Exame Logo

Dados da zona do euro arrastam bolsas para baixo

Os dados melhores que o esperado dos EUA divulgados nesta quarta-feira não foram suficientes para alavancar uma recuperação nas bolsas europeias

Bolsa de Paris: em Paris, o índice CAC-40 recuou 0,10% e fechou a 3.836,04 pontos. (Forestier/Getty Images)
DR

Da Redação

Publicado em 13 de junho de 2013 às 07h48.

Londres - A maioria das bolsas europeias fechou em queda nesta quarta-feira, reagindo a dados negativos da zona do euro e ao fraco resultado do leilão de títulos da Itália, que não atraiu a demanda esperada. As exceções foram as bolsas de Frankfurt e Lisboa, que apresentaram ligeiros ganhos. O índice pan-europeu Stoxx 600 encerrou a sessão com um leve recuo de 0,02%, aos 295,32 pontos.

O dia começou negativo com o anúncio da queda na produção industrial da zona do euro em janeiro, confirmando evidências recentes de que o setor manufatureiro teve um desempenho fraco no começo do primeiro trimestre. Dados da Eurostat, a agência oficial de estatísticas da União Europeia, mostram que a produção industrial da área que compartilha o euro caiu 0,4% em janeiro ante o mês anterior, revertendo parte do aumento de 0,9% verificado em dezembro. Na comparação anual, a indústria da zona do euro produziu 1,3% menos em janeiro que em igual mês do ano passado. O resultado veio bem abaixo das expectativas dos economistas, que previam uma queda mensal de 0,1% e um recuo anual de 2,0%.

Além disso, pesou sobre os índices europeus a fraca demanda pelos títulos italianos ofertados nesta quarta-feira em leilão. O Tesouro da Itália vendeu 6,993 bilhões de euros (US$ 9,11 bilhões) em bônus para 2015, 2017, 2018 e 2028, menos do que o máximo planejado de 7,25 bilhões de euros, segundo o banco central do país. O custo dos dois papéis mais curtos subiu em relação à oferta anterior, mas o do bônus para 2018 caiu. O papel para 2028 é de uma nova série.

Na terça-feira (12), o primeiro leilão de títulos italianos desde que o rating soberano do país foi rebaixado em um grau pela Fitch registrou o mais alto custo desde dezembro.


Os dados melhores que o esperado dos EUA divulgados nesta quarta-feira não foram suficientes para alavancar uma recuperação nas bolsas europeias, mas ajudaram alguns índices a reduzir as perdas. As vendas no varejo do país subiram 1,1% em fevereiro ante janeiro, resultado bem acima da previsão dos economistas, que esperavam alta de 0,6%. O ganho do mês passado foi o quarto consecutivo e o maior desde setembro. Na comparação anual, as vendas subiram 4,6% em fevereiro. Além disso, os estoques das empresas dos EUA subiram 1,0% em janeiro ante dezembro, também bem acima da previsão dos analistas, que era de aumento de 0,5%.

"As vendas mais fortes que o esperado no varejo motivaram a crença na recuperação dos EUA e ajudaram a aliviar ao mal-estar das bolsas", disse Matt Basi da CMC Markets. Nesse cenário, o índice FTSE-Mib da Bolsa de Milão apresentou o pior desempenho da sessão, pressionado pelo fraco resultado do leilão de bônus, perdendo 1,74% e fechando a 15.745,34 pontos.

Na Bolsa de Londres, o índice FTSE caiu 0,45%, encerrando a sessão a 6.481,50 pontos, após reduzir parte das perdas no fim da sessão. As ações da Prudential avançaram 9,3% após divulgar os resultados do último ano fiscal e anunciar aumento de dividendos. Por outro lado, esta foi mais uma sessão negativa para as mineradoras, com Evraz e Kazakhmys caindo 3,7% e 3,4%, respectivamente.

Já o índice DAX da Bolsa de Frankfurt registrou alta de 0,06%, fechando a 7.970,91 pontos. As ações do Commerzbank, segundo maior banco da Alemanha, despencaram 9,7% após a instituição anunciar um aumento de capital de 2,5 bilhões de euros.

Em Paris, o índice CAC-40 recuou 0,10% e fechou a 3.836,04 pontos. As ações da Legrand tiveram o maior recuo da sessão, caindo 3,3%, com a realização de lucros após os recentes ganhos. A Renault teve queda de 1,3% após um downgrade e apesar da definição de um acordo com os sindicatos para cortar 7.500 empregos e aumentar a jornada de trabalho para evitar o fechamento de fábricas.

O índice IBEX-35 da Bolsa de Madri teve queda de 0,40%, a 8.498,30 pontos. Já em Lisboa o PSI-20 registrou alta de 0,04%, a 6.066,66 pontos. As informações são da Dow Jones.

