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Disputa EUA-China e segunda onda da covid-19 pesam nas bolsas

Após forte queda ontem nos EUA, índices fecharam em baixa na Ásia e abriram também negativos na Europa

Bolsa de Xangai: ações da China Evergrande despencam com temor de calote (Aly Song/Reuters)
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Da Redação

Publicado em 14 de maio de 2020 às 07h16.

Última atualização em 14 de maio de 2020 às 07h19.

A combinação de novas tensões comerciais entre China e Estados Unidos com um pessimismo sobre o fim da pandemia tem levado a dias de queda nas bolsas mundo afora. As bolsas asiáticas fecharam em queda nesta quinta-feira, com destaque para Tóquio, que encolheu 1,74%, e Hong Kong, que caiu 1,45%. Os principais índices europeus também abriram em baixa -- o FTSE caía 2,3% às 7h de Brasília.

Ontem, o Ibovespa fechou em leve queda, de 0,13%, e o dólar bateu novo recorde, a 5,90 reais. Analistas já projetam a moeda americana em mais de 6 reais nos próximos dias. A quarta-feira foi marcada por novo discurso de Jerome Powell, presidente do banco central americano, afirmando que novos estímulos podem ser necessários para atenuar os impactos econômicos da pandemia do coronavírus . Uma esperada indicação de juros negativos para estimular o investimento no país não se confirmou -- embora o banco Goldman Sachs afirme que uma nova onda de coronavírus deve fazer Powell repensar a estratégia. Relatório semanal a ser anunciado hoje deve mostrar que mais 3 milhões de trabalhadores dos Estados Unidos entraram com pedido de seguro desemprego, levando o total de pedidos para 33 milhões nas últimas semanas.

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Além disso, pesa negativamente um alerta da Organização Mundial da Saúde de que o vírus pode "nunca ir embora". Países que já pareciam ter vencido a doença, como China e Coreia do Sul, têm reportado novos casos nos últimos dias. Na América Latina, o Chile anunciou o início de lockdowns após um novo surto da pandemia. No Brasil, o prefeito de São Paulo, Bruno Covas, diz que o lockdown é uma possibilidade que segue sobre a mesa na medida em que a cidade não consegue elevar as taxas de isolamento para além de 50%.

 

Outro fator de tensão é a renovada troca de farpas entre o presidente americano, Donald Trump, e os chineses. No início da tarde de ontem, Trump usou sua conta no Twitter para, mais uma vez, responsabilizar a China pela pandemia de coronavírus covid-19. Na publicação, Trump afirma que nem “cem acordos comerciais fariam a diferença”. O índice S&P caiu 1,8% ontem. Os índices futuros das bolsas americanas estavam estáveis às 7h de Brasília, numa indicação que os operadores esperam por novas notícias sobre os rumos da pandemia -- e da guerra fria entre China e EUA.

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