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Dólar cai a R$ 2,03 com fraqueza da moeda no exterior

Enquanto no cenário global a divisa norte-americana mostra enfraquecimento, ela permanece enrijecida em R$ 2,03 no Brasil, afirmam especialistas

Dólar: a divisa norte-americana encerrou a sessão desta quinta-feira com desvalorização de 0,39% (©afp.com / Asif Hassan)
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Da Redação

Publicado em 10 de janeiro de 2013 às 16h46.

São Paulo - O enfraquecimento do dólar em escala global fez com que a moeda dos Estados Unidos aprofundasse o declínio ante o real à tarde. No fim dos negócios, o dólar foi cotado a R$ 2,030, com recuo de 0,39%, depois de atingir a mínima de R$ 2,029. O fechamento desta quinta-feira é igual ao de 31 de outubro do ano passado e o menor valor desde 26 de outubro do mesmo ano, quando marcou R$ 2,027.

O aumento do apetite por risco no exterior contribuiu para que, no ambiente interno, o fluxo de recursos ficasse "bem positivo" na segunda parte da sessão, citou um operador, o que se opõe ao fluxo negativo que predominou na primeira fase dos negócios e que limitava o recuo da moeda.

O saldo comercial da China e as declarações do presidente do Banco Central Europeu (BCE), Mario Draghi, favoreceram índices acionários e colaboraram para a divisa dos EUA ceder. Perto das 16 horas, o dólar norte-americano caía 0,77% ante o dólar australiano, perdia 0,58% ante o neozelandês e cedia 1,24% ante a coroa norueguesa. O dólar Index, que mede a variação do dólar ante uma cesta de seis moedas, caía 1,06%, ante -0,81% uma hora antes. O euro também renovava máximas intraday ao longo da tarde.

Na máxima, o dólar à vista no balcão tocou R$ 2,038, no nível do fechamento da véspera. Na BM&F, o dólar pronto finalizou na mínima do dia, a R$ 2,032, com queda de 0,29% e três negócios (dados preliminares). Na clearing, o giro financeiro foi forte e somava US$ 3,065 bilhões perto das 16h30. No mesmo horário, o dólar para fevereiro recuava 0,46%, cotado a R$ 2,0380.

Estrategistas enfatizam que há "enfraquecimento do dólar" em âmbito global, mas, no Brasil, há rigidez em R$ 2,03, o que pode traduzir uma cautela em relação ao que seria um novo piso informal de negociação. A tendência, no entanto, é um dólar em trajetória de declínio. "A elevação da inflação favorece um dólar mais enfraquecido (ante o real) para colaborar com o controle de preços", pondera um analista.


O IPCA, índice da inflação oficial do País, ficou em 5,84% em 2012, acima do centro da meta de inflação, de 4,5%. Em dezembro passado, o índice subiu 0,79%, ante alta de 0,60% em novembro.

Os estrategistas de câmbio do Brown Brothers Harriman (BBH) citam que as pressões de preços têm permanecido elevadas apesar de uma economia letárgica, "o que está claramente frustrando os formuladores de políticas no Brasil". "Para nós, os maiores riscos para a moeda derivam do que parece ser um foco total em crescimento à custa da inflação". Segundo o BBH, a política de câmbio no médio prazo permanece "impossível de determinar ou prever", mas, "por enquanto, assumimos que o dólar vai continuar a operar no intervalo de R$ 2,00 a R$ 2,10 no momento".

De acordo com Draghi, a autoridade monetária da zona do euro não está pensando em reverter a política de estímulo monetário na região, destacando que a economia real continua fraca no bloco e que os índices de inflação recuaram nos últimos meses e devem cair abaixo de 2% neste ano. Na China, o superávit comercial aumentou para US$ 31,6 bilhões em dezembro de 2012, ante US$ 19,6 bilhões em novembro.

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O aumento do apetite por risco no exterior contribuiu para que, no ambiente interno, o fluxo de recursos ficasse "bem positivo" na segunda parte da sessão, citou um operador, o que se opõe ao fluxo negativo que predominou na primeira fase dos negócios e que limitava o recuo da moeda.

O saldo comercial da China e as declarações do presidente do Banco Central Europeu (BCE), Mario Draghi, favoreceram índices acionários e colaboraram para a divisa dos EUA ceder. Perto das 16 horas, o dólar norte-americano caía 0,77% ante o dólar australiano, perdia 0,58% ante o neozelandês e cedia 1,24% ante a coroa norueguesa. O dólar Index, que mede a variação do dólar ante uma cesta de seis moedas, caía 1,06%, ante -0,81% uma hora antes. O euro também renovava máximas intraday ao longo da tarde.

Na máxima, o dólar à vista no balcão tocou R$ 2,038, no nível do fechamento da véspera. Na BM&F, o dólar pronto finalizou na mínima do dia, a R$ 2,032, com queda de 0,29% e três negócios (dados preliminares). Na clearing, o giro financeiro foi forte e somava US$ 3,065 bilhões perto das 16h30. No mesmo horário, o dólar para fevereiro recuava 0,46%, cotado a R$ 2,0380.

Estrategistas enfatizam que há "enfraquecimento do dólar" em âmbito global, mas, no Brasil, há rigidez em R$ 2,03, o que pode traduzir uma cautela em relação ao que seria um novo piso informal de negociação. A tendência, no entanto, é um dólar em trajetória de declínio. "A elevação da inflação favorece um dólar mais enfraquecido (ante o real) para colaborar com o controle de preços", pondera um analista.


O IPCA, índice da inflação oficial do País, ficou em 5,84% em 2012, acima do centro da meta de inflação, de 4,5%. Em dezembro passado, o índice subiu 0,79%, ante alta de 0,60% em novembro.

Os estrategistas de câmbio do Brown Brothers Harriman (BBH) citam que as pressões de preços têm permanecido elevadas apesar de uma economia letárgica, "o que está claramente frustrando os formuladores de políticas no Brasil". "Para nós, os maiores riscos para a moeda derivam do que parece ser um foco total em crescimento à custa da inflação". Segundo o BBH, a política de câmbio no médio prazo permanece "impossível de determinar ou prever", mas, "por enquanto, assumimos que o dólar vai continuar a operar no intervalo de R$ 2,00 a R$ 2,10 no momento".

De acordo com Draghi, a autoridade monetária da zona do euro não está pensando em reverter a política de estímulo monetário na região, destacando que a economia real continua fraca no bloco e que os índices de inflação recuaram nos últimos meses e devem cair abaixo de 2% neste ano. Na China, o superávit comercial aumentou para US$ 31,6 bilhões em dezembro de 2012, ante US$ 19,6 bilhões em novembro.

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