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Definição da taxa Ptax mantém dólar em queda ante o real

Os investidores devem aproveitar o debate sobre a política monetária brasileira para pressionar o dólar ainda mais para baixo ante o real

Por volta das 9h25, na BM&F Bovespa, o contrato futuro do dólar para março caía 0,20%, cotado a R$ 1,9695 (Alex Wong/Getty Images)
DR

Da Redação

Publicado em 28 de fevereiro de 2013 às 10h11.

São Paulo - A definição da taxa Ptax de fim de mês norteia os negócios com câmbio na manhã desta quinta-feira, visando a liquidação dos vencimentos cambiais em 1º de março.

Os investidores devem aproveitar o debate sobre a política monetária brasileira para pressionar o dólar ainda mais para baixo ante o real, ao mesmo tempo que a moeda norte-americana perde terreno no exterior em meio a declarações do presidente do Federal Reserve, Ben Bernanke, de manter os estímulos econômicos.

Mas, a expectativa pelos dados econômicos nos Estados Unidos e por um acordo que evite os cortes de gastos orçamentários do governo Obama pode trazer volatilidade aos mercados financeiros ao longo do dia.

Por volta das 9h25, na BM&F Bovespa, o contrato futuro do dólar para março caía 0,20%, cotado a R$ 1,9695. No mercado de balcão, o dólar à vista era cotado na mínima do dia, em baixa de 0,20%, valendo R$ 1,969, mesmo depois de já ter caído 0,55% na sessão de ontem, valendo R$ 1,973.

Profissionais das mesas de câmbio afirmam que o que dita o comportamento dos negócios domésticos até o início da tarde é a formação da taxa Ptax ao final de fevereiro, com os bancos e investidores estrangeiros tentando trazer o dólar ainda mais para baixo, em razão da posição vendida (aposta na queda) em derivativos cambiais no mercado futuro.

Soma-se à essa expectativa o discurso afinado da presidente Dilma Rousseff e de integrantes da equipe econômica e do Banco Central com relação ao compromisso de controlar a inflação e estimular o crescimento econômico. Essa percepção, afirmam os profissionais, abriria espaço para um real um pouco mais valorizado.


Porém, um operador de uma corretora paulista lembra que o dólar está no meio do caminho, entre a faixa de R$ 1,95 a R$ 2,00, o que poderia instigar eventuais intervenções do Banco Central no mercado cambial, caso a cotação se aproxima do piso ou do teto. Portanto, afirma ele, o "dólar não deve ir nem muito para cima, nem muito para baixo".

Outro operador, de uma tesouraria de banco, lembra que os mercados no exterior estão menos avessos ao risco, com os recentes compromissos dos presidentes dos bancos centrais dos Estados Unidos (Fed) e Europeu (BCE), Bernanke e Mario Draghi, de manter os estímulos econômicos e uma política monetária frouxa. No horário acima, o euro caía a US$ 1,3112, de US$ 1,3139 no fim da tarde de ontem. Já o dólar era cotado a 92,20 ienes, de 92,17 ienes na véspera.

Na agenda econômica do dia, a segunda leitura do Produto Interno Bruto (PIB) dos EUA no quarto trimestre de 2012 é o destaque. O dado sai às 10h30, quando também serão conhecidos os pedidos semanais de auxílio-desemprego feitos no país. Às 11h45, o ISM de Chicago informa o índice de atividade industrial em fevereiro e, às 13 horas, é a vez da unidade de Kansas City do Federal Reserve informar o índice regional de atividade, também referente a este mês.

Ainda no mesmo horário, o índice futuro do S&P 500 subia 0,16%, com os investidores alimentando esperança de um acordo de última hora para entrar que entre em vigor o corte automático de gastos, como o visto quando o problema era o abismo fiscal.

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Os investidores devem aproveitar o debate sobre a política monetária brasileira para pressionar o dólar ainda mais para baixo ante o real, ao mesmo tempo que a moeda norte-americana perde terreno no exterior em meio a declarações do presidente do Federal Reserve, Ben Bernanke, de manter os estímulos econômicos.

Mas, a expectativa pelos dados econômicos nos Estados Unidos e por um acordo que evite os cortes de gastos orçamentários do governo Obama pode trazer volatilidade aos mercados financeiros ao longo do dia.

Por volta das 9h25, na BM&F Bovespa, o contrato futuro do dólar para março caía 0,20%, cotado a R$ 1,9695. No mercado de balcão, o dólar à vista era cotado na mínima do dia, em baixa de 0,20%, valendo R$ 1,969, mesmo depois de já ter caído 0,55% na sessão de ontem, valendo R$ 1,973.

Profissionais das mesas de câmbio afirmam que o que dita o comportamento dos negócios domésticos até o início da tarde é a formação da taxa Ptax ao final de fevereiro, com os bancos e investidores estrangeiros tentando trazer o dólar ainda mais para baixo, em razão da posição vendida (aposta na queda) em derivativos cambiais no mercado futuro.

Soma-se à essa expectativa o discurso afinado da presidente Dilma Rousseff e de integrantes da equipe econômica e do Banco Central com relação ao compromisso de controlar a inflação e estimular o crescimento econômico. Essa percepção, afirmam os profissionais, abriria espaço para um real um pouco mais valorizado.


Porém, um operador de uma corretora paulista lembra que o dólar está no meio do caminho, entre a faixa de R$ 1,95 a R$ 2,00, o que poderia instigar eventuais intervenções do Banco Central no mercado cambial, caso a cotação se aproxima do piso ou do teto. Portanto, afirma ele, o "dólar não deve ir nem muito para cima, nem muito para baixo".

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Na agenda econômica do dia, a segunda leitura do Produto Interno Bruto (PIB) dos EUA no quarto trimestre de 2012 é o destaque. O dado sai às 10h30, quando também serão conhecidos os pedidos semanais de auxílio-desemprego feitos no país. Às 11h45, o ISM de Chicago informa o índice de atividade industrial em fevereiro e, às 13 horas, é a vez da unidade de Kansas City do Federal Reserve informar o índice regional de atividade, também referente a este mês.

Ainda no mesmo horário, o índice futuro do S&P 500 subia 0,16%, com os investidores alimentando esperança de um acordo de última hora para entrar que entre em vigor o corte automático de gastos, como o visto quando o problema era o abismo fiscal.

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