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Dados da China acentuam inquietação nos mercados

Bovespa sofreu com o cenário externo e chegou a cair mais de 2% ao longo da sessão

Pregão da Bovespa (Divulgação/BM&FBovespa)
DR

Da Redação

Publicado em 10 de abril de 2012 às 19h25.

São Paulo - A preocupação com o ritmo da economia global, principalmente em relação à demanda chinesa, e temores em decorrência da atual situação da economia espanhola predominaram nesta terça-feira, levando as bolsas internacionais a terem mais um dia de queda.

O mercado europeu, que esteve fechado na véspera devido ao feriado de Páscoa, também refletiu os fracos números do mercado de trabalho dos Estados Unidos, divulgados na última sexta e que já haviam dado o tom nas demais bolsas internacionais. Com isso, as ações europeias atingiram nesta terça sua maior baixa em 10 semanas.

As bolsas norte-americanas, por sua vez, recuaram mais de 1 por cento, com Dow Jones e S&P 500, por exemplo, fechando em queda pelo quinto pregão consecutivo. A Bovespa também sofreu com o cenário externo e chegou a cair mais de 2 por cento ao longo da sessão. Com maior cautela e aversão ao risco, o dólar se valorizou.

Às 18h19, ante uma cesta de divisas, a moeda norte-americana tinha alta de 0,17 por cento. Ante o real, o dólar também subiu nesta terça, chegando a se valorizar mais de 1 por cento ao longo do pregão e fechando com ganho de 0,77 por cento, a 1,8330 real, a maior cotação desde 9 de janeiro deste ano.

Além da piora no ambiente externo, declarações do ministro da Fazenda, Guido Mantega, colaboraram para essa alta, ao indicarem que ainda podem ser adotadas pelo governo mais medidas em relação ao câmbio. O humor negativo refletiu ainda em uma queda dos juros futuros mais longos, o que reforça o cenário do Banco Central e deixa aberta a possibilidade de uma extensão do ciclo de redução da Selic.

Na ata da última reunião do Comitê de Política Monetária (Copom), o BC indicou que deve reduzir a Selic até 9 por cento ao ano, mas a curva de juros já indica que a taxa pode ficar abaixo desse patamar. Entre os indicadores que trouxeram preocupações aos investidores estão os números da balança comercial chinesa, que, apesar de ter tido um bom superávit, mostrou desaceleração das importações, levantando dúvidas sobre a demanda do país.

Já na Espanha, mesmo com medidas de austeridade, os bancos podem precisar de mais capital se a economia se deteriorar, afirmou o presidente do banco central do país nesta terça.

Enquanto isso, na Alemanha foram divulgados dados da balança comercial, que mostrou alta nas exportações, mas queda do superávit comercial. Já no cenário interno brasileiro, indicador divulgado pela Confederação Nacional da Indústria (CNI) não trouxe notícias positivas, já que a capacidade instalada caiu para 82,1 por cento, mostrando que o setor ainda não atravessa uma boa fase.

Nesta quarta, o destaque na agenda externa é o Livro Bege, elaborado pelo Federal Reserve (banco central norte-americano) e que apresenta um relatório sobre a situação econômica do país. O conteúdo será divulgado às 15h (Brasília), mesmo horário em que os EUA divulgam os números do seu orçamento federal em março.

Também em território norte-americano será anunciado o indicador de preços de importados, também relativo ao mês passado. A Alemanha, por sua vez, prevê a liberação do índice de preços no atacado de março. No Brasil, serão divulgados indicadores de inflação, como o IPC-Fipe da primeira quadrissemana, e a primeira prévia do IGP-M.

Ainda no mercado doméstico, o fluxo cambial semanal será anunciado, além da sondagem do comércio referente ao mês passado.


Veja como ficaram os principais indicadores financeiros nesta terça-feira:

CÂMBIO - O dólar fechou a 1,8330 real, em alta de 0,77 por cento frente ao fechamento anterior.

BOVESPA - O Ibovespa caiu 1,88 por cento, para 61.738 pontos. O volume financeiro na bolsa foi de 7,43 bilhões de reais.

ADRs BRASILEIROS - O índice dos principais ADRs brasileiros caiu 1,68 por cento, a 31.703 pontos.

JUROS - No call das 16h, o DI janeiro de 2014 apontava 9,150 por cento ao ano, ante 9,180 por cento no ajuste anterior.

EURO - Às 18h35, a moeda comum europeia era cotada a 1,3082 dólar, ante 1,3100 dólar no fechamento anterior nas operações norte-americanas.

GLOBAL 40 - O título de referência dos mercados emergentes, o Global 40, subia para 132,250 por cento do valor de face, oferecendo rendimento de 1,143 por cento ao ano.

RISCO-PAÍS - O risco Brasil caía 2 pontos, para 193 pontos-básicos. O EMBI+ avançava 4 pontos, a 342 pontos-básicos.

BOLSAS DOS EUA - O índice Dow Jones fechou em queda de 1,65 por cento, a 12.715 pontos, o S&P 500 registrou desvalorização de 1,71 por cento, a 1.358 pontos, e o Nasdaq perdeu 1,83 por cento, aos 2.991 pontos.

PETRÓLEO - Na Nymex, o contrato de petróleo mais curto caiu 1,44 dólar, ou 1,41 por cento, a 101,02 dólares por barril.

