Exame Logo

Dólar cai a menor nível desde novembro com otimismo local

Moeda recuou 1,46 por cento, a 3,7539 reais na venda, menor valor desde os 3,7399 reais de 16 de novembro

Câmbio: dólar teve seu segundo pregão consecutivo de queda firme (Osman Orsal/Reuters)
R

Reuters

Publicado em 3 de janeiro de 2019 às 17h12.

Última atualização em 3 de janeiro de 2019 às 17h24.

São Paulo - O dólar teve seu segundo pregão consecutivo de queda firme e terminou a quinta-feira na casa de 3,75 reais, o menor nível desde meados de novembro passado, sob influência do otimismo do mercado com o governo Jair Bolsonaro, com a aversão ao risco no exterior ficando em segundo plano na sessão.

O dólar recuou 1,46 por cento, a 3,7539 reais na venda, menor valor desde os 3,7399 reais de 16 de novembro. Nestes dois pregões do ano, acumulou recuo de 3,14 por cento.

Veja também

Na mínima, atingiu 3,7387 reais e, na máxima, foi a 3,8088 reais. O dólar futuro tinha baixa de 0,80 por cento.

"Estaremos suscetíveis à volatilidade externa, mas existe espaço para que os ativos locais continuem mostrando desempenho relativo mais positivo enquanto for factível acreditar nas reformas econômicas e no bom andamento do novo governo", escreveu o estrategista da empresa de gestão de recursos e ativos TAG Investimentos, Dan Kawa.

A primeira reunião ministerial do governo de Jair Bolsonaro aconteceu nesta quinta-feira e o chefe da Casa Civil, Onyx Lorenzoni, informou que o ministro da Economia, Paulo Guedes, fará uma apresentação sobre a proposta de reforma da Previdência --um dos temas mais caros ao mercado-- ao presidente Jair Bolsonaro na próxima semana.

Na véspera, em seu discurso durante transmissão de cargo, Guedes já havia feito veemente defesa do controle dos gastos públicos e da diminuição do tamanho do Estado brasileiro, elegendo a reforma da Previdência como prioridade número um, mas prometendo, em paralelo, medidas infraconstitucionais de ajuste.

O mercado internacional, entretanto, tinha um dia de aversão ao risco após a Apple emitir alerta de receita diante da expectativa de menores vendas na China, que sofre os efeitos da guerra comercial com os Estados Unidos.

A notícia reforçou o alerta entre os investidores sobre a desaceleração econômica global e levou à busca de ativos mais seguros, como o iene.

O movimento ganhou força também após o dado da atividade da indústria nos EUA, que ficou em 54,1 em dezembro, abaixo dos 57,9 previstos em pesquisa Reuters. Antes, o número maior de pedidos de auxílio-desemprego nos EUA já tinha anulado os dados mais fortes de criação de vagas no mercado privado de trabalho dos Estados Unidos.

O dólar caía ante a cesta de moedas, mas subia ante as divisas emergentes, como o peso mexicano.

O BC vendeu nesta sessão 13,4 mil contratos de swap cambial tradicional, equivalente à venda futura de dólares. Desta forma, rolou 1,34 bilhão de dólares do total de 13,398 bilhões de dólares que vencem em fevereiro.

Se mantiver essa oferta diária e vendê-la até o final do mês, terá feito a rolagem integral.

Acompanhe tudo sobre:CâmbioDólar

Mais lidas

exame no whatsapp

Receba as noticias da Exame no seu WhatsApp

Inscreva-se

Mais de Mercados

Mais na Exame