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Dólar cai com aposta em aprovação da reforma da Previdência

Nesta tarde, o ministro da Fazenda, Henrique Meirelles, disse que a expectativa é de que a reforma da Previdência seja aprovada neste semestre

Dólar: "A lista atingiu políticos de diversos partidos. Acredito que abre uma brecha para o governo conseguir aprovar as reformas, já que enfraquece os ataques de opositores citados", avaliou economista (Antonistock/Thinkstock)
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Reuters

Publicado em 12 de abril de 2017 às 18h01.

São Paulo - O dólar terminou a quarta-feira em queda ante o real, com os investidores ainda trabalhando com a expectativa de que a reforma da Previdência será aprovada mesmo após diversos ministros do governo do presidente Michel Temer e importantes parlamentares da base se tornarem alvo de inquéritos no âmbito da Lava Jato .

Odólarrecuou 0,45 por cento, a 3,1339 reais na venda, depois de marcar 3,1596 reais na máxima da sessão. Na mínima, a moeda foi a 3,1321 reais. Odólarfuturo recuava 0,10 por cento.

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"O mercado parece acreditar que esse ruído político não vai progredir, não vai atrapalhar as reformas", afirmou o economista da corretora Nova Futura, Pedro Paulo Silveira.

O relator da operação Lava Jato no Supremo Tribunal Federal, ministro Edson Fachin, autorizou a abertura de 76 inquéritos contra parlamentares, ministros de Estado e outras autoridades a partir das delações feitas por executivos da Odebrecht.

A lista inclui oito ministros de Temer, entre eles Eliseu Padilha (Casa Civil), Moreira Franco (Secretaria-Geral da Presidência da República) e Gilberto Kassab (Ciência e Tecnologia).

Nesta tarde, o ministro da Fazenda, Henrique Meirelles, disse que a expectativa é de que a reforma da Previdência seja aprovada neste semestre, "mas não há grande drama se for em agosto".

Segundo ele, o regime de transição ainda não está definido, mas os ganhos fiscais não devem ser substancialmente alterados.

A reforma da Previdência é tida pelo governo como a principal medida para colocar a economia em ordem e tem negociado fortemente com o Congresso Nacional para tirá-la do papel.

Alguns operadores do mercado destacaram, no entanto, que os investidores ainda avaliavam com mais cuidado quais serão os efeitos práticos dessa lista e que, por isso, a volatilidade pode surgir.

"A lista atingiu políticos de diversos partidos. Acredito que abre uma brecha para o governo conseguir aprovar as reformas, já que enfraquece os ataques de opositores citados", avaliou o economista da Infinity, Jason Vieira.

A tranquilidade dos negócios nesta sessão teve a contribuição do recuo dodólarante divisas de países emergentes no exterior, em dia de menor tensão com a cena geopolítica.

Além disso, no final da tarde, a moeda perdeu força em todo o mundo após declarações do presidente dos Estados Unidos, Donald Trump, de que odólarestá ficando muito forte e de que gostaria de uma política de juros baixos. O índice dodólarcaiu ao menor nível desde 31 de março após as declarações.

O Banco Central brasileiro não anunciou intervenção no mercado de câmbio para esta sessão. Em maio, vencem 6,389 bilhões dedólares em swap cambial tradicional, equivalente à venda futura dedólares.

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