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Dólar cai ante real pressionado por impasse fiscal nos EUA

Cenário econômico mais fragilizado pode contribuir para que o banco central norte-americano mantenha o ritmo do seu programa de compra de ativos

Dólar: às 11h16, o dólar recuava 0,72 por cento, a 2,1642 reais na venda, apresentando um comportamento semelhante ao outras moedas de países emergentes (Stock.xchng)
DR

Da Redação

Publicado em 16 de outubro de 2013 às 11h34.

São Paulo - A atenção do mercado aos desdobramentos sobre o impasse fiscal nos Estados Unidos fazia o dólar recuar ante o real nesta terça-feira, diante do reforço nas expectativas de que o Federal Reserve, banco central do país, poderá manter seu programa estímulos por um período mais prolongado.

Às 11h16, o dólar recuava 0,72 por cento, a 2,1642 reais na venda, apresentando um comportamento semelhante ao outras moedas de países emergentes. Segundo dados da BM&F, o volume de negociação estava em pouco mais de 185 milhões de dólares.

"O dólar está perdendo força por causa do problema interno (dos EUA)... A partir do momento que tiver uma definição (sobre o orçamento) isso pode mudar", afirmou o superintendente de câmbio da Advanced Corretora, Reginaldo Siaca.

Após uma terça-feira caótica em que dois planos da Câmara dos Deputados falharam e a agência de classificação de risco Fitch alertou que pode cortar o rating "AAA" de crédito soberano dos EUA, investidores aguardavam novos progressos nas negociações entre democratas e republicanos que poderiam levar a reabertura das agências federais e ao aumento do teto da dívida norte-americana até quinta-feira, evitando o calote.

"A indefinição do acordo fiscal é ruim para a economia norte-americana e reforça o adiamento da redução dos estímulos monetários do Fed", destacou o economista-chefe da INVX Global, Eduardo Velho.

O cenário econômico mais fragilizado devido à batalha orçamentária nos EUA pode contribuir para que o banco central norte-americano mantenha o ritmo do seu programa de compra de ativos, no valor de 85 bilhões de dólares, por um período mais prolongado, o que manteria a liquidez nos mercados externos elevada.


Isso porque, diante desse congelamento parcial do governo, agentes econômicos acreditam que a atividade da maior economia do mundo será afetada.

Mesmo com o dólar em queda e cada vez mais distante de 2,20 reais, patamar que era considerado por parte do mercado como uma espécie de piso, o Banco Central vendeu todos os 10 mil contratos de swap cambial tradicional --equivalentes à venda futura de dólares-- com vencimento em 5 de março de 2014 nesta quarta-feira, em seu leilão diário. O volume financeiro equivalente da operação foi de 497,7 milhões de dólares.

Investidores já se questionam se o BC continuará com o mesmo ritmo de intervenções diárias no mercado de câmbio, ou mesmo rolando integralmente os contratos de swap que estão para vencer, diante da perda de força da moeda norte-americana sobre o real.

O dólar também perdia força, segundo operadores, porque uma grande empresa nacional estaria trazendo dólares --num volume que poderia chegar a 400 milhões de dólares-- para o mercado interno.

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São Paulo - A atenção do mercado aos desdobramentos sobre o impasse fiscal nos Estados Unidos fazia o dólar recuar ante o real nesta terça-feira, diante do reforço nas expectativas de que o Federal Reserve, banco central do país, poderá manter seu programa estímulos por um período mais prolongado.

Às 11h16, o dólar recuava 0,72 por cento, a 2,1642 reais na venda, apresentando um comportamento semelhante ao outras moedas de países emergentes. Segundo dados da BM&F, o volume de negociação estava em pouco mais de 185 milhões de dólares.

"O dólar está perdendo força por causa do problema interno (dos EUA)... A partir do momento que tiver uma definição (sobre o orçamento) isso pode mudar", afirmou o superintendente de câmbio da Advanced Corretora, Reginaldo Siaca.

Após uma terça-feira caótica em que dois planos da Câmara dos Deputados falharam e a agência de classificação de risco Fitch alertou que pode cortar o rating "AAA" de crédito soberano dos EUA, investidores aguardavam novos progressos nas negociações entre democratas e republicanos que poderiam levar a reabertura das agências federais e ao aumento do teto da dívida norte-americana até quinta-feira, evitando o calote.

"A indefinição do acordo fiscal é ruim para a economia norte-americana e reforça o adiamento da redução dos estímulos monetários do Fed", destacou o economista-chefe da INVX Global, Eduardo Velho.

O cenário econômico mais fragilizado devido à batalha orçamentária nos EUA pode contribuir para que o banco central norte-americano mantenha o ritmo do seu programa de compra de ativos, no valor de 85 bilhões de dólares, por um período mais prolongado, o que manteria a liquidez nos mercados externos elevada.


Isso porque, diante desse congelamento parcial do governo, agentes econômicos acreditam que a atividade da maior economia do mundo será afetada.

Mesmo com o dólar em queda e cada vez mais distante de 2,20 reais, patamar que era considerado por parte do mercado como uma espécie de piso, o Banco Central vendeu todos os 10 mil contratos de swap cambial tradicional --equivalentes à venda futura de dólares-- com vencimento em 5 de março de 2014 nesta quarta-feira, em seu leilão diário. O volume financeiro equivalente da operação foi de 497,7 milhões de dólares.

Investidores já se questionam se o BC continuará com o mesmo ritmo de intervenções diárias no mercado de câmbio, ou mesmo rolando integralmente os contratos de swap que estão para vencer, diante da perda de força da moeda norte-americana sobre o real.

O dólar também perdia força, segundo operadores, porque uma grande empresa nacional estaria trazendo dólares --num volume que poderia chegar a 400 milhões de dólares-- para o mercado interno.

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