Veja também

Londres - A maioria das bolsas europeias fechou em queda nesta quarta-feira, reagindo a dados negativos da zona do euro e ao fraco resultado do leilão de títulos da Itália, que não atraiu a demanda esperada. As exceções foram as bolsas de Frankfurt e Lisboa, que apresentaram ligeiros ganhos. O índice pan-europeu Stoxx 600 encerrou a sessão com um leve recuo de 0,02%, aos 295,32 pontos.

O dia começou negativo com o anúncio da queda na produção industrial da zona do euro em janeiro, confirmando evidências recentes de que o setor manufatureiro teve um desempenho fraco no começo do primeiro trimestre. Dados da Eurostat, a agência oficial de estatísticas da União Europeia, mostram que a produção industrial da área que compartilha o euro caiu 0,4% em janeiro ante o mês anterior, revertendo parte do aumento de 0,9% verificado em dezembro. Na comparação anual, a indústria da zona do euro produziu 1,3% menos em janeiro que em igual mês do ano passado. O resultado veio bem abaixo das expectativas dos economistas, que previam uma queda mensal de 0,1% e um recuo anual de 2,0%.

Além disso, pesou sobre os índices europeus a fraca demanda pelos títulos italianos ofertados nesta quarta-feira em leilão. O Tesouro da Itália vendeu 6,993 bilhões de euros (US$ 9,11 bilhões) em bônus para 2015, 2017, 2018 e 2028, menos do que o máximo planejado de 7,25 bilhões de euros, segundo o banco central do país. O custo dos dois papéis mais curtos subiu em relação à oferta anterior, mas o do bônus para 2018 caiu. O papel para 2028 é de uma nova série.

Na terça-feira (12), o primeiro leilão de títulos italianos desde que o rating soberano do país foi rebaixado em um grau pela Fitch registrou o mais alto custo desde dezembro.


Os dados melhores que o esperado dos EUA divulgados nesta quarta-feira não foram suficientes para alavancar uma recuperação nas bolsas europeias, mas ajudaram alguns índices a reduzir as perdas. As vendas no varejo do país subiram 1,1% em fevereiro ante janeiro, resultado bem acima da previsão dos economistas, que esperavam alta de 0,6%. O ganho do mês passado foi o quarto consecutivo e o maior desde setembro. Na comparação anual, as vendas subiram 4,6% em fevereiro. Além disso, os estoques das empresas dos EUA subiram 1,0% em janeiro ante dezembro, também bem acima da previsão dos analistas, que era de aumento de 0,5%.

"As vendas mais fortes que o esperado no varejo motivaram a crença na recuperação dos EUA e ajudaram a aliviar ao mal-estar das bolsas", disse Matt Basi da CMC Markets. Nesse cenário, o índice FTSE-Mib da Bolsa de Milão apresentou o pior desempenho da sessão, pressionado pelo fraco resultado do leilão de bônus, perdendo 1,74% e fechando a 15.745,34 pontos.

Na Bolsa de Londres, o índice FTSE caiu 0,45%, encerrando a sessão a 6.481,50 pontos, após reduzir parte das perdas no fim da sessão. As ações da Prudential avançaram 9,3% após divulgar os resultados do último ano fiscal e anunciar aumento de dividendos. Por outro lado, esta foi mais uma sessão negativa para as mineradoras, com Evraz e Kazakhmys caindo 3,7% e 3,4%, respectivamente.

Já o índice DAX da Bolsa de Frankfurt registrou alta de 0,06%, fechando a 7.970,91 pontos. As ações do Commerzbank, segundo maior banco da Alemanha, despencaram 9,7% após a instituição anunciar um aumento de capital de 2,5 bilhões de euros.

Em Paris, o índice CAC-40 recuou 0,10% e fechou a 3.836,04 pontos. As ações da Legrand tiveram o maior recuo da sessão, caindo 3,3%, com a realização de lucros após os recentes ganhos. A Renault teve queda de 1,3% após um downgrade e apesar da definição de um acordo com os sindicatos para cortar 7.500 empregos e aumentar a jornada de trabalho para evitar o fechamento de fábricas.

O índice IBEX-35 da Bolsa de Madri teve queda de 0,40%, a 8.498,30 pontos. Já em Lisboa o PSI-20 registrou alta de 0,04%, a 6.066,66 pontos. As informações são da Dow Jones.

Acompanhe tudo sobre:Açõesbolsas-de-valoresFTSEMercado financeiro

Mais lidas

exame no whatsapp

Receba as noticias da Exame no seu WhatsApp

Inscreva-se

Mais de Mercados

Mais na Exame