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Dólar fecha abaixo de R$3,85 com alívio sobre juros nos EUA

O dólar recuou 0,49 por cento, a 3,8460 reais na venda. O dólar futuro era negociado com baixa de cerca de 0,40 por cento no final da tarde

Dólar: cena política eleitoral no Brasil também continuou no radar dos investidores (Chung Sung-Jun/Getty Images)
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Reuters

Publicado em 17 de julho de 2018 às 17h05.

Última atualização em 17 de julho de 2018 às 17h11.

São Paulo - O dólar fechou em queda e abaixo do patamar de 3,85 reais nesta terça-feira após os investidores respirarem aliviados com as indicações de que os juros nos Estados Unidos não vão subir mais rápido do que o esperado neste ano e, assim, afetar mais o fluxo global de capital.

A cena política eleitoral no Brasil também continuou no radar dos investidores, num momento importante para a consolidação de eventuais chapas.

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O dólar recuou 0,49 por cento, a 3,8460 reais na venda. O dólar futuro era negociado com baixa de cerca de 0,40 por cento no final da tarde.

"A confirmação de aumento gradual de juros (nos EUA) ajuda", afirmou o diretor da consultoria de valores mobiliários Wagner Investimentos, José Faria Júnior. "Isso significa menos medo do Fed", acrescentou, referindo-se ao Federal Reserve, banco central norte-americano.

Nesta manhã, o chairman do Fed, Jerome Powell afirmou em depoimento no Comitê Bancário do Senado dos Estados Unidos que o caminho para continuar com aumentos graduais nas taxas de juros era o melhor. E acrescentou que o país está à beira de "vários anos" de mercado de trabalho forte e inflação ao redor da meta de 2 por cento do Fed .

O Fed já elevou os juros duas vezes neste ano e indicou que fará novamente mais duas altas até o fim de 2018, mas os mercados globais temem alguma surpresa, sobretudo após a intensificação da guerra comercial entre os Estados Unidos e seus parceiros, em especial a China.

Juros elevados têm potencial de atrair para a maior economia do mundo recursos aplicados hoje em outras praças financeiras, como a brasileira.

Internamente, os investidores ficavam cada vez mais cautelosos com a eleição presidencial de outubro, na reta final para os partidos confirmarem suas pré-candidaturas e eventuais coligações. O mercado teme que um candidato que considere menos comprometido com ajustes fiscais possa ganhar tração.

O Banco Central brasileiro ofertou e vendeu integralmente 14 mil swaps tradicionais, equivalentes à venda futura de dólar es, para rolagem dos contratos que vencem em agosto, no total de 14,023 bilhões de dólar es.

Com isso, rolou o equivalente a 7,7 bilhões de dólar es do total que vence no próximo mês. Como tem feito recentemente, o BC não anunciou intervenção extraordinária no mercado de câmbio neste pregão.

(Edição de Marcela Ayres)

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