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Dólar abre em queda sob preocupação na Itália

No exterior, o dólar norte-americano subia ante as moedas emergentes correlacionadas com commodities

Às 9h25, na BM&F Bovespa, o contrato futuro do dólar com vencimento em março tinha baixa de 0,13%, cotado a R$ 1,9815 (Marcos Santos/USP Imagens)
DR

Da Redação

Publicado em 27 de fevereiro de 2013 às 09h59.

São Paulo - O dólar ganha terreno ante as principais moedas rivais no exterior, diante da inquietação dos investidores com o cenário político na Itália, mas a moeda norte-americana abriu com um viés de baixa em relação ao real.

Depois de encerrar a sessão de terça-feira (26) no maior patamar desde o início de fevereiro, a cotação do dólar no balcão se afasta de R$ 2,00, pressionada por fatores técnicos em meio à proximidade do fechamento da Ptax de fim de mês e dos vencimentos de posições em câmbio em março.

Às 9h25, na BM&F Bovespa, o contrato futuro do dólar com vencimento em março tinha baixa de 0,13%, cotado a R$ 1,9815. No mesmo horário, no mercado de balcão, o dólar à vista caía 0,20%, valendo R$ 1,980.

No exterior, o dólar norte-americano subia ante as moedas emergentes correlacionadas com commodities, como os dólares australiano e neozelandês, ao passo que o euro subia a US$ 1,3106, de US$ 1,3061 no fim da tarde de terça-feira (26) em Nova York.

A moeda única europeia ensaia uma recuperação, em linha com a correção técnica exibida pelos principais mercados acionários da região, mas as incertezas após o resultado inconclusivo das eleições gerais italianos inibem o movimento.

Em contrapartida, os comentários de terça-feira 926) do presidente do Federal Reserve, Ben Bernanke, reiterando o compromisso de manter a política monetária frouxa traz certo alento. Nesta quarta-feira, Bernanke volta a depor no Congresso, desta vez, na Câmara.


Operadores consultados pela Agência Estado dizem que o ambiente global ainda é de certa aversão ao risco, com a questão na Itália e o impasse sobre a entrada automática de cortes orçamentários nas contas do governo dos Estados Unidos a partir de sexta-feira (01/03) deixando os investidores nervosos.

Com isso, os profissionais do mercado de câmbio voltam a citar a possibilidade de o BC atuar - desta vez para evitar uma valorização maior do dólar -, à medida que a moeda estrangeira se aproximar dos R$ 2,00. "Dependendo do desdobramento no cenário externo, pode haver espaço para buscar esse patamar", afirma um operador da mesa de câmbio de um banco.

Ele não descarta, contudo, que poderia haver obstáculos no caminho, diante do interesse dividido dos investidores na queda ou na alta do dólar. "Cada um vai defender sua posição", diz.

Dados mostram que bancos e investidores estrangeiros estão apostando no recuo do dólar no mercado futuro e tentam derrubar o dólar à vista, a fim de enfraquecer a taxa Ptax diária diante da proximidade da virada de mês e de interesses técnicos na liquidação dos vencimentos de posições em câmbio em 1º de março. Contudo, a aversão ao risco tenderia a puxar essa taxa para cima.

Também internamente, as atenções seguem voltadas para Nova York, onde o ministro da Fazenda, Guido Mantega, dá sequência ao roadshow a investidores e empresário em Nova York sobre as oportunidades de investimentos no Brasil. Na agenda do dia, às 10h30, o Banco Central publica a nota de política fiscal, com o resultado do primário consolidado.

Nesta quarta-feira, a Fundação Getulio Vargas (FGV) informou que o Índice Geral de Preços - Mercado (IGP-M) desacelerou em fevereiro para 0,29%, de +0,34% em janeiro. O resultado ficou abaixo da mediana das expectativas coletadas pelo AE Projeções, de 0,35%, mas dentro do intervalo previsto.

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Às 9h25, na BM&F Bovespa, o contrato futuro do dólar com vencimento em março tinha baixa de 0,13%, cotado a R$ 1,9815. No mesmo horário, no mercado de balcão, o dólar à vista caía 0,20%, valendo R$ 1,980.

No exterior, o dólar norte-americano subia ante as moedas emergentes correlacionadas com commodities, como os dólares australiano e neozelandês, ao passo que o euro subia a US$ 1,3106, de US$ 1,3061 no fim da tarde de terça-feira (26) em Nova York.

A moeda única europeia ensaia uma recuperação, em linha com a correção técnica exibida pelos principais mercados acionários da região, mas as incertezas após o resultado inconclusivo das eleições gerais italianos inibem o movimento.

Em contrapartida, os comentários de terça-feira 926) do presidente do Federal Reserve, Ben Bernanke, reiterando o compromisso de manter a política monetária frouxa traz certo alento. Nesta quarta-feira, Bernanke volta a depor no Congresso, desta vez, na Câmara.


Operadores consultados pela Agência Estado dizem que o ambiente global ainda é de certa aversão ao risco, com a questão na Itália e o impasse sobre a entrada automática de cortes orçamentários nas contas do governo dos Estados Unidos a partir de sexta-feira (01/03) deixando os investidores nervosos.

Com isso, os profissionais do mercado de câmbio voltam a citar a possibilidade de o BC atuar - desta vez para evitar uma valorização maior do dólar -, à medida que a moeda estrangeira se aproximar dos R$ 2,00. "Dependendo do desdobramento no cenário externo, pode haver espaço para buscar esse patamar", afirma um operador da mesa de câmbio de um banco.

Ele não descarta, contudo, que poderia haver obstáculos no caminho, diante do interesse dividido dos investidores na queda ou na alta do dólar. "Cada um vai defender sua posição", diz.

Dados mostram que bancos e investidores estrangeiros estão apostando no recuo do dólar no mercado futuro e tentam derrubar o dólar à vista, a fim de enfraquecer a taxa Ptax diária diante da proximidade da virada de mês e de interesses técnicos na liquidação dos vencimentos de posições em câmbio em 1º de março. Contudo, a aversão ao risco tenderia a puxar essa taxa para cima.

Também internamente, as atenções seguem voltadas para Nova York, onde o ministro da Fazenda, Guido Mantega, dá sequência ao roadshow a investidores e empresário em Nova York sobre as oportunidades de investimentos no Brasil. Na agenda do dia, às 10h30, o Banco Central publica a nota de política fiscal, com o resultado do primário consolidado.

Nesta quarta-feira, a Fundação Getulio Vargas (FGV) informou que o Índice Geral de Preços - Mercado (IGP-M) desacelerou em fevereiro para 0,29%, de +0,34% em janeiro. O resultado ficou abaixo da mediana das expectativas coletadas pelo AE Projeções, de 0,35%, mas dentro do intervalo previsto.

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