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Dólar cai 0,55% ante o real com atuação do BC

Para derrubar a cotação da moeda norte-americana, o BC já realizou dois leilões de swap cambial tradicional nesta sessão

Dólar: moeda recuava 0,55%, a R$2,4025 na venda, depois de ter caído mais de 1%, a R$2,3846 na mínima do dia (REUTERS/Sukree Sukplang)
DR

Da Redação

Publicado em 20 de agosto de 2013 às 11h31.

São Paulo - O dólar tinha ampliou a queda em relação ao real nesta terça-feira, mas ainda rondava o patamar de 2,40 reais apesar de já ter recuado mais de 1 por cento, após o Banco Central endurecer o seu discurso e as suas atuações.

Às 11h20, o dólar recuava 0,55 por cento, a 2,4025 reais na venda, depois de ter caído mais de 1 por cento, a 2,3846 reais na mínima do dia.

Para derrubar a cotação da moeda norte-americana, o BC já realizou dois leilões de swap cambial tradicional nesta sessão.

Em ambas as oportunidades, o BC vendeu todos os 20 mil contratos ofertados em cada, tanto no leilão de novos papéis que tem vencimento em 2 de janeiro do ano que vem como no de rolagem, com prazo para 1º de abril de 2014. O volume financeiro foi de 993,4 milhões de dólares e 986,3 milhões de dólares, respectivamente. https://exame.com/noticias-sobre/dolar

Agora, o mercado fica na expectativa para o leilão de linha, no qual serão vendidos até 4 bilhões de dólares no mercado à vista, com compromisso de recompra.

"O BC está atuando de forma correta. O dólar vai cair porque dará liquidez nos dois mercados", afirmou o diretor-executivo da NGO Corretora, Sidnei Nehme. "Atuar nos dois mercados é uma maneira de quebrar as pernas da especulação", acrescentou, lembrando que o sucesso do leilão de linha dependerá da taxa a ser oferecida.

Em comunicado, o BC informou que a taxa de câmbio que será utilizada para a venda de dólares será a de venda do dólar no boletim das 11h00 da coleta da Ptax, ou seja, 2,3990 reais.

O BC demonstrou na segunda-feira que está determinado na tarefa de conter o movimento de valorização do dólar em relação ao real. A divisa vem numa sequência de escalada que a fez romper o patamar 2,42 reais no intradia na véspera, quando acabou fechando com alta de 0,83 por cento, a 2,4159 reais, reforçando o maior o patamar em mais de quatro anos.


Além dos leilões, o presidente da autoridade monetária, Alexandre Tombini, sublinhou que aqueles que "apostam em movimentos unidirecionais da moeda" poderão ter perdas e reforçou que continuará ofertando proteção aos agentes econômicos e liquidez aos mercados.

"As cotações oscilam e a concentração de posições em uma única direção poderá trazer perdas aos que apostam em movimentos unidirecionais da moeda", disse Tombini por meio de nota.

Apesar da tentativa de demonstração de força, o economista do Deutsche Bank Securities José Carlos Faria, em relatório, reforçou que a intervenção tem como objetivo suavizar a valorização, e não interrompê-la.

E lançou dúvidas sobre a autonomia do BC para conduzir a política monetária. "O Banco Central aparentemente teme os efeitos potenciais (do câmbio) na inflação... Uma das principais questões é saber se as autoridades do BC terão autonomia para apertar a política monetária para controlar a inflação caso a depreciação do real persistir", informou o banco em nota.

Para o banco japonês Nomura, as atuações do BC levam a crer que o padrão de equilíbrio da moeda, após esse movimento de "overshooting", está ao redor de 2,30 reais. "Acreditamos que o patamar está ao redor de 2,30, um nível que o BC já defendeu", afirmou o diretor de pesquisa para mercados emergentes da instituição, Tony Volpon.

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São Paulo - O dólar tinha ampliou a queda em relação ao real nesta terça-feira, mas ainda rondava o patamar de 2,40 reais apesar de já ter recuado mais de 1 por cento, após o Banco Central endurecer o seu discurso e as suas atuações.

Às 11h20, o dólar recuava 0,55 por cento, a 2,4025 reais na venda, depois de ter caído mais de 1 por cento, a 2,3846 reais na mínima do dia.

Para derrubar a cotação da moeda norte-americana, o BC já realizou dois leilões de swap cambial tradicional nesta sessão.

Em ambas as oportunidades, o BC vendeu todos os 20 mil contratos ofertados em cada, tanto no leilão de novos papéis que tem vencimento em 2 de janeiro do ano que vem como no de rolagem, com prazo para 1º de abril de 2014. O volume financeiro foi de 993,4 milhões de dólares e 986,3 milhões de dólares, respectivamente. https://exame.com/noticias-sobre/dolar

Agora, o mercado fica na expectativa para o leilão de linha, no qual serão vendidos até 4 bilhões de dólares no mercado à vista, com compromisso de recompra.

"O BC está atuando de forma correta. O dólar vai cair porque dará liquidez nos dois mercados", afirmou o diretor-executivo da NGO Corretora, Sidnei Nehme. "Atuar nos dois mercados é uma maneira de quebrar as pernas da especulação", acrescentou, lembrando que o sucesso do leilão de linha dependerá da taxa a ser oferecida.

Em comunicado, o BC informou que a taxa de câmbio que será utilizada para a venda de dólares será a de venda do dólar no boletim das 11h00 da coleta da Ptax, ou seja, 2,3990 reais.

O BC demonstrou na segunda-feira que está determinado na tarefa de conter o movimento de valorização do dólar em relação ao real. A divisa vem numa sequência de escalada que a fez romper o patamar 2,42 reais no intradia na véspera, quando acabou fechando com alta de 0,83 por cento, a 2,4159 reais, reforçando o maior o patamar em mais de quatro anos.


Além dos leilões, o presidente da autoridade monetária, Alexandre Tombini, sublinhou que aqueles que "apostam em movimentos unidirecionais da moeda" poderão ter perdas e reforçou que continuará ofertando proteção aos agentes econômicos e liquidez aos mercados.

"As cotações oscilam e a concentração de posições em uma única direção poderá trazer perdas aos que apostam em movimentos unidirecionais da moeda", disse Tombini por meio de nota.

Apesar da tentativa de demonstração de força, o economista do Deutsche Bank Securities José Carlos Faria, em relatório, reforçou que a intervenção tem como objetivo suavizar a valorização, e não interrompê-la.

E lançou dúvidas sobre a autonomia do BC para conduzir a política monetária. "O Banco Central aparentemente teme os efeitos potenciais (do câmbio) na inflação... Uma das principais questões é saber se as autoridades do BC terão autonomia para apertar a política monetária para controlar a inflação caso a depreciação do real persistir", informou o banco em nota.

Para o banco japonês Nomura, as atuações do BC levam a crer que o padrão de equilíbrio da moeda, após esse movimento de "overshooting", está ao redor de 2,30 reais. "Acreditamos que o patamar está ao redor de 2,30, um nível que o BC já defendeu", afirmou o diretor de pesquisa para mercados emergentes da instituição, Tony Volpon.

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