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Discurso de Bolsonaro, véspera de Fed, rumor de reabertura na China e o que mais move o mercado

Bolsas sobem no exterior em meio à expectativa de redução do ritmo de alta de juros nos Estados Unidos até o fim do ano

Jair Bolsonaro: presidente deve falar sobre resultado das eleições nesta terça (EVARISTO SA/AFP/Getty Images)

Jair Bolsonaro: presidente deve falar sobre resultado das eleições nesta terça (EVARISTO SA/AFP/Getty Images)

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Guilherme Guilherme

Publicado em 1 de novembro de 2022 às 07h36.

Última atualização em 1 de novembro de 2022 às 08h03.

Desdobramentos das eleições seguem no radar do mercado. Investidores aguardam o pronunciamento do presidente Jair Bolsonaro, que se manteve calado desde sua derrota na disputa pela reeleição contra o ex-presidente Luiz Inácio Lula da Silva. A expectativa é de que Bolsonaro fale em público sobre o resultado das eleições pela primeira vez nesta terça-feira, 1. O mais provável é que não haja constestação, em linha com as declarações de políticos apoiadores, que respeitaram a vitória de Lula.

Na primeira declaração pública da família Bolsonaro, seu filho, coordenador da campanha e senador Flávio Bolsonaro agradeceu os votos e disse que o momento é de "levantar a cabeça", sem levantar qualquer dúvida sobre o processo eleitoral.

O menor risco de contestação tem sido digerido pelo mercado brasileiro, que na segunda-feira, 31, apresentou forte alta, na contramão de bolsas de Wall Street. Ações de estatais, porém, não passaram impunes, com o maior pessimismo sobre a lucratividade dessas companhias durante o governo petista. A Petrobras e o Banco do Brasil fecharam com respectivas quedas de 8,5% e 4,6%.

Decisão do Fed na quarta

Nesta terça, investidores se preparam para o último pregão antes da decisão do Federal Reserve (Fed) desta quarta-feira, 2. Isso porque a bolsa brasileira permanecerá fechada amanhã, devido ao feriado de Finados. O consenso é de que se confirme a quarta elevação de 0,75 ponto percentual, levando o juro do Fed para o intervalo entre 3,75% e 4%.

Tem crescido, porém, a expectativa de sinalizações sobre arrefecimento do ritmo de alta de juros nas próximas reuniões. Para a última decisão do ano, em dezembro, a aposta majoritária já é sobre um ajuste mais brando, de 0,5 p.p. para o intervalo entre 4,25% e 4,5%.

Projeções mais amenas para a política de juros do Fed alimentam o otimismo de investidores nesta manhã, com alta dos índices futuros dos Estados Unidos e das bolsas da Europa.

China: fim do covid zero?

Mas os grandes ganhos do mercado internacional foram registrados na Ásia. A bolsa de Hong Kong subiu mais de 5% nesta madrugada em meio a rumores de que a China estaria planejando um comitê para avaliar o abandono de sua política de tolerância zero à covid-19. A expectativa é de que o país passe a adotar políticas mais brandas para o controle da doença no país, contribuíndo para o crescimento econômico da região. A bolsa de Xangai subiu 2,62%.

Apesar das fortes altas registradas na Ásia, as informações sobre a criação de um comitê foi negada nesta manhã pelo porta-voz do Ministério de Relações Exteriores da China, Zhao Lijian. Em coletiva de imprensa, Lijian afirmou não estar "ciente sobre a situação", segundo a Reuters. Mesmo com a negativa do ministério, índices da região seguem em ritmo acelerado no mercado de futuros. 

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Desempenho dos indicadores às 7h30 (de Brasília):

  • Dow Jones futuro (Nova York): + 0,68%
  • S&P 500 futuro (Nova York): + 0,97%
  • Nasdaq futuro (Nova York): + 1,20%
  • DAX (Frankfurt): + 1,20%
  • CAC 40 (Paris): + 1,69%
  • FTSE 100 (Londres): + 1,58%
  • Stoxx 600 (Europa): + 1,33%
  • Hang Seng (Hong Kong): + 5,53%

Agenda de balanços

Mesmo com toda ebulição macroeconômica, a temporada de resultados do terceiro trimestre seguem a todo vapor no Brasil e no exterior. Por aqui, investidores devem reagir nesta terça aos balanços da Irani (RANI3), PetroRio (PRIO3) e RaiaDrogasil (RADL3) e Intelbras (INTB3) divulgados na última noite.

Nesta terça, Grupo SBF (SBFG3, da marca Centauro) e Vulcabras (VULC3, da Olympicus) apresentam seus balanços. Nos Estados Unidos, as atenções devem estar com os balanços da Uber, Pfizer, AMD, Eli Lilly e EA.

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