TREASURIES DE 10 ANOS - O preço dos títulos do Tesouro norte-americano de 10 anos, referência do mercado, subia, oferecendo rendimento de 1,985 por cento, frente a 2,047 por cento no fechamento anterior.

São Paulo - A preocupação com o ritmo da economia global, principalmente em relação à demanda chinesa, e temores em decorrência da atual situação da economia espanhola predominaram nesta terça-feira, levando as bolsas internacionais a terem mais um dia de queda.

O mercado europeu, que esteve fechado na véspera devido ao feriado de Páscoa, também refletiu os fracos números do mercado de trabalho dos Estados Unidos, divulgados na última sexta e que já haviam dado o tom nas demais bolsas internacionais. Com isso, as ações europeias atingiram nesta terça sua maior baixa em 10 semanas.

As bolsas norte-americanas, por sua vez, recuaram mais de 1 por cento, com Dow Jones e S&P 500, por exemplo, fechando em queda pelo quinto pregão consecutivo. A Bovespa também sofreu com o cenário externo e chegou a cair mais de 2 por cento ao longo da sessão. Com maior cautela e aversão ao risco, o dólar se valorizou.

Às 18h19, ante uma cesta de divisas, a moeda norte-americana tinha alta de 0,17 por cento. Ante o real, o dólar também subiu nesta terça, chegando a se valorizar mais de 1 por cento ao longo do pregão e fechando com ganho de 0,77 por cento, a 1,8330 real, a maior cotação desde 9 de janeiro deste ano.

Além da piora no ambiente externo, declarações do ministro da Fazenda, Guido Mantega, colaboraram para essa alta, ao indicarem que ainda podem ser adotadas pelo governo mais medidas em relação ao câmbio. O humor negativo refletiu ainda em uma queda dos juros futuros mais longos, o que reforça o cenário do Banco Central e deixa aberta a possibilidade de uma extensão do ciclo de redução da Selic.

Na ata da última reunião do Comitê de Política Monetária (Copom), o BC indicou que deve reduzir a Selic até 9 por cento ao ano, mas a curva de juros já indica que a taxa pode ficar abaixo desse patamar. Entre os indicadores que trouxeram preocupações aos investidores estão os números da balança comercial chinesa, que, apesar de ter tido um bom superávit, mostrou desaceleração das importações, levantando dúvidas sobre a demanda do país.

Já na Espanha, mesmo com medidas de austeridade, os bancos podem precisar de mais capital se a economia se deteriorar, afirmou o presidente do banco central do país nesta terça.

Enquanto isso, na Alemanha foram divulgados dados da balança comercial, que mostrou alta nas exportações, mas queda do superávit comercial. Já no cenário interno brasileiro, indicador divulgado pela Confederação Nacional da Indústria (CNI) não trouxe notícias positivas, já que a capacidade instalada caiu para 82,1 por cento, mostrando que o setor ainda não atravessa uma boa fase.

Nesta quarta, o destaque na agenda externa é o Livro Bege, elaborado pelo Federal Reserve (banco central norte-americano) e que apresenta um relatório sobre a situação econômica do país. O conteúdo será divulgado às 15h (Brasília), mesmo horário em que os EUA divulgam os números do seu orçamento federal em março.

Também em território norte-americano será anunciado o indicador de preços de importados, também relativo ao mês passado. A Alemanha, por sua vez, prevê a liberação do índice de preços no atacado de março. No Brasil, serão divulgados indicadores de inflação, como o IPC-Fipe da primeira quadrissemana, e a primeira prévia do IGP-M.

Ainda no mercado doméstico, o fluxo cambial semanal será anunciado, além da sondagem do comércio referente ao mês passado.


Veja como ficaram os principais indicadores financeiros nesta terça-feira:

CÂMBIO - O dólar fechou a 1,8330 real, em alta de 0,77 por cento frente ao fechamento anterior.

BOVESPA - O Ibovespa caiu 1,88 por cento, para 61.738 pontos. O volume financeiro na bolsa foi de 7,43 bilhões de reais.

ADRs BRASILEIROS - O índice dos principais ADRs brasileiros caiu 1,68 por cento, a 31.703 pontos.

JUROS - No call das 16h, o DI janeiro de 2014 apontava 9,150 por cento ao ano, ante 9,180 por cento no ajuste anterior.

EURO - Às 18h35, a moeda comum europeia era cotada a 1,3082 dólar, ante 1,3100 dólar no fechamento anterior nas operações norte-americanas.

GLOBAL 40 - O título de referência dos mercados emergentes, o Global 40, subia para 132,250 por cento do valor de face, oferecendo rendimento de 1,143 por cento ao ano.

RISCO-PAÍS - O risco Brasil caía 2 pontos, para 193 pontos-básicos. O EMBI+ avançava 4 pontos, a 342 pontos-básicos.

BOLSAS DOS EUA - O índice Dow Jones fechou em queda de 1,65 por cento, a 12.715 pontos, o S&P 500 registrou desvalorização de 1,71 por cento, a 1.358 pontos, e o Nasdaq perdeu 1,83 por cento, aos 2.991 pontos.

PETRÓLEO - Na Nymex, o contrato de petróleo mais curto caiu 1,44 dólar, ou 1,41 por cento, a 101,02 dólares por barril.

TREASURIES DE 10 ANOS - O preço dos títulos do Tesouro norte-americano de 10 anos, referência do mercado, subia, oferecendo rendimento de 1,985 por cento, frente a 2,047 por cento no fechamento anterior.

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