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Dólar abre em forte alta ainda sob efeito de crise política

A moeda americana abriu cotada acima de R$ 3,15

Dólar: às 9h22, no mercado de balcão, o dólar à vista valia R$ 3,1530 (+0,96%), na cotação mínima do dia (Arquivo/Agência Brasil)
DR

Da Redação

Publicado em 10 de março de 2015 às 10h18.

São Paulo - Um dia após encerrar no maior nível desde 28 de junho de 2004, o dólar segue em alta ante o real, ao abrir cotado acima de R$ 3,15 nesta terça-feira, 10, em linha com o viés positivo da moeda norte-americana no exterior.

Contudo, os investidores também encontram espaço para realizar lucros, o que afasta o câmbio das máximas do dia. O foco interno continua nos desdobramentos da crise política.

Às 9h22, no mercado de balcão, o dólar à vista valia R$ 3,1530 (+0,96%), na cotação mínima do dia, depois de abrir em forte alta, de 1,44%, a R$ 3,1680.

No mercado futuro, o dólar para abril era cotado a R$ 3,1785 (+1,07%), após uma abertura em R$ 3,1900 (+1,43%).

Os fatores políticos continuam norteando os mercados domésticos, sendo que os negócios com dólar também repercutem a entrevista concedida pelo ministro da Fazenda, Joaquim Levy, ao jornal O Globo, por e-mail.

Ele avaliou que a recente valorização do dólar é resultado de um fenômeno mundial e disse que a volatilidade cambial dos últimos dias não deve ser repassada à inflação.

Quanto à necessidade do ajuste fiscal, o titular da Fazenda afirmou acreditar que "a grande maioria das pessoas entende que sem o equilíbrio fiscal não vamos crescer".

Nesse sentido, a presidente Dilma deve apresentar ainda pela manhã uma nova proposta em relação ao reajuste da tabela do imposto de renda.

Na segunda-feira,9, em jantar com líderes do PT na Câmara e no Senado, ela pediu ajuda na aprovação das medidas de ajuste fiscal no Congresso e, segundo relatos dos presentes, admitiu que "vai ser uma proposta boa" com um novo índice de correção do IRPF.

Porém, tal iniciativa tem forte impacto orçamentário e tende a realimentar incertezas em relação ao cumprimento da meta fiscal.

Com esse risco político, os escândalos de corrupção na Petrobras e a capacidade do governo para promover o ajuste fiscal tendem a manter o nervosismo nos negócios.

Já no exterior, a divergência entre as políticas monetárias nos Estados Unidos e na zona do euro eleva a pressão entre as bolsas e impulsiona o dólar, sendo que o euro já é cotado na casa de US$ 1,07, com os investidores já na expectativa pela reunião dos dias 17 e de 18 de março do Federal Reserve.

Para o estrategista do Société Générale, Bernd Berg, o real brasileiro e o peso mexicano, estão entre as moedas mais sensíveis a uma mudança na política monetária do Fed, bem como aquelas dependentes de fluxos de entrada de capital de curto prazo, como a lira turca e o rand sul-africano.

Na agenda doméstica do dia, destaque para as alterações na agenda de Levy. O ministro da Fazenda recebe, às 11 horas, o presidente do Senado, senador Renan Calheiros (PMDB-AL). Às 12 horas, Levy reúne-se com o economista Raul Velloso.

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São Paulo - Um dia após encerrar no maior nível desde 28 de junho de 2004, o dólar segue em alta ante o real, ao abrir cotado acima de R$ 3,15 nesta terça-feira, 10, em linha com o viés positivo da moeda norte-americana no exterior.

Contudo, os investidores também encontram espaço para realizar lucros, o que afasta o câmbio das máximas do dia. O foco interno continua nos desdobramentos da crise política.

Às 9h22, no mercado de balcão, o dólar à vista valia R$ 3,1530 (+0,96%), na cotação mínima do dia, depois de abrir em forte alta, de 1,44%, a R$ 3,1680.

No mercado futuro, o dólar para abril era cotado a R$ 3,1785 (+1,07%), após uma abertura em R$ 3,1900 (+1,43%).

Os fatores políticos continuam norteando os mercados domésticos, sendo que os negócios com dólar também repercutem a entrevista concedida pelo ministro da Fazenda, Joaquim Levy, ao jornal O Globo, por e-mail.

Ele avaliou que a recente valorização do dólar é resultado de um fenômeno mundial e disse que a volatilidade cambial dos últimos dias não deve ser repassada à inflação.

Quanto à necessidade do ajuste fiscal, o titular da Fazenda afirmou acreditar que "a grande maioria das pessoas entende que sem o equilíbrio fiscal não vamos crescer".

Nesse sentido, a presidente Dilma deve apresentar ainda pela manhã uma nova proposta em relação ao reajuste da tabela do imposto de renda.

Na segunda-feira,9, em jantar com líderes do PT na Câmara e no Senado, ela pediu ajuda na aprovação das medidas de ajuste fiscal no Congresso e, segundo relatos dos presentes, admitiu que "vai ser uma proposta boa" com um novo índice de correção do IRPF.

Porém, tal iniciativa tem forte impacto orçamentário e tende a realimentar incertezas em relação ao cumprimento da meta fiscal.

Com esse risco político, os escândalos de corrupção na Petrobras e a capacidade do governo para promover o ajuste fiscal tendem a manter o nervosismo nos negócios.

Já no exterior, a divergência entre as políticas monetárias nos Estados Unidos e na zona do euro eleva a pressão entre as bolsas e impulsiona o dólar, sendo que o euro já é cotado na casa de US$ 1,07, com os investidores já na expectativa pela reunião dos dias 17 e de 18 de março do Federal Reserve.

Para o estrategista do Société Générale, Bernd Berg, o real brasileiro e o peso mexicano, estão entre as moedas mais sensíveis a uma mudança na política monetária do Fed, bem como aquelas dependentes de fluxos de entrada de capital de curto prazo, como a lira turca e o rand sul-africano.

Na agenda doméstica do dia, destaque para as alterações na agenda de Levy. O ministro da Fazenda recebe, às 11 horas, o presidente do Senado, senador Renan Calheiros (PMDB-AL). Às 12 horas, Levy reúne-se com o economista Raul Velloso.

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