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Dólar cai ante real após 5 altas seguidas, à espera de Fed

Às 11:27, o dólar recuava 0,64 por cento, a 3,3475 reais na venda, após acumular avanço de 6,17 por cento nas últimas cinco sessões

Dólares: apesar do alívio nesta sessão, operadores ainda viam espaço para novas altas do dólar, refletindo o quadro doméstico de turbulências políticas e preocupações com a economia (thinkstock)
DR

Da Redação

Publicado em 29 de julho de 2015 às 12h50.

São Paulo - O dólar recuava frente ao real nesta quarta-feira, ajustando-se após cinco sessões consecutivas de alta, em meio a um ambiente externo um pouco mais favorável diante da recuperação da bolsa chinesa e com investidores aguardando a decisão do Federal Reserve, banco central norte-americano.

Às 11:27, o dólar recuava 0,64 por cento, a 3,3475 reais na venda, após acumular avanço de 6,17 por cento nas últimas cinco sessões. Na véspera, no intradia, a moeda chegou à máxima de 3,4353 reais em 12 anos.

"Depois de subir tanto, o dólar está um pouco mais tranquilo hoje, como era de se esperar", afirmou o operador da corretora Intercam Glauber Romano.

Preocupações com a situação fiscal do Brasil, após o governo cortar suas metas para este e os próximos dois anos, vêm alimentando temores de o país perder seu grau de investimento, corroboradas pela piora da perspectiva da nota brasileira pela Standard & Poor's na véspera.

Nesta sessão, contudo, investidores tomavam fôlego, aguardando a divulgação da decisão do Fed sobre os juros, às 15h (horário de Brasília). Os mercados não esperam mudança nas taxas agora, mas que o banco central dos EUA prepare o terreno para aumento em setembro.

O avanço da bolsa chinesa nesta quarta-feira, após quedas fortes nas últimas sessões, também corroborava a tranquilidade, com o dólar caminhando de lado em relação às principais moedas emergentes.

Apesar do alívio nesta sessão, operadores ainda viam espaço para novas altas do dólar, refletindo o quadro doméstico de turbulências políticas e preocupações com a economia.

Essa aposta vem mesmo diante das expectativas de que o Banco Central eleve os juros básicos em mais 0,50 ponto percentual nesta noite, o que tende a aumentar a atratividade dos ativos brasileiros. A Selic está atualmente em 13,75 por cento.

O JPMorgan aumentou nesta manhã suas projeções para o câmbio, passando a ver a moeda norte-americana a 3,55 reais (3,25 reais antes) em dezembro de2015 e 3,70 reais (3,40 reais antes) em junho de 2016.

"Embora seja provável que o BC continue com o aperto monetário, acreditamos que o prêmio de risco continuará elevado nos próximos trimestres, ofuscando o maior diferencial de juros", escreveram os analistas Diego Pereira e Cassiana Fernandez em nota a clientes.

Investidores também aguardam sinalizações do BC sobre suas intervenções no câmbio por meio dos swaps cambiais, equivalentes a venda futura de dólares.

Segundo operadores, se o BC sinalizar que pretende rolar cerca de 60 por cento do lote para setembro, correspondente a 10,027 bilhões de dólares, como deve fazer com os que vencem em agosto, o mercado entenderá que a autoridade monetária está confortável com o salto recente da moeda dos EUA.

Mais tarde, dará continuidade à rolagem dos swaps cambiais que vencem em agosto, com oferta de até 6 mil contratos, equivalentes a venda futura de dólares.

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São Paulo - O dólar recuava frente ao real nesta quarta-feira, ajustando-se após cinco sessões consecutivas de alta, em meio a um ambiente externo um pouco mais favorável diante da recuperação da bolsa chinesa e com investidores aguardando a decisão do Federal Reserve, banco central norte-americano.

Às 11:27, o dólar recuava 0,64 por cento, a 3,3475 reais na venda, após acumular avanço de 6,17 por cento nas últimas cinco sessões. Na véspera, no intradia, a moeda chegou à máxima de 3,4353 reais em 12 anos.

"Depois de subir tanto, o dólar está um pouco mais tranquilo hoje, como era de se esperar", afirmou o operador da corretora Intercam Glauber Romano.

Preocupações com a situação fiscal do Brasil, após o governo cortar suas metas para este e os próximos dois anos, vêm alimentando temores de o país perder seu grau de investimento, corroboradas pela piora da perspectiva da nota brasileira pela Standard & Poor's na véspera.

Nesta sessão, contudo, investidores tomavam fôlego, aguardando a divulgação da decisão do Fed sobre os juros, às 15h (horário de Brasília). Os mercados não esperam mudança nas taxas agora, mas que o banco central dos EUA prepare o terreno para aumento em setembro.

O avanço da bolsa chinesa nesta quarta-feira, após quedas fortes nas últimas sessões, também corroborava a tranquilidade, com o dólar caminhando de lado em relação às principais moedas emergentes.

Apesar do alívio nesta sessão, operadores ainda viam espaço para novas altas do dólar, refletindo o quadro doméstico de turbulências políticas e preocupações com a economia.

Essa aposta vem mesmo diante das expectativas de que o Banco Central eleve os juros básicos em mais 0,50 ponto percentual nesta noite, o que tende a aumentar a atratividade dos ativos brasileiros. A Selic está atualmente em 13,75 por cento.

O JPMorgan aumentou nesta manhã suas projeções para o câmbio, passando a ver a moeda norte-americana a 3,55 reais (3,25 reais antes) em dezembro de2015 e 3,70 reais (3,40 reais antes) em junho de 2016.

"Embora seja provável que o BC continue com o aperto monetário, acreditamos que o prêmio de risco continuará elevado nos próximos trimestres, ofuscando o maior diferencial de juros", escreveram os analistas Diego Pereira e Cassiana Fernandez em nota a clientes.

Investidores também aguardam sinalizações do BC sobre suas intervenções no câmbio por meio dos swaps cambiais, equivalentes a venda futura de dólares.

Segundo operadores, se o BC sinalizar que pretende rolar cerca de 60 por cento do lote para setembro, correspondente a 10,027 bilhões de dólares, como deve fazer com os que vencem em agosto, o mercado entenderá que a autoridade monetária está confortável com o salto recente da moeda dos EUA.

Mais tarde, dará continuidade à rolagem dos swaps cambiais que vencem em agosto, com oferta de até 6 mil contratos, equivalentes a venda futura de dólares.

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