Dólar anula perdas e fecha a R$3,2, em alta de 0,72%
O dólar subiu 0,72%, para 3,2045 reais na venda. Na mínima da sessão, a moeda norte-americana marcou 3,1645 reais
Da Redação
Publicado em 14 de outubro de 2016 às 19h01.
São Paulo - O dólar fechou em alta ante o real nesta sexta-feira, puxado por fluxo comprador por parte de investidores, sobretudo estrangeiros, que aproveitaram os preços atrativos após a moeda norte-americana a ser negociada a 3,16 reais pela manhã.
O dólar fechou em alta de 0,72 por cento, a 3,2045 reais na venda. Na mínima da sessão, a moeda norte-americana marcou 3,1645 reais. Na semana, a moeda norte-americana acumulou queda de 0,38 por cento.
"Empresas aproveitaram os preços baixos e compraram para honrar compromissos no exterior", comentou o gerente de câmbio da corretora Fair, Mário Battistel.
Operações de day-trade também ajudaram a pressionar a moeda, tirando o dólar da trajetória de queda da primeira etapa do pregão.
"Algumas Tesourarias de bancos estão fazendo operações intradia, vendendo moeda a um preço mais elevado e aproveitando para recomprar quando chegam num preço mais baixo", explicou pela manhã o diretor da Fourtrade Corretora, Luiz Carlos Baldan.
Os estrangeiros se destacaram nas compras, principalmente no período da tarde, e impediram a divisa norte-americana de retomar a trajetória de baixa, embora o dólar tenha reduzido pontualmente a alta ante o real com a fala da chair do Federal Reserve, Janet Yellen.
Entre outras coisas, ela disse que política de alta pressão pode ser necessária para total recuperação da economia norte-americana da crise e que mais estudos são necessários sobre como as condições do mercado de trabalho afetam inflação.
"De manhã, o presidente do Fed de Boston (Eric Rosengren) defendeu alta dos juros em dezembro. Agora, a Yellen sinaliza que não sabe se é bom momento de decidir isso", comentou o diretor de mesa de câmbio da Multi-Money, Durval Correa.
Rosengren disse que os investidores provavelmente estão certos em precificar como "muito altas" as chances que de uma elevação dos juros nos EUA em dezembro.
Antes do almoço, o dólar cedeu ante o real influenciado pelo recuo da moeda ante divisas emergentes no exterior, operações intradia e otimismo gerado com a perspectiva de corte de juros na próxima semana pelo Banco Central brasileiro.
A redução do preço dos combustíveis anunciada nesta sexta-feira pela Petrobras fez com que aumentassem as apostas de um corte de 0,50 ponto percentual na Selic no encontro do Comitê de Política Monetária (Copom) da próxima semana.
"Mesmo com um corte maior do juro, a taxa brasileira seguirá muito elevada. E a evolução na questão fiscal somada à leitura de que um corte de juros decorrerá de melhoras na economia brasileira proporciona maior confiança para o investidor trazer recursos para o Brasil, derrubando o preço a moeda", afirmou um operador sênior de uma corretora nacional.
O Banco Central vendeu nesta manhã todo o lote de 5 mil contratos de swap cambial reverso --equivalente à compra futura de dólares.
Texto atualizado às 18h01
São Paulo - O dólar fechou em alta ante o real nesta sexta-feira, puxado por fluxo comprador por parte de investidores, sobretudo estrangeiros, que aproveitaram os preços atrativos após a moeda norte-americana a ser negociada a 3,16 reais pela manhã.
O dólar fechou em alta de 0,72 por cento, a 3,2045 reais na venda. Na mínima da sessão, a moeda norte-americana marcou 3,1645 reais. Na semana, a moeda norte-americana acumulou queda de 0,38 por cento.
"Empresas aproveitaram os preços baixos e compraram para honrar compromissos no exterior", comentou o gerente de câmbio da corretora Fair, Mário Battistel.
Operações de day-trade também ajudaram a pressionar a moeda, tirando o dólar da trajetória de queda da primeira etapa do pregão.
"Algumas Tesourarias de bancos estão fazendo operações intradia, vendendo moeda a um preço mais elevado e aproveitando para recomprar quando chegam num preço mais baixo", explicou pela manhã o diretor da Fourtrade Corretora, Luiz Carlos Baldan.
Os estrangeiros se destacaram nas compras, principalmente no período da tarde, e impediram a divisa norte-americana de retomar a trajetória de baixa, embora o dólar tenha reduzido pontualmente a alta ante o real com a fala da chair do Federal Reserve, Janet Yellen.
Entre outras coisas, ela disse que política de alta pressão pode ser necessária para total recuperação da economia norte-americana da crise e que mais estudos são necessários sobre como as condições do mercado de trabalho afetam inflação.
"De manhã, o presidente do Fed de Boston (Eric Rosengren) defendeu alta dos juros em dezembro. Agora, a Yellen sinaliza que não sabe se é bom momento de decidir isso", comentou o diretor de mesa de câmbio da Multi-Money, Durval Correa.
Rosengren disse que os investidores provavelmente estão certos em precificar como "muito altas" as chances que de uma elevação dos juros nos EUA em dezembro.
Antes do almoço, o dólar cedeu ante o real influenciado pelo recuo da moeda ante divisas emergentes no exterior, operações intradia e otimismo gerado com a perspectiva de corte de juros na próxima semana pelo Banco Central brasileiro.
A redução do preço dos combustíveis anunciada nesta sexta-feira pela Petrobras fez com que aumentassem as apostas de um corte de 0,50 ponto percentual na Selic no encontro do Comitê de Política Monetária (Copom) da próxima semana.
"Mesmo com um corte maior do juro, a taxa brasileira seguirá muito elevada. E a evolução na questão fiscal somada à leitura de que um corte de juros decorrerá de melhoras na economia brasileira proporciona maior confiança para o investidor trazer recursos para o Brasil, derrubando o preço a moeda", afirmou um operador sênior de uma corretora nacional.
O Banco Central vendeu nesta manhã todo o lote de 5 mil contratos de swap cambial reverso --equivalente à compra futura de dólares.
Texto atualizado às 18h01