Dados econômicos na China e inflação no Brasil centram atenções
Temores sobre a desaceleração excessiva da atividade global devem manter o viés de cautela nos mercados globais; ata do Copom também é destaque na agenda interna
Da Redação
Publicado em 12 de junho de 2011 às 22h05.
São Paulo – A semana compreendida entre os dias 13 e 17 de junho reserva a divulgação de dados econômicos importantes, com maior atenção à agenda externa do que interna. Lá fora, cifras na China darão tom aos negócios no começo da semana, apesar de que indefinições na Europa e nos Estados Unidos também atraem os olhos dos investidores.
Dados de atividade econômica na China devem determinar na noite de segunda-feira (14) os rumos dos mercados, potencializando ou não os temores relacionados ao desaquecimento das economias ao redor do globo. “Após os números da balança comercial chinesa na semana anterior, que repercutiram negativamente no mercado, os indicadores de atividade econômica e inflação da China devem causar grande apreensão”, acredita a equipe de pesquisa da Coinvalores, liderada pelo analista Marco Aurélio Barbosa.
Notícias sobre o problemático caso da Grécia também continuarão no centro das atenções, com possibilidade de definições a respeito de um novo plano de ajuda financeira ao país. De acordo com Miriam Tavares, diretora de câmbio da AGK Corretora, “o ambiente de negócios deve seguir volátil e mesmo que os indicadores da semana permitam alguma recuperação, não se poderá falar ainda em uma trajetória sólida de alta”, prevê.
Miriam acredita que se não houver nenhuma surpresa negativa sobre a Grécia, “os preços dos ativos podem exibir alguma reação pontual ao longo da semana, principalmente se considerarmos o fraco desempenho recente que trouxeram o valor das ações para patamares bastante baixos, o que pode atrair os compradores”, complementa.
O Ibovespa, principal índice de ações do mercado brasileiro, fechou a última sexta-feira (10) com queda de 1,22%, aos 62.697,16 pontos, menor nível desde os 62.345,18 pontos registrados em 23 de maio. Na mínima, registrou 62.495 pontos (-1,53%) e, na máxima, 63.478 pontos (+0,02%). Na semana, o índice perdeu 2,55%. No mês, acumula baixa de 2,98% e, no ano, o recuo chega a 9,53%.
Brasil: inflação é destaque na agenda doméstica
Na quinta-feira (16), será divulgado o IPC-S, enquanto no dia seguinte (17) sairá o IPC-Fipe e o IGP-10. A projeção do Banco Fator, cuja equipe de pesquisa é liderada pela analista Lika Takahashi, é de que os indicadores devem apresentar desaceleração.
Ainda na cena interna está prevista a divulgação da ata da última reunião do Comitê de Política Monetária (Copom) do Banco Central (BC), prevista para quinta-feira. O mercado de juros deve reagir à divulgação do documento, que pode trazer sinais sobre a magnitude restante do aperto monetário.
Segundo a Tendências Consultoria, a ata do Copom não deve se comprometer com um encerramento próximo do ciclo de alta dos juros, mas os sinais combinando inflação corrente mais baixa e atividade doméstica e externa em desaceleração, devem segurar as taxas dos DIs.
Já o departamento de economia do Santander indica que o mercado acredita que a autoridade monetária seguirá elevando a taxa básica de juros (Selic), pelo menos na próxima reunião, a ser realizada em 20 de julho.
A intenção de implementar o ajuste por um “período suficientemente prolongado” aumenta a confiança de que a inflação cairá no futuro e com ela, as taxas de juros, estima o Santander. Vale lembrar que na última reunião do Copom, a autoridade monetária elevou a taxa Selic em 0,25 ponto percentual, para 12,25% ao ano.
Dados de inflação e atividade nos EUA; definição no BCE na Europa
Nos Estados Unidos, os investidores estarão de olho nos dados de inflação e atividade. O índice de preços ao produtor será publicado na terça-feira, enquanto a inflação ao consumidor será divulgada na quinta-feira.
“A inflação ao consumidor tem ficado elevada no índice cheio, porém o núcleo, apesar de ter aumentado nas últimas medições, continua num patamar historicamente baixo”, avalia o Banco Fator.
Em relação aos indicadores de atividade econômica, saem os dados de maio de vendas no varejo e produção industrial, previstos para terça e quarta-feira, respectivamente. Mas são os índices de atividade dos Feds regionais que chamam a atenção. Na quarta-feira será publicada a atividade de Nova York, enquanto a da Filadélfia será conhecida na quinta.
“Os dois índices recuaram na última medição, ajudando a sedimentar a percepção de que o crescimento americano está desacelerando. No entanto, para junho, a expectativa é de que eles subam levemente, permanecendo abaixo dos níveis vistos no começo do ano”, estima o Banco Fator.
No Velho Continente, a aprovação do sucessor de Jean-Claude Trichet, presidente do Banco Central Europeu (BCE), chama a atenção. A autoridade monetária apontou Mario Draghi, da Itália, como candidato. Ele deve ser sabatinado pelo parlamento europeu antes de assumir ao cargo.
