivalente a quase 7 bilhões de dólares.

O nível 3,10 reais, no entanto, pode conter o movimento de desvalorização do dólar, já que é considerado um nível informal do mercado e tem atraído compradores quando é atingido.

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