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Dólar cai 0,38% ante real em busca de equilíbrio

Moeda busca um patamar de equilíbrio em meio à expectativa com a redução do estímulo monetário do Fed e incertezas quanto a ataque à Síria

Dólar: investidores estão mais cautelosos de fazer grandes apostas, deixando o mercado com pouco volume nesta quarta-feira (Getty Images)
DR

Da Redação

Publicado em 4 de setembro de 2013 às 12h24.

São Paulo - O dólar operava em queda em relação ao real nesta quarta-feira, buscando um patamar de equilíbrio em meio à expectativa com a redução do estímulo monetário do Federal Reserve, as incertezas com um possível ataque militar iminente à Síria e o programa diário de intervenção do Banco Central.

Às 12h03, o dólar recuava 0,38 por cento, a 2,3520 reais na venda. O volume de negociação estava em pouco mais de 388 milhões de dólares, segundo dados da BM&F.

"Na verdade existe um viés altista do dólar e agora o movimento é errático", disse o economista-chefe da corretora BGC Liquidez, Alfredo Barbutti.

Diante das diversas incertezas internas e externas, investidores estão mais cautelosos de fazer grandes apostas, deixando o mercado com pouco volume nesta quarta-feira.

"O mercado está mais para o medo do que para a alegria, trabalhando mais preocupado em perder menos", afirmou o gerente de câmbio da Treviso Corretora, Reginaldo Galhardo, para quem o dólar deve permanecer no patamar entre 2,35 reais e 2,40 reais.

Segundo pesquisa da Reuters, o dólar deve se acomodar nos próximos três meses ante o real, com uma ligeira tendência de queda em meio ao programa de intervenções do Banco Central.

A moeda dos Estados Unidos deve ser cotada a 2,35 reais no final de novembro, um pouco mais baixo do que o fechamento de terça-feira em torno de 2,36 reais, de acordo com a mediana das projeções.


Os investidores também continuavam atentos à possibilidade de o programa que injeta 85 bilhões de dólares mensais na economia dos Estados Unidos seja reduzido neste mês pelo Fed, o que pode comprometer a liquidez nos mercados internacionais.

Às 15h (horário de Brasília), o Fed divulgará o Livro Bege, documento que mostra avaliações sobre a economia norte-americana e pode corroborar a visão de que a atividade está se recuperando, abrindo espaço para o estímulo monetário ser reduzido.

Outro fator de incerteza a no mercado externo é a perspectiva de ação militar liderada pelos EUA na Síria. Mais cedo o presidente norte-americano, Barack Obama, disse que a credibilidade da comunidade internacional está em jogo com a necessidade de responder ao ataque químico na Síria. "A minha credibilidade não está em jogo. A credibilidade da comunidade internacional está em jogo", disse Obama em entrevista a jornalistas na Suécia.

Em meio a este cenário externo mais turbulento, o BC deu sequência às intervenções diárias logo no início da sessão. A autoridade monetária vendeu a oferta total de contratos de swap cambial tradicional --equivalente a venda de dólares no mercado futuro--com vencimento em 2 de dezembro de 2013. O volume financeiro equivalente do leilão foi de 498,4 milhões de dólares.

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São Paulo - O dólar operava em queda em relação ao real nesta quarta-feira, buscando um patamar de equilíbrio em meio à expectativa com a redução do estímulo monetário do Federal Reserve, as incertezas com um possível ataque militar iminente à Síria e o programa diário de intervenção do Banco Central.

Às 12h03, o dólar recuava 0,38 por cento, a 2,3520 reais na venda. O volume de negociação estava em pouco mais de 388 milhões de dólares, segundo dados da BM&F.

"Na verdade existe um viés altista do dólar e agora o movimento é errático", disse o economista-chefe da corretora BGC Liquidez, Alfredo Barbutti.

Diante das diversas incertezas internas e externas, investidores estão mais cautelosos de fazer grandes apostas, deixando o mercado com pouco volume nesta quarta-feira.

"O mercado está mais para o medo do que para a alegria, trabalhando mais preocupado em perder menos", afirmou o gerente de câmbio da Treviso Corretora, Reginaldo Galhardo, para quem o dólar deve permanecer no patamar entre 2,35 reais e 2,40 reais.

Segundo pesquisa da Reuters, o dólar deve se acomodar nos próximos três meses ante o real, com uma ligeira tendência de queda em meio ao programa de intervenções do Banco Central.

A moeda dos Estados Unidos deve ser cotada a 2,35 reais no final de novembro, um pouco mais baixo do que o fechamento de terça-feira em torno de 2,36 reais, de acordo com a mediana das projeções.


Os investidores também continuavam atentos à possibilidade de o programa que injeta 85 bilhões de dólares mensais na economia dos Estados Unidos seja reduzido neste mês pelo Fed, o que pode comprometer a liquidez nos mercados internacionais.

Às 15h (horário de Brasília), o Fed divulgará o Livro Bege, documento que mostra avaliações sobre a economia norte-americana e pode corroborar a visão de que a atividade está se recuperando, abrindo espaço para o estímulo monetário ser reduzido.

Outro fator de incerteza a no mercado externo é a perspectiva de ação militar liderada pelos EUA na Síria. Mais cedo o presidente norte-americano, Barack Obama, disse que a credibilidade da comunidade internacional está em jogo com a necessidade de responder ao ataque químico na Síria. "A minha credibilidade não está em jogo. A credibilidade da comunidade internacional está em jogo", disse Obama em entrevista a jornalistas na Suécia.

Em meio a este cenário externo mais turbulento, o BC deu sequência às intervenções diárias logo no início da sessão. A autoridade monetária vendeu a oferta total de contratos de swap cambial tradicional --equivalente a venda de dólares no mercado futuro--com vencimento em 2 de dezembro de 2013. O volume financeiro equivalente do leilão foi de 498,4 milhões de dólares.

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