Em entrevista, Trichet confirmou no início deste mês, após a decisão de manutenção da taxa de juros da Zona do Euro em 1,25% ao ano, a expectativa de elevação dos juros na reunião de julho.
São Paulo – A semana compreendida entre os dias 13 e 17 de junho reserva a divulgação de dados econômicos importantes, com maior atenção à agenda externa do que interna. Lá fora, cifras na China darão tom aos negócios no começo da semana, apesar de que indefinições na Europa e nos Estados Unidos também atraem os olhos dos investidores.
Dados de atividade econômica na China devem determinar na noite de segunda-feira (14) os rumos dos mercados, potencializando ou não os temores relacionados ao desaquecimento das economias ao redor do globo. “Após os números da balança comercial chinesa na semana anterior, que repercutiram negativamente no mercado, os indicadores de atividade econômica e inflação da China devem causar grande apreensão”, acredita a equipe de pesquisa da Coinvalores, liderada pelo analista Marco Aurélio Barbosa.
Notícias sobre o problemático caso da Grécia também continuarão no centro das atenções, com possibilidade de definições a respeito de um novo plano de ajuda financeira ao país. De acordo com Miriam Tavares, diretora de câmbio da AGK Corretora, “o ambiente de negócios deve seguir volátil e mesmo que os indicadores da semana permitam alguma recuperação, não se poderá falar ainda em uma trajetória sólida de alta”, prevê.
Miriam acredita que se não houver nenhuma surpresa negativa sobre a Grécia, “os preços dos ativos podem exibir alguma reação pontual ao longo da semana, principalmente se considerarmos o fraco desempenho recente que trouxeram o valor das ações para patamares bastante baixos, o que pode atrair os compradores”, complementa.
O Ibovespa, principal índice de ações do mercado brasileiro, fechou a última sexta-feira (10) com queda de 1,22%, aos 62.697,16 pontos, menor nível desde os 62.345,18 pontos registrados em 23 de maio. Na mínima, registrou 62.495 pontos (-1,53%) e, na máxima, 63.478 pontos (+0,02%). Na semana, o índice perdeu 2,55%. No mês, acumula baixa de 2,98% e, no ano, o recuo chega a 9,53%.
Brasil: inflação é destaque na agenda doméstica
Na quinta-feira (16), será divulgado o IPC-S, enquanto no dia seguinte (17) sairá o IPC-Fipe e o IGP-10. A projeção do Banco Fator, cuja equipe de pesquisa é liderada pela analista Lika Takahashi, é de que os indicadores devem apresentar desaceleração.
Ainda na cena interna está prevista a divulgação da ata da última reunião do Comitê de Política Monetária (Copom) do Banco Central (BC), prevista para quinta-feira. O mercado de juros deve reagir à divulgação do documento, que pode trazer sinais sobre a magnitude restante do aperto monetário.
Segundo a Tendências Consultoria, a ata do Copom não deve se comprometer com um encerramento próximo do ciclo de alta dos juros, mas os sinais combinando inflação corrente mais baixa e atividade doméstica e externa em desaceleração, devem segurar as taxas dos DIs.
Já o departamento de economia do Santander indica que o mercado acredita que a autoridade monetária seguirá elevando a taxa básica de juros (Selic), pelo menos na próxima reunião, a ser realizada em 20 de julho.
A intenção de implementar o ajuste por um “período suficientemente prolongado” aumenta a confiança de que a inflação cairá no futuro e com ela, as taxas de juros, estima o Santander. Vale lembrar que na última reunião do Copom, a autoridade monetária elevou a taxa Selic em 0,25 ponto percentual, para 12,25% ao ano.
Dados de inflação e atividade nos EUA; definição no BCE na Europa
Nos Estados Unidos, os investidores estarão de olho nos dados de inflação e atividade. O índice de preços ao produtor será publicado na terça-feira, enquanto a inflação ao consumidor será divulgada na quinta-feira.
“A inflação ao consumidor tem ficado elevada no índice cheio, porém o núcleo, apesar de ter aumentado nas últimas medições, continua num patamar historicamente baixo”, avalia o Banco Fator.
Em relação aos indicadores de atividade econômica, saem os dados de maio de vendas no varejo e produção industrial, previstos para terça e quarta-feira, respectivamente. Mas são os índices de atividade dos Feds regionais que chamam a atenção. Na quarta-feira será publicada a atividade de Nova York, enquanto a da Filadélfia será conhecida na quinta.
“Os dois índices recuaram na última medição, ajudando a sedimentar a percepção de que o crescimento americano está desacelerando. No entanto, para junho, a expectativa é de que eles subam levemente, permanecendo abaixo dos níveis vistos no começo do ano”, estima o Banco Fator.
No Velho Continente, a aprovação do sucessor de Jean-Claude Trichet, presidente do Banco Central Europeu (BCE), chama a atenção. A autoridade monetária apontou Mario Draghi, da Itália, como candidato. Ele deve ser sabatinado pelo parlamento europeu antes de assumir ao cargo.
Em entrevista, Trichet confirmou no início deste mês, após a decisão de manutenção da taxa de juros da Zona do Euro em 1,25% ao ano, a expectativa de elevação dos juros na reunião de julho.