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Dólar ajusta para baixo com mercado menos apreensivo

São Paulo - O dólar recuava ante o real nesta terça-feira, com investidores dando uma pausa nas compras da moeda após a alta superior a 1 por cento da véspera, em meio a um cenário externo com menor aversão a risco. Às 11h13, a taxa de câmbuio cedia 0,38 por cento, a 1,576 real na […]

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Da Redação

Publicado em 12 de julho de 2011 às 11h26.

São Paulo - O dólar recuava ante o real nesta terça-feira, com investidores dando uma pausa nas compras da moeda após a alta superior a 1 por cento da véspera, em meio a um cenário externo com menor aversão a risco.

Às 11h13, a taxa de câmbuio cedia 0,38 por cento, a 1,576 real na venda.

No mesmo horário, o dólar tinha variação positiva de 0,12 por cento ante uma cesta de divisas.

"O mercado está mais tranquilo. Depois daquela turbulência de ontem, a demanda por dólares está menor", comentou José Roberto Carreira, gerente de câmbio da Fair Corretora.

Na véspera, o mau humor generalizado entre investidores globais levou o dólar a subir 1,09 por cento, ao mesmo tempo em que as bolsas de valores globais registraram fortes quedas.

O motivo para a apreensão foram as preocupações com a crise de dívida na zona do euro, com investidores temendo que os problemas na Grécia já tenham contaminado economias maiores, como a Itália.

Os líderes da União Europeia devem realizar uma cúpula emergencial, depois de os ministros das Finanças da região reconhecerem pela primeira vez que algum forma de moratória da dívida grega possa ser necessária para reduzir a dívida do país e interromper o contágio de Itália e Espanha.

No Brasil, os agentes também digeriam com mais calma as mudanças no recolhimento compulsório sobre posições vendidas de bancos, anunciadas pelo Banco Central no final da semana passada e que foram repercutidas na segunda-feira.

"Até chegou a pegar no mercado ontem, mas hoje eles (os bancos) estão pensando melhor e vendo que na verdade isso não é um grande problema. Eles estão pegando os dólares que entram no país e usam para cobrir essa posição, e como são muitos dólares ingressando, eles (os bancos) não têm preocupação em não ter recursos para corrigir suas posições", comentou Carreira.

Segundo a medida, fica determinado o recolhimento de depósito compulsório sobre a posição vendida dos bancos que exceder 1 bilhão de dólares ou o patrimônio de referência da instituição. Desde abril esse compulsório era recolhido sobre posição superior a 3 bilhões de dólares.

O limite mais rígido sobre as posições vendidas dos bancos no mercado à vista atingiu o cupom cambial na véspera, com o contrato mais curto do FRA (forward rate agreement) de cupom chegando a disparar mais de 20 por cento na véspera.

Nesta sessão, contudo, o FRA de cupom mais curto devolvia parte do exagero da véspera, recuando quase 7 por cento